• Capitulo 43 •

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[N/A: QUEM QUISER COLOCAR A MÚSICA É SÓ DAR PLAY! OBRIGADA E BOA LEITURA - BOAS LÁGIRMAS].


MEGAN COOK

Tudo parece se passar mais lento que o normal, posso ouvir a máquina de batimento cardíaco bater fracamente, a minha cabeça doí e não posso sentir o meu corpo, tudo abaixo do meu pescoço parece mais leve do que o normal, como se não existisse nada. Mexo a minha cabeça de um lado para o outro e me balanço um pouco, aperto os olhos e respiro mais profundamente, meus batimentos cardíacos aumentam e voltam a diminuir quando eu volto a respirar normalmente. 

Não sei como abrir os meus olhos, não sei como acordar disso tudo, é algo tão mais forte que eu, como se eu tentasse acordar a dias e não tivesse forças, como se a minha mente estivesse presa, eu não tenho forças para isso, estou totalmente vulnerável. 

Tento me mexer mas isso é basicamente impossível visto que não sinto o meu corpo, gemo baixinho em dor de aperto os meus olhos, estou tentando a qualquer custo acordar, mas isso se parece com um pesadelo terrível. 

"Ela precisa acordar logo" ouço vozes ao fundo da sala, são como sussurros, não consigo distinguir quem fala. 

"Ela está em um coma induzido, ela perdeu muito sangue, e as duas costelas fraturaram, isso dificulta a sua respiração" coma induzido? Costelas quebradas?. 

"Já vai fazer quase uma semana" ouço ao fundo meu coração começar a palpitar mais rápido, uma semana?. 

"O doutor disse que hoje virá para a acordar, tenha calma" a minha cabeça começa a doer e sinto a lateral do meu rosto escorrer uma lágrima, isso é sufocante.

"Vai, eu irei ficar mais um pouco aqui"  voltam a falar e eu tento permanecer quieta na minha mente, passos silenciosos são dados e posso sentir algo quente se aproximar sobre a minha testa, algo macio e gelado é colocado sobre a minha testa, e eu consigo distinguir como lábios cuidadosos.

"Me desculpa por isso, me desculpa"  a voz saí um pouco tremida e mais audível, posso sentir a colônia forte e minha mente se associa a Zayn Malik, o garoto que fez a minha vida ficar toda errada, mas à ironia é gostar da pessoa errada, e querer que tudo dê certo. 

"Desse jeito que eu ando, eu não sei se aguento mais uma semana, saudade é tanta, e no meio da noite o corpo reclama, a falta de você. Estou jogado no canto, estou bebendo de um jeito que eu não bebia, maldita saudade de você" ele diz com a voz entre-cortada, posso sentir a sua tremedeira quando ele coloca uma mão sua em minha bochecha.

"Eu não aguento mais, está sendo sufocante ficar sem você, lutar com todas essas pessoas, ter que encarar o meu inimigo de frente todos os dias dessa semana somente para proteger você, está sendo sufocante chorar todas as noites sobre o seu corpo" continuo a ouvir o desabafo e tenho a plena certeza que ele já fez diversos discursos desse ao longo dessa semana, e eu somente estou ouvindo este.

"Não tenho vergonha de dizer que estou no chão, de dizer que choro toda noite ou de dizer que meu coração dói com saudade de você. Apenas tenho vergonha de não ter sido o suficiente." o meu coração começa a doer, ele é o suficiente, e sempre será.

"Mas eu sou muito egoísta para te deixar ir novamente, eu não posso te deixar ir, porque é impossível eu viver sem você ao meu lado, nem se o mundo acabasse em fogo os meu amor por você acabaria, porque ele renasceria das cinzas" sua mão quente saí de cima do seu rosto e eu a deixo de sentir, ouço seus passos e de repente ouço os seus passos longes. 

"Eu já volto" ele diz como se tivesse a plena certeza que eu o estivesse ouvindo e então sinto o espaço vazio, posso ouvir o meu coração batendo e fazendo som no eco, e então me percebo que isso não é o som do meu coração, é o som da solidão.


