Capítulo 18

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A ambulância chegou poucos minutos depois mesmo eu não vendo motivos para isso. Os médicos saíram do veículo e vieram me encher de perguntas.

-Eu estou bem!

Era minha resposta para todas elas.

-Katarina, não é?

Uma mulher me perguntou calmamente.

-Sim.

-Tudo bem. Você tem um machucado na cabeça e precisa ir conosco para ser examinada.

Procurei Noah com o olhar ignorando a mulher na minha frente e o avistei conversando com a polícia que eu nem reparei que estava ali.

-Ele vai também, não tem com o que se preocupar.

A mulher falou e me pegou pela mão.

Dentro do carro, sentada algumas pessoas vieram ver se eu sentia alguma coisa já que eu havia batido a testa no painel, em seguida Noah entrou e o carro deu partida.

Só pode ser brincadeira isso! Ela está acompanhado comigo é o suficiente para um simples passeio terminar em tragédia.

Ele não estava com a expressão nem um pouco boa e não se dignou a me olhar . Eu admito que isso me deixou apreensiva e um pouco irritada mas eu nada podia fazer por hora.

Chegamos no hospital mais próximo e tentaram me por numa cadeira de rodas porque eu ainda me sentia tonta e com muita dor de cabeça, mas rejeitei e só aceitei o apoio de um enfermeiro.

Quem deve ter feito isso com a gente?

Algumas horas depois eu ainda estava sentada em uma das cadeiras de um quarto porque me neguei a ficar no leito. A dor de cabeça diminuiu depois que me deram um analgésico e eu fiquei só esperando que viessem me dizer alguma coisa mas ninguém aparecia.

Tateei meu bolso a procura do celular e mandei uma mensagem para Noah : "Onde você está?" E rapidamente fui respondida com um seco: "Estou indo aí".

Algo não me parecia certo.

Devo ter cochilado na cadeira e acordei na maca em sobressalto sem saber direito onde eu estava.

Vi Noah sentado na cadeira que eu estava anteriormente, com os dedos entrelaçados, os cotovelos apoiados nos joelhos,a testa enrugada de preocupação e olhar distante.

-Hey.

Chamei sua atenção. Ele me olhou por uns segundos com a mesma expressão e aliviou.

- Está sentindo alguma coisa?

Perguntou sério.

-Estou sim! Uma enorme vontade de levantar daqui e ir pra casa.

Me sentei na cama porta para me levantar.

-Ei, vai pra onde?

Veio imediatamente me parar.

-Eu vou embora, claro. Estou ótima, preciso ir.

Assim que fiquei em pé senti uma tontura forte e fui amparada.

-Está ótima né?

Em outros momentos ele usaria um tom brincalhão, mas agora foi de repreensão.

-Vou ficar bem e você não pode me fazer ficar.

Me desvencilhei dos seus braços , respirei fundo e fui em direção a porta.

Eu estava muito, mas muito irritada. Minha cabeça estava uma confusão só. Acidentes acontecem, todo mundo pode passar por isso, mas alguma coisa me dizia que algo estava muito errado ali.

Um amigo profissional (Concluído)Where stories live. Discover now