⚠️Capítulo 127 - No Coração da Tempestade

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O hospital estava iluminado por luzes frias e abafadas. O som da chuva ainda ecoava nas paredes, como se o mundo lá fora ainda não tivesse entendido a urgência que invadia aquele corredor.

Dunk foi levado direto para a sala de cirurgia. Duas enfermeiras empurravam a maca enquanto ele, pálido e ofegante, tentava manter a calma. Os olhos dele procuravam por Joong e Fox, que corriam ao lado.

Vai ficar tudo bem, amor, a gente tá aqui! — Fox gritou, tentando esconder o desespero.

Você é forte, Dunk! Espera a gente! — Joong falou quase sem voz, com os olhos marejados.

Mas a porta se fechou, e com ela, veio o silêncio.

Joong encostou na parede e deslizou até o chão, sem forças.

Não... não assim... não agora... — murmurava, tentando respirar.

Fox ajoelhou ao lado dele, segurando sua mão com força, os olhos arregalados de pânico.

E se acontecer alguma coisa? Se ele... Se eles... — Fox não conseguia concluir a frase.

Não fala isso! — Joong interrompeu, segurando a mão de Fox com desespero. — Ele vai voltar. Os três vão.

Do outro lado do corredor, Senhora Park estava sentada, as mãos trêmulas entrelaçadas nas de Jhon.

Preciso ser forte. Ele precisa de mim. — murmurava, como um mantra.

Jhon a olhava com ternura, contendo a própria angústia para não deixá-la cair.

Você está sendo forte. Ele sempre foi por sua causa. — disse, com um beijo em sua testa.

Mais adiante no corredor, Fadel estava de pé, abraçado ao marido, que encostava a cabeça em seu ombro. Oppa, agora com quatro meses de gestação das pequenas Aurora e Íris, tentava manter a calma, mas seus olhos também estavam marejados.

Se fosse você naquela sala... eu... — Fadel sussurrou, com a voz embargada.

Oppa apertou mais o abraço.

Eu sei. Eu também não saberia o que fazer. — sussurrou de volta. — Mas Dunk vai voltar. Ele tem que voltar. Os bebês vão nascer hoje. Ele vai segurá-los.

E se o pior acontecer? — Oppa perguntou, quase sem som.

Então a gente quebra o universo. Mas não vai acontecer. Eu prometo.

Do lado de fora do hospital, debaixo de uma marquise, Khao e First fumavam em silêncio.

A gente zoa tanto, mas... cara, não sei se aguento isso, não. — Khao disse, soltando a fumaça devagar.

First tragou fundo e encarou a chuva.

Ele é nosso amigo. O Dunk. Nunca vi alguém tão gentil. Ele não pode ir agora.

Khao assentiu. Jogou o cigarro no chão e pisou com força.

Se Deus tiver um pingo de bom senso, deixa tudo bem.

Na sala de espera, Nunu e Milk estavam lado a lado, os dois olhando fixamente para a mesma parede branca.

Você foi incrível lá fora. De verdade. — Milk disse, cutucando o braço de Nunu.

Nunu soltou um suspiro cansado.

Nem pensei. Só fui. Ver ele com dor daquele jeito... me deu um aperto no peito.

Você salvou eles. — Milk insistiu, com um meio sorriso. — Agora é só esperar.

É a parte mais difícil. — Nunu murmurou.

O silêncio se espalhou entre todos ali. O hospital parecia respirar com eles, sentindo a tensão no ar.

Até que a luz vermelha da porta da cirurgia se apagou.

Oops! I Knocked Up My NerdWhere stories live. Discover now