NARRADOR 

As lágrimas grossas do rapaz de cabelos morenos lhe molhavam o rosto e a camisa, ele não conseguia lutar mais contra ele, ele não conseguia mais suportar a dor e o sentimento de ter a sua amada deslizando dos seus dedos, ele não suporta o fato de ver a sua mulher deixando a vida diante de seus olhos. 

Ele anda mais uma vez até o seu bar, a casa está tão silenciosa, todos estão lutando por ele, o defendendo de seus inimigos, menos ele, ele está indo em direção ao bar enquanto cambaleia, ontem, na sua última luta, fora acertado na coxa com um tiro certeiro, e por isso, não está bom para lutar. 

Com o resto das forças que tem abre a garrafa de álcool, bebe mais uma vez, bebe outra e mais outras vezes, bebe até tentar não chorar, mas isso é em vão, ele se sente tão covarde, tão insignificante, ele só precisa a deixar ir para o seu próprio bem, mas ele não pode, ele precisa dela, por mais egoísta que seja, ele parou de ser a sua própria âncora, e fez com que ela fosse a sua âncora. 

Em todos esse anos se sentido perdido, tentando se encontrar, procurando nos quatro cantos do mundo, no momento que ele olhou para os olhos azuis como o oceano e inocentes como uma criança, ele se encontrou, o rapaz, já feito como homem, se encontrou nos olhos dela. 

A garota em um profundo sono se encontra deitada totalmente paralisada, ela tenta processar as novas palavras do seu homem e se senta exausta, ela não consigo acordar e falar o quão suficiente ele é para ela, o quão precioso é o amor deles para ela. 

A mente da garota só processa uma única palavra, solidão, ela se sente sozinha no grande vazio da sua mente, e ela sabe que somente o abraço do moreno é a cura mais eficaz para a sua solidão. Ela tenta se remexer, mas não se sente, ela tentar acordar, correr e pular, mas ela apenas continua parada. 

O garoto confuso e banhado pela a suas próprias lágrimas se senta no chão completamente embrigado e a sua cabeça começa a doer, mas incrivelmente o seu corpo se torna mais leve, a sua mente não pensa mais tão intensamente e ele se sente livre, mas ao mesmo tempo preso, ele não queria depender tanto da bebida, ele não queria depender tanto da sua garota. 

Ele bate com a garrafa vazia no chão e vê a sua visão se tornando cada vez mais turva, por quê ama-lá tanto? O moreno apenas pensa isso. São tantas pessoas no mundo, porquê ela?. Ele tenta se levantar mas desiste, então apenas fecha os olhos e se imagina daqui a alguns anos, se imagina ao lado da mulher de cabelos loiros e olhos claros, e ele se dá conta que pensar no futuro é muito cedo, e que a eternidade é muito tempo, mas que ele também não se importaria de passar ao lado dela. 

Ele começa a sentir a sua famosa dor, uma dor tão interna que ele não tem noção se é no coração, no corpo, ou na mente, e ele respira fundo se encolhendo contra o chão, ele nunca sentiu isso, essa dor que nenhum remédio pode minimizar, ele nunca sentiu esse amor tão forte, essa dor tão insuportável ao ponto de nenhum remédio curar.

Ah, se os remédios curassem também a dor da alma.

XX 

EU CHOREI, VOCÊ CHOROU, TODO MUNDO CHOROU!!!! Gente, muitas pessoas podem achar impossível sentir esse amor, a necessidade de estar com alguém e tocar e ouvir a voz, muitas pessoas não conhecem esse amor, o amor que não conseguimos explicar, que é tão forte ao ponto de nos fazer questionar se é real ou não, muitas e muitas pessoas sofrem com a falta de um amor assim, então esse capitulo é apenas para mostrar que mesmo as muralhas mais fortes, das pessoas mais fortes, podem serem destruídas, pois quando se trata de amor, nada mais importa, tudo o que construirmos em volta de nós mesmos caí quando a pessoa que amamos se está quase deixando de existir. 

Para vocês que acham que o que Zayn está sentindo é impossível e acham isso dramático, não achem, quando se ama uma pessoa desse jeito, é o jeito mais puro e lindo do mundo, não achem dramático, o amor não é dramático é confuso, e só quem ama sabe que isso não é drama e sim apenas um forte amor, um agrande amor. 

love all, agah. 


sex girl [zm]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora