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A luz forte do sol que entra pela pequena janela desta divisão já se tornou no meu despertador matinal. A luz bate, aquecendo o colchão barulhento que me deram para dormir à dois ou três dias. 

- É para não estares sempre a adormecer no chão. - relembro as palavras ditas por Louis com um certo gozo a acompanhar o seu tom. Reviro os olhos ao pensar nele.

Comecei me a mexer-me quando alguém destranca a porta e entra. Olhei para um rapaz que segurava o meu pequeno almoço na mão. Ele tinha cabelos negros que agora virou rotina ser ele a servir as minhas refeições diária. Sentei-me à pequena mesa que me dava sempre a sensação de que se ia desmoronar a qualquer momento, enquanto ele colocava um prato de torradas e uma caneca de leite à minha frente. Coisa que achei estranha, normalmente é sempre uma coisa rasca como um pacote de bolachas de água e sal e um copo de leite ou algo semelhante... 

- Estas com sorte! Foi o Liam que preparou. - o rapaz agora sentado ao meu lado falou como se percebesse o meu espanto. Lancei um ligeiro sorriso à refeição.

Ele continuou sentado apenas observando me enquanto eu devorava aquela que é a refeição mais importante do dia com um certo carinho pelo cozinheiro. Já era hábito ele ficar ali sem dizer uma única palavra o que me incomodava de certo modo.

Continuou calado o resto do tempo, ate ao último pedaço de pão ser engolido por mim. Ele levantou se , pegou no prato e na caneca vazia e saiu deixando me sozinha novamente trancada naquela espelunca. Dirigi me ao meu calendário de parede, que esta literalmente desenhado na parede, por detrás da mesa de madeira e risquei mais um dia com uma coisa pontiaguda que tinha encontrado no chão. Seria um pedaço de uma arma branca qualquer?

Uma semana. Eu estava ali à uma semana.

Olhei para a pequena janela. Como o sol brilhava lá fora e eu aqui. Fechada. Há numa semana que não pudia sentir o ar fresco que me fazia tão bem.
Olhei para a minha mão enquanto brincava com o pequeno objeto afiado. Voltei a olhar a janela e depois o objeto. Pensei durante um bocado... Como sou tao estúpida? Uma pinga de esperança faz-me ter coragem para colocar a mesa por debaixo da mesma e subir para cima dela com o tal objeto afiado na mão. Comecei a desapertar os parafusos que seguravam o vidro da janela com cuidado para não me cortar. Acabei por consegui com dificuldade retira lo devido à ferrugem dos parafusos. Mandei o vidro com cuidado para cima do colchão e comecei e trepar para fora dali. 

Ou pelo menos tentar... 

Não só o espaço era um pouco estreito como também comecei a ouvir paços apressados pelas escadas. Entrei em panico e acabei por soltar para cima do colchão ficando muito imóvel.

A porta é aberta bruscamente fazendo um grande estrondo contra a parede. A figura de Louis apareceu por detrás dela. Continuei imóvel encarando o seu ar furioso sobre mim.

- Tu ias escapar?! - ele pergunta olhando a pequena janela. Merda.

- O que te interessa? - respondi. O medo começou a apoderar-se de mim assim que o ultimo som saiu da minha boca. 

Ele aproxima se de mim a toda a velocidade e sinto a minha cara a embater na parede. Um ardor vindo da minha bochecha faz-me levar na minha mão sobre ela. Ele bateu-me.

- Eu so quero ir para casa. - disse num sussurro enquanto lágrimas de apoderavam da minha face.s

Ouço mais alguém a descer as escadas. Não ouvi nenhum tipo de pergunta quando senti a presença de mais alguém. Só poderia ser o rapaz de cabelos negros.

- Amarra-a! - Louis ordena e sinto um corpo cada vez mais perto de mim. Olho-o rapidamente confirmando a sua presença e sinto-o agarrar-me com força pelos pulsos.

Não! Larga-me! - começei a gritar.

O rapaz de cabelos negros amarrou-me um pulso e depois o outro com uma corda prendendo essa corda num ferro por cima da minha cabeça. Tentei resistir. Gritei com ele e tentava soltar-me da força do nó mas as minhas forças eram nulas e o meu corpo começara a tremer. 

- Por favor, não! - pedi em desespero. - Estás a magoar-me. - comecei a soluçar. 

- A serio? - Louis ri sínico. - Estamos? - ele aproxima se de mim dolorosamente devagar. A sua mão passa gentilmente pela minha bochecha dorida, fazendo-me conter a respiração. Numa fração de segundos ela embate novamente contra a minha face fazendo me virar a face. - e agora?! - ele grita sendo puxado para longe de mim 

- Louis já chega! - ouço outra voz repreende-lo friamente. Eu deixo as minha lágrimas cair ainda mais desesperadamente pela face.

A minha visão começava a ficar turva devido à água que estava acumulada que não desceu pelo meu rosto. Apenas fecho os olhos ao bater forte da porta a caio num sono profundo cheio de dor e magoa. 

*

N/A: Bem, Louis é um cabrão aqui! E um pouco bipolar, já repararam? Quero a vossa mais sincera opinião está bem? Estou a tentar melhorar o conteúdo e a escrita neste tipo de historias.

Obrigada por esperarem, vocês têm uma paciência...

❤ Love you more than words! ❤
- Carrot* x


Danger L.T. {A Editar}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora