O hospital estava iluminado por luzes frias e abafadas. O som da chuva ainda ecoava nas paredes, como se o mundo lá fora ainda não tivesse entendido a urgência que invadia aquele corredor.
Dunk foi levado direto para a sala de cirurgia. Duas enfermeiras empurravam a maca enquanto ele, pálido e ofegante, tentava manter a calma. Os olhos dele procuravam por Joong e Fox, que corriam ao lado.
— Vai ficar tudo bem, amor, a gente tá aqui! — Fox gritou, tentando esconder o desespero.
— Você é forte, Dunk! Espera a gente! — Joong falou quase sem voz, com os olhos marejados.
Mas a porta se fechou, e com ela, veio o silêncio.
Joong encostou na parede e deslizou até o chão, sem forças.
— Não... não assim... não agora... — murmurava, tentando respirar.
Fox ajoelhou ao lado dele, segurando sua mão com força, os olhos arregalados de pânico.
— E se acontecer alguma coisa? Se ele... Se eles... — Fox não conseguia concluir a frase.
— Não fala isso! — Joong interrompeu, segurando a mão de Fox com desespero. — Ele vai voltar. Os três vão.
Do outro lado do corredor, Senhora Park estava sentada, as mãos trêmulas entrelaçadas nas de Jhon.
— Preciso ser forte. Ele precisa de mim. — murmurava, como um mantra.
Jhon a olhava com ternura, contendo a própria angústia para não deixá-la cair.
— Você está sendo forte. Ele sempre foi por sua causa. — disse, com um beijo em sua testa.
Mais adiante no corredor, Fadel estava de pé, abraçado ao marido, que encostava a cabeça em seu ombro. Oppa, agora com quatro meses de gestação das pequenas Aurora e Íris, tentava manter a calma, mas seus olhos também estavam marejados.
— Se fosse você naquela sala... eu... — Fadel sussurrou, com a voz embargada.
Oppa apertou mais o abraço.
— Eu sei. Eu também não saberia o que fazer. — sussurrou de volta. — Mas Dunk vai voltar. Ele tem que voltar. Os bebês vão nascer hoje. Ele vai segurá-los.
— E se o pior acontecer? — Oppa perguntou, quase sem som.
— Então a gente quebra o universo. Mas não vai acontecer. Eu prometo.
Do lado de fora do hospital, debaixo de uma marquise, Khao e First fumavam em silêncio.
— A gente zoa tanto, mas... cara, não sei se aguento isso, não. — Khao disse, soltando a fumaça devagar.
First tragou fundo e encarou a chuva.
— Ele é nosso amigo. O Dunk. Nunca vi alguém tão gentil. Ele não pode ir agora.
Khao assentiu. Jogou o cigarro no chão e pisou com força.
— Se Deus tiver um pingo de bom senso, deixa tudo bem.
Na sala de espera, Nunu e Milk estavam lado a lado, os dois olhando fixamente para a mesma parede branca.
— Você foi incrível lá fora. De verdade. — Milk disse, cutucando o braço de Nunu.
Nunu soltou um suspiro cansado.
— Nem pensei. Só fui. Ver ele com dor daquele jeito... me deu um aperto no peito.
— Você salvou eles. — Milk insistiu, com um meio sorriso. — Agora é só esperar.
— É a parte mais difícil. — Nunu murmurou.
O silêncio se espalhou entre todos ali. O hospital parecia respirar com eles, sentindo a tensão no ar.
Até que a luz vermelha da porta da cirurgia se apagou.
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Oops! I Knocked Up My Nerd
Fanfiction**Sinopse:** Joong, o popular e cruel estudante, sempre fez da vida de Dunk, o nerd tímido, um verdadeiro pesadelo. As provocações diárias e o bullying nunca abalaram Dunk, mas tudo muda quando seus pais - a mãe de Dunk e o pai de Joong - decidem co...
