Capítulo Um

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Meu pai e minha mãe haviam viajado à trabalho e acabaram sofrendo um acidente de carro, eu saia todas as noites para ir grafitar junto com meu amigo John para expressar minhas dores por meio de desenhos e naquela mesma noite em que tudo mudaria em minha vida. Estava lá novamente, ouvimos sirenes de longe a polícia se aproximava cada vez mais. Minha mão estava tremendo em seguida John jogou tudo em sua mochila e estremeceu de medo, olhei para o mesmo e neguei com a cabeça por não ter terminado ele deu um passo para trás saindo correndo como um coelho com medo. Por já ter passagem na polícia ele apenas pensou em correr esperando que fosse fazer o mesmo.
- John, você vai me deixar aqui? -Gritei com minha respiração ofegante e minhas mãos tremendo.
A polícia me levou tiveram de chamaram minha tia como se ela fosse fazer algo, quando chegamos em casa sai correndo para meu quarto deitando-me na cama esticando meu braço direito para pegar o despertador no outro dia fui para a escola, não tinha mais razão para viver por isso esperava de tudo, então por puro prazer e raiva que sentia acabei entrando em uma briga na escola e fui expulsa, novamente chamaram minha tia. O que ela iria dizer. 'Só lamento' ela não gostava nenhum pouco de mim e quanto mais eu fazia coisas erradas esse sentimento ia aumentando. Ela seguiu em minha direção e com firmeza disse:
- Violet arruma suas coisas, por favor. - Suspirou suavemente com seus dedos estalando em seu belo casaco.
De imediato fiz minhas malas por achar que estaríamos saindo em viagem, pensei eu que isso poderia ser algo bom para mim e que estaria mais ocupada e não iria decepcionar mais ela. Desci a escads bem devagar com as malas na mão logo em seguida botando-as no chão olhei para as fotografias que estavam por toda parte sobre aquele lugar, um dos retratos preferidos meu estava em cima de uma escrivaninha peguei o retrato rapidamente botando em minha mala, senti um aperto no peito e pôs a mão sobre o mesmo dando leves tapas segui engolindo seco sem se quer deixar lágrimas caírem. Observei atentamente que somente minhas malas estavam prontas o que me deixou em dúvida e muita curiosa sobre o que estava acontecendo.
- Vamos para onde? - Minhas mãos gelou suspirei fundo.
- Você saberá logo, Violet. - Indagou a mesma entrando no carro sem troca de olhares.
Percebi que não queria conversa e que estava decepcionada demais comigo. Entrei em seu carro sem fazer muitas perguntas para não chatear ainda mais, tentei relaxar ao máximo mas era impossível naquele momento pois estava tensa e ao mesmo tempo ansiosa o que complicava ainda mais. Ao chegar no local meus olhos se depararam com o grande estabelecimento, ela saiu tirando minhas coisas do porta-mala até então sem trocas meus olhos percorriam por aquele lugar e ao ler onde teria de viver arregalei meus olhos.
- O que é isso? Para onde você me trouxe? - Olhei para a mesma assustada como se tivesse visto um fantasma.
-  Deixe de tantas perguntas e saia do carro, por favor. - Cruzou seus braços com tom de autoridade.
- Não! - Exclamei balançando a cabeça.
Furiosa como uma tempestade ela abriu a porta e puxou-me pelos braços fazendo com que saísse de dentro do carro, suas mãos apertavam meus braços tentei me esquiva de todas as formas das suas garras que segurava com firmeza em meus braços fazendo machucá-los. Finalmente ela percebeu que estava machucando e soltou-me por final com um leve empurrão soltando toda sua fúria por mim.
- Não entrarei nesse lugar, você está ficando louca? - Gritei em um tom insuportável com a voz trêmula.
- Se acostume porque aqui será seu nome lar. - Jogou o que sobrou de minhas coisas para fora do carro.
Segui em sua direção levantei minha mão esquerda para pousar minha mão na sua casa outra mão segurou a minha, quanto a ela que estava parada de braços cruzados esperando pelo que estava prestes a fazer se não fosse pela mulher que havia segurado meu braço. Mas quem é está mulher? E por quê ela está envolvida nisso? Meus olhos seguiu até os braços da mesma que me olhou balançando sua cabeça negativamente.
- Acho melhor você não fazer isso, você vai se arrepender pelos seus atos. - Abaixou minha mão.
- Você me pois em um internato? - Meus olhos estavam marejados de lágrima.
- Isso mesmo,  aqui é um internato ótimo para moças como você. - Recrutou a pedagoga daquele lugar.
Levaram-me a forças para dentro aquele recipiente no qual teria de mim adaptar, ao entrar pude notar olhares e cochichos de algumas pessoas quando notaram minha presença.
- Observa só a nova aluna que entrou. - Cochichou Christopher com seu colega de turma.
