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Passei a tarde na companhia de Liam e Liam parecia um pouco em baixo. Quando tentava que ele conversasse sobre o assunto ele esquivava-se, dizendo que estava tudo bem. Passamos a tarde em frente do monitor da sala, sem trocar muitas palavras. Esta sua atitude deixou-me a pensar naquilo que disse à hora de almoço e que talvez pudesse tê-lo magoado com a minha afirmação. Nas poucas palavras que trocamos, tentei explicar-lhe a situação. Ele ouviu, mas nem assim o seu estado de espirito mudou. Eu só disse aquilo que sentia e se Liam não se tivesse aproximado nunca teríamos uma ligação. Recordo o dia em que fui raptada, quando o próprio Liam me apanhou. Não o culpo, ele estava a cumprir ordens.  

Pergunto-me todos os dias como consigo construir uma ligação tão forte com o meu raptor. A verdade é que parece que já o conheço desde sempre. Ele faz-me lembrar Jack. A sua personalidade protetora que me faz sentir bem quando estou com ele e sentido de humor que me anima nos momentos mais tristes.

Estou no quarto de Louis, sentada na cama. Não consigo dormir, tenho um nervoso miudinho na barriga que me está a deixar preocupada. Sinto que algo se passa, não estou a gostar desta sensação.

Louis e Zayn saíram logo após o jantar para resolver uns assuntos deixando-me com Liam, apenas. Não tenho o mínimo interesse em saber que tipo de assunto eles foram resolver, só quero que nenhum deles saía prejudicado, seja de que forma for, pois de alguma maneira isso poderia cair mal para o meu lado.

A casa está em absoluto silencio. Liam, já dorme no seu quarto pois aproveitei para rondar quando fui à cozinha buscar um copo de leite. Pego nesse mesmo copo que coloquei na mesa-de-cabeceira ao lado da cama e dou um gole.

Sinto a porta da rua a abrir-se e começo a ouvir ruídos vindos do andar de baixo. Suspiro fundo percebendo que eles já chegaram. Levanto-me indo até à porta do meu quarto fincando um pouco à escuta. Quando a abro percebo que alguém está a gemer, um gemer sofrido. Calço apenas umas meias para fazer pouco barulho e vou em pontas de pés até ao cimo das escadas. À medida que me aproximo o som fica mais audível e um som estridente fez-me estremecer.

- Foda-se Zayn! – Louis resmunga entre dentes. Arregalei os olhos e não exitem em descer rapidamente.

- Oh meu Deus! O que é que aconteceu? – corro até Louis que está caído no chão rodeado de vidros de uma jarra partida. Ajoelho-me entre os vidros observando a sua camisola ensanguentada.

- Ele levou um tiro. – Zayn diz. Ele está imóvel olhando a cena correndo.

- Louis, tens de ir para o hospital! – digo.

- Não! – ele diz em sofrimento. – Não posso! - bufo em frustração.

- Que estás a fazer especado?! Aposto que sabes o que fazer! – ele apressa-se a sair da minha beira e voltando segundos depois com uma pequena mala.

- Sai daí! - Zayn ordena mas eu coloco o meu braço impedindo-o de mexer mais um músculo que fosse.

- Eu faço! - digo rudemente e pego na mala, ignorando-o completamente.

Subo a camisola de Louis. Começo por pegar numa pinça e colocar-lha dentro do buraco feito pela bala. Os gritos do Louis metem dó. Ele está a soar e a sua respiração está irregular. Liam acabou por acordar com os seus gritos e desceu as escadas aflito interrogando-nos o que se estava a passar. Continuo ignorando-o e com muito cuidado consigo retirar a bala de dentro dele atirando-a para o chão. Zayn apreçou-se a pega-la e embrulha-la num plástico. Estanco-lhe o sangue da ferida limpando novamente o sangue seco à volta. Retiro o algodão passando pela ferida. Pego na agulha e linha e começo a cozer-lhe a pele. Ele geme mas não tanto como há pouco. Depois de bem preso coloco-lhe uma ligadura à volta da barriga pois não havia pensos grandes. Ajudei Louis a levantar-se do chão, ajudei-o a retirar a camisola suja com sangue agora seco e limpei-lhe o suor do corpo. Enquanto isso Liam o Zayn retiraram-se para a cozinha deixando-me sozinha com Louis. O corpo do rapaz de olhos claros estava coberto com algumas tatuagens. It Is What It Is ...

- Obrigada! – Louis murmura com dificuldade.

- Não tens de quê. – respondo continuando a passar a parte limpa da sua camisola pelo seu tronco.

- Onde aprendeste a fazer isto? – ele pergunta retirando-me a camisola da mão.

- Antes de me raptares eu estava a tirar medicina. – indico, baixando-me para arrumar o material que usei por entre os vidros pintados.

- Darias uma ótima cirurgiã. – ele ri sem humor.

- Ainda tenho muito que aprender. – olho-o finalmente. Ele está sereno, muito sereno. Por momentos parecia que estava a conhecer outro Louis.

- Não me parece que isso seja um problema para ti. – constata. Coloco a mala com tudo arrumado em sima do sofá.

- O meu dever está feito, vou voltar para o quarto, acho que ainda tens algumas coisas para resolver. – digo sem emoção apontando para a cozinha. – Boa noite. – salto pelos vidros, recusando-me a apanhá-los e ignorando que eles poderiam magoar-me novamente,  deixando Louis sozinho a ver-me desaparecer por entre as portas da casa.

Volto a deitar-me entre os lençóis com alguma preocupação na consciência. Adormeci com a esperança de que Louis passe bem a noite. Continuo a achar que ele deveria ter ido ao hospital, mas infelizmente ninguém manda no menino olhos cor de gelo!

- Obrigada... - senti uma mão sobre os meus cabelos espalhados na almofada acariciando-os lentamente. – Obrigada por te preocupares... - repete a sua voz rouca. Poderia sentir um arrepio lento pelo meu corpo todo à medida que os seus olhos passavam por ele antes de fechar a porta do quarto.

*

N/A: ME DESCULPEM MUITO OH MEU DEUS DESCULPEM MEEEEE!!! Eu desleixei-me! Mas tem uma explicação! Estou no 10º ano pessoas, e estou a dar em maluca! Para além disso tenho outra fic para quem não sabe chamada Photograph que estou quase a terminá-la e queria mesmo dá-la por concluída para me dedicar ainda mais a esta!!!

DESCULPEM MAIS UMA VEZ!

EU VOS AMO, OBRIGADA POR TUDO MINHA GENTE!

With love

- Carrot

Danger L.T. {A Editar}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora