Maldito Coração Estúpido!

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P.O.V AUTORA

Logo atrás daquela enorme pedra, que bloqueava a visão do resto da praia e escondia as duas garotas guiadas pelo imenso desejo que transbordava em seus corpos, as mochilas e os tênis eram abandonados sobre a areia. As bocas se buscavam com desespero e as mãos corriam afoitas pelas peles quentes de prazer. Os batimentos cardíacos disparados quase dolorosamente, obrigando os pulmões a trabalharem mais rápido para bombear o sangue e puxar o ar com força. A ansiedade e nervosismo mesclavam com a curiosidade e desejo reprimido até aquele momento. Ambas garotas estavam cientes de que aquele seria um momento único e inesquecível, que deveria ser aproveitado em cada milésimo de segundo. Elas não pensavam no amanhã ou possíveis consequências, eram guiadas apenas pela vontade insana que exalava de seus corações e as obrigava a esquecer a razão, que naquele momento parecia ser tão inútil comparado a aquele sentimento em seus peitos. Sentimento esse, que se aflorava e crescia cada vez mais rápido e forte, sem controle algum e de uma forma quase imperceptível.

P.O.V. LAUREN

Os dedos finos apertavam a carne da minha cintura com certa força aplicada, colando os nossos corpos como se quisesse fundi-los em um só. Um arrepio cortava a minha espinha, enquanto eu segurava o rosto latino entre as minhas mãos com uma delicadeza que eu nunca tive com nenhuma outra pessoa. Meus lábios moldavam-se nos seus e as nossas línguas se abraçavam em uma dança suave e ritmada. O corpo de Camila era prensado contra a pedra e ela parecia não se incomodar nem um pouco, já que me puxava pela cintura cada vez mais para si. Meu peito já estava em chamas quando as suas mãos deslizaram pelos meus ombros, fazendo com que a camisa quadriculada que estava encharcada de água do mar fosse ao chão de areia. Separei os nossos lábios por falta de ar e grudei as nossas testas. Meu coração batia em minha garganta e o meu estômago chacoalhava, agitado. Permaneci com os olhos fechados enquanto sentia as sensações tomando conta do meu corpo, junto ao hálito quente da latina que batia frenético contra o meu queixo, eriçando cada fio de cabelo em minha nuca.

Despertei do meu estado de êxtase quando senti os seus dedos se enrolarem no tecido molhado da barra da minha camiseta. Me afastei um pouco, para ajudar ela a passar a peça pela minha cabeça. Abri os meus olhos e encontrei as esferas castanhas em um tom mais escuro, me fitando intensamente. Seu olhar perfurador desceu pelo meu pescoço, até os meus seios apertados e cobertos apenas pelo tecido do sutiã azul bebê – que por coincidência do destino, é a sua cor favorita – e pararam em meu abdômen. Depositei um selinho carinhoso em seus lábios e repeti os seus movimentos, retirando a sua camisa que assim como as minhas estava igualmente encharcada de água salgada. A pele morena em seu busto era coberta apenas por um sutiã rosa, que tirou qualquer resquício de sanidade que ainda tivesse pinicando a minha mente naquele momento. Levei as minhas mãos até a sua cintura e acariciei calmamente com os dedos polegares a pele de sua barriga chapada, tão atraente!

Subi o meu olhar para o seu rosto novamente e encontrei as suas bochechas em um tom de vermelho vivo, e os lábios entreabertos em uma respiração descompassada. Sorri de forma tranquilizadora e acariciei as bochechas coradas enquanto tomava os seus lábios com os meus. De um minuto para o outro, aquele desespero e afobação do início deu lugar a calma e carinho necessários naquele instante.

Eu queria sentir cada arrepio, cada palpitação, cada toque, nos mínimos detalhes, com suavidade, calma, cuidado e amor... oh sim, esse sentimento estranho e novo que se expande em meu peito. Vocês devem achar que estou ficando louca, que um mês é muito pouco tempo para eu saber que a amo, mas acreditem, eu a amo. Sei porque nunca senti isso por ninguém. Essa vontade insana de estar perto, de cuidar, proteger, de beijar, de faze-la sorrir em todos os momentos de seu dia, de ser o melhor para ela, de ter o meu coração batendo enlouquecido em meu peito como se gritasse que finalmente havia encontrado a sua dona, de ficar nervosa apenas com a menção de seu nome, de fechar os meus olhos e sorrir ao ouvir a sua voz doce, de passar cada segundo do meu dia com ela em meus pensamentos. Se isso não é amor, eu não sei o que é. Porque sinceramente, a essa altura do campeonato eu estou disposta a qualquer coisa por ela. Daria a minha vida, seria o que for, faria o que for, apenas para faze-la feliz. Eu não tenho experiência com isso e se for parar para pensar eu vou enlouquecer. E dizem que o amor é assim, não é? Te proporciona os melhores momentos e sentimentos, mas te enlouquece em certo ponto. Então, por favor, me internem o mais rápido possível!

The Girl Of My DreamsWo Geschichten leben. Entdecke jetzt