- Acho que aí está sua chance de fazer com que Anna saia do seu pé. - Terminou seu colega dando uma ideia.
Enquanto estava caminhando ouvindo algumas pessoas falando um rapaz de estatura simples mas bonito parou em minha frente com um sorriso estampado em seu rosto, ele estendeu sua mão para que pudesse ajudar-me com as malas que por sinal estavam realmente pesadas. Neguei com a cabeça e seguir em frente mesmo assim com a sua insistência ele pegou sobre minha mão uma e levou comigo a mala.
- O que você está fazendo? - Olhei para ele sem esperar por resposta continuando. - Eu não pedi sua ajuda.
- Tudo bem, então pegue. - Estendeu sua mão.
Peguei minha mala da sua mão revirando os olhos e seguir em frente sem olhar para trás pois sabia que ele estava olhando para mim, não sabia quem é e quais suas intenções comigo poderiam ser boas mas também poderiam ser intenções ruins. Em meu quarto havia duas camas e tudo tinha em dois como se tivesse duas de mim, descobri que teria de dividir o quarto com outra garota o que me deixou ainda mais irritada com a situação.
As roupas daquele lugar eram diferentes e tinha que seguir suas regras, olhei-me no espelho e dei um suspiro de leve com um olhar cabisbaixo sentei sobre a beira da cama batendo meus pés um no outro causando um som entre eles por serem sapatos diferentes dos quais já havia calçado.
A porta também fez um barulho baixo levei meus olhos onde se abria e uma moça entrou no quarto com um sorriso simples. Parecendo está com vergonha ou talvez parecesse forçado. Seus olhos eram como uma lagoa de tão azuis e seu cabelo loiro parecido como de minhas antigas bonecas, seu cheiro era doce e exalava por todo aquele cômodo em seguida ela disse:
- Meu nome é Anna, sou sua companheira de quarto. - Estendeu sua mão para mim.
- Me chamo Violet. - Cumprimentei a mesma com um sorriso simples.
- Já que você é nova no Interneto e ainda é minha companheira de dormitório, posso apresentar a escola para você? - Ergueu sua sombrancelha quase transparente. 
- Por favor. - Retribui com um sorriso forçado para ela.
Ela saiu na frente e parecia ser uma modelo seus passos eram certos e sua cintura quebrava para todos os lados, seu cabelo longo jogava para os lados como se estivesse  em uma passarela.
O espaço tinha muitos adolescentes naquele mesmo lugar com as mesmíssimas roupas pareciam ser clones.
Anna levantou sua mão acenando para alguém deu-me uma piscada seguindo em frente seus lábios tocaram os lábios do mesmo garoto que havia tentando me ajudar, meu coração disparou de tão nervosa que estava por ter tratado mal uma pessoa que estaria prestes a ser próxima de mim.
- Esse é meu namorado, Christopher. -Sorriu gentilmente a mesma prosseguindo. - Christopher, essa é Violet.
- Então é Violet... Prazer, Violet. - Falou em um tom irônico e com um olhar debochado.
- Prazer, meu caro Christopher cavalheiro. - Sorri com sarcasmo.
Anna percebeu que algo estava acontecendo ali e por isso tirou-me o mais rápido possível, quase conheci a escola inteira por pouco consegui sair de sua vista já estava cansada de ouvir as mesmas coisas. Por mais tempo eu pensaria que estaria com robôs por só repetirem as mesmas coisas.
O lugar parecia ser tranquilo por uma parte agora teria de descobrir a parte que seria diferente, enquanto as horas se passavam fiquei de baixo de uma garota enquanto pensava numa maneira de sair daquele lugar.
Até que pensei demais e quando notei vinha uma bola em minha direção que pegou metade do meu rosto fazendo com que meu corpo caísse sobre o chão.
Christopher de imediato saiu correndo em minha direção pegou sua bola e em meu braço puxando para levantar. Seus olhos se cruzaram com os meus e eram lindos ele passou a mão em minha testa enquanto eu estava contemplando sua beleza em questão de segundos.
- Você só pode está ficando doido. Sai da minha frente! - Falei em um tom grosseiro.
-  Tudo bem, não precisava de tudo isso foi só um acidente. E acidentes acontecem. - Afastou saindo dali rapidamente.
Voltei para o quarto onde achei que poderia ser mais seguro estando dentro do mesmo, Anna não conseguia tirar seus grandes olhos de cima de mim cada movimento que fazia era motivo pra me olhar mais. Até que em certo momento fiquei chateada com seu comportamento que sai do quarto quase sem rumo. Até que me veio na cabeça a ideia de tentar sair novamente daquele hospício.
Entre várias e várias longuíssima  conversa com a pedagoga que havia me recebido a resposta havia sido não, embora tivesse oferecido dinheiro para a mesma em troca disso teria de me ajudar a sair sem que nada demais me acontecesse. Infelizmente minha subordinação havia falhado.

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