I Wouldn't Trade An Eye For Your Lies

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- Ele é diferente de você. Em todos os sentidos. O que fez você ficar com a secretária de vinte anos?

- Ela é diferente de você. Também, em todos os sentidos, sexualmente falando principalmente. QUER SABER O POR QUÊ? Ela transa como você não faz, ela faz coisas que você não faz, ela tem um corpo bem mais legal que o seu... - antes que Pedro terminasse eu o acertei com um tapa no rosto. Não sei da onde surgiu tanta força em meu pulso.

- Se é pra falar assim, devo te dizer que Jared Leto é bem melhor que você na cama! Tem o pênis bem maior que o seu!

- CALA A BOCA, ALEXANDRA!

- Não quer ouvir a verdade? Eu não fiquei com ele uma ou duas vezes, foram várias!

Pedro agarrou meus braços novamente e me jogou na cama.

- ENTÃO VAI ATRÁS DELE AGORA, SUA IMBECIL! DUVIDO QUE ELE VÁ QUERER ALGO SÉRIO COM VOCÊ! NÃO PASSOU DE UM BRINQUEDO!

- QUE SEJA! FUI MUITO BEM USADA.

Sorriu sarcástico e levantou a mão. Fiquei com medo que ele me batesse. Nunca tinha feito tal gesto antes para mim. Se conteve respirando fundo e fechou fechou o punho.

- Vou voltar para o Brasil agora e se em uma semana no máximo, você não pegar as suas coisas, eu jogo tudo no lixo.

- Alugamos juntos aquela casa, por que eu que tenho que sair?

- Porque eu escolhi assim. Você é uma idiota, Alexandra, deixa todos te manipularem. Espero que você quebre a cara nessa cidade.

- Em nenhum momento te insultei dessa forma...

Novamente ele sorriu sarcástico e entrou no banheiro. Quando ele saiu pegou a mala que estava no chão e saiu do quarto sem dizer ou me xingar de mais nada.

Comecei a chorar agarrada ao lençol da cama. Não queria ter chegado a esse ponto. Não queria ter ouvido Pedro falar comigo daquele jeito. Não queria estar com medo de Jared não querer mais nada comigo, dando a razão à Pedro. Não queria estar viva.

A noite chegou e eu ainda estava na mesma posição na cama. Tomei coragem e me levantei. Tirei minha roupa e fui para o banho. Fiquei um longo tempo debaixo da água. Tentando falhamente arrancar de mim toda a impureza, volúpia, medo...

Quando sai, vesti uma calcinha, tomei um calmante e me deitei. Não satisfeita tomei vários outros e acabei me afundando em um sono profundo.

(...)

- ALEXANDRA! - alguém com uma voz perfeita começou a me chamar. Seu tom de voz era baixo, mas minha cabeça latejava, então parecia que o indivíduo gritava. - Você está me ouvindo? - essa pessoa começou a dar tapinhas em meu rosto.

Forcei meus olhos para conseguir enxergar. No começou minha visão estava turva, mas logo vi os olhos de Jared muito próximos aos meus.

- O que aconteceu? - perguntei e senti uma forte dor de cabeça. Era aguda.

- O que aconteceu? Você não me disse que se drogava! - ele disse com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu... eu não faço isso. - coloquei a mão na testa.

- Então que porra você está fazendo deitada no chão só de calcinha segurando um frasco de remédio? - sua expressão zangada me deixou sem palavras. 

Alguém entrou no quarto e eu abracei Jared, para meus seios serem escondidos. Ele me acolheu em seus braços e colocou meu cabelo para trás.

- A ambulância já está lá em baixo. - o homem que entrou no quarto disse.

- Ok. - Jared assentiu.

- Ambulância? - perguntei.

- Você precisa ir ao médico. - ele colocou uma de suas mãos em minhas costas e a outra em minhas pernas e me levantou - Onde estão suas roupas?

- Jay... Jared. - chamei sua atenção - Eu posso andar.

- Tem certeza?

- Absoluta.

Ele me colocou no chão mas seguiu cada passo meu até a cômoda. Onde peguei a primeira camiseta que vi e vesti, depois coloquei um calsa jeans.

Infermeiros entraram no quarto e fizeram os primeiros socorros. Eu estava bem, não precisa daquilo tudo. Depois fomos para a ambulância. Jared foi com o seu carro para o hospital.

Lá fiz alguns exames básicos e rápidos e eles confirmaram que estava tudo bem comigo. Apenas minha palpitação que estava alterada, mas era por causa do "susto". Depois por ordem do médico e do Jared eu tive que me alimentar, mesmo com a ausência de apetite. As enfermeiras me serviram um sopa horrível que tinha pão de acompanhamento e gelatina de sobremesa. 

- Por que fez isso? - Jared perguntou me observando comer.

- Eu tomei apenas um calmante para dormir. - falei largando minha colher dentro da sopa.

- Um único comprimido é o suficiente. Que droga! Até parece que você tentou suicídio.

Fiquei em silêncio. Ele realmente tinha ficado preocupado e bravo comigo. Era esquisito esse desvelo todo vindo dele. Logo o médico entrou no quarto e me deu alta. O silêncio prevalecia entre Jared e eu. Pegamos o elevador e fomos até a onde o carro dele estava.

- Obrigada... Agora vou pegar um táxi. - falei colocando minhas mãos em meus bolsos traseiros da calça.

- Alexandra, precisamos conversar, não é? - Jared disse abrindo a porta do lado do passageiro, do carro - Vem, entra.

Assenti e entrei em seu carro. Ele deu a volta e também entrou. Ficamos calados em todo o trajéto para o meu hotel. Lá descemos do carro juntos. Ele parecia não ligar se ali tivesse algum paparazzo.

- Como soube do meu estado? - perguntei me sentando na cama após entrarmos em meu quarto.

- Não consegui dormir durante a noite, pensando no que poderia estar acontecendo com você. Então, achei que o melhor seria vir aqui, apesar de tudo. Eu não fazia ideia da sua situação.

- Obrigada... Por ter vindo. - olhei para o chão, envergonhada.

- Precisamos muito conversar.

Up In The Air 》LustWhere stories live. Discover now