18. Sou dele

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Eu fiquei com ciúmes?, me perguntei horrorizada.

— Não pode ser… — murmurei em negativa.

Eu não posso estar com ciúmes dele! Isso só pode ser aquele ritual mexendo com minha cabeça!, pensei com uma raiva desesperadora.

— Só pode ser isso — disse eu tentando me acalmar.

Passei o restante da tarde em frente ao computador, com meus grimórios em busca de alguma pista sobre a morte das garotas, mas não me veio nada. Até tentei ligar mais uma vez para Theodora, só para ver se aquela teoria de sequestro não havia sido um equívoco meu e de Kai, porém, caía apenas na caixa postal.

Comecei a me perguntar se Theodora não havia fugido, talvez por medo do que estava acontecendo. Mas por que ela não quis nos dizer quem ou o quê está fazendo isso?, pensei, intrigada. Será que ela está protegendo esse bruxo?

E foi aí que fiquei mais paranóica ainda.

Theodora poderia ter armado toda aquela história, deixando sua pulseira em um lugar onde ela saberia que Kai encontraria, sabendo que ele logo presumiria que ela havia sido levada por alguém.

Mas isso não parecia combinar com o perfil da Anciã, ela parecia ser o tipo de pessoa que era muito certinha e controladora, porém, não má.

Suspirei, tentando pensar em alguma coisa que fizesse sentido naquela cidade maluca chamada Mystic Falls.

***

Quatro dias se passaram e nada de Theodora aparecer. 

E também não recebi nenhuma mensagem ou ligação de Jeremy e ainda tinha Kai, que ultimamente não falava muito comigo e quando o fazia me lançava algum daqueles olhares assassinos.

Ele estava agindo de um modo muito estranho. Bom, mais estranho que o normal.

Parecia estar irritado com alguma coisa. E eu sabia que ele estava daquele modo porque o beijei na frente de toda cidade e ainda saí correndo atrás de outro. Isso era de ferir o orgulho de qualquer homem. Não importando se ele era uma casca vazia de sentimentos ou não.

Me senti mais culpada ainda por tê-lo usado daquela forma. E eu ainda tentava compreender porque estava preocupada em magoar uma pessoa que já me feriu e usou tantas vezes, mas minha relação com Kai não fazia muito sentido depois daquela União e nosso beijo. Eu ainda o ouvia gritando à noite e mesmo assim, não via como ele estava e aquilo me quebrava de uma forma que não soube explicar.

E sem falar nas raras vezes em que ficávamos no mesmo cômodo e eu sentia aquelas coisas estranhas. Eu não conseguia parar de ficar olhando para ele. Mordendo o lábio inferior toda vez que olhava para sua boca e me sentia sedenta por seus lábios. Seu cheiro de almíscar me deixava toda quente. Ele parecia ter se impregnado em todos os cantos da casa, principalmente no meu quarto. E às vezes, durante a noite eu abraçava um travesseiro que tinha seu perfume e só conseguia dormir assim.

Fiquei terrivelmente confusa com isso. Como eu podia amar Jeremy e ainda assim querer Kai? 

***

—Bonnie?

Olhei para Caroline que me encarava com irritação.

— Que foi? — perguntei, me dando conta de sua presença.

Ela colocou as mãos nos quadris, erguendo uma sobrancelha.

— Já faz vinte minutos que estou falando e você nem me responde — murmurou — Onde você está com a cabeça?

Dei de ombros.

— Me desculpe, é que são tantos problemas.

Ela sorriu ladino.

Convergência Sombria | Bonkai | EM REVISÃOTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang