⚠️Capítulo 101 - De Volta ao Silêncio

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A noite ainda envolvia a mansão quando o carro preto parou discretamente na garagem.

Joong e Jhon entraram pela porta dos fundos, sem chamar atenção. Os passos do pai eram firmes, mas pesados — e seguiram direto para o quarto dele, sem dizer uma palavra.
O silêncio entre eles era um pacto.

Joong observou a porta se fechar. Respirou fundo.

Então, com passos leves, deu meia-volta no corredor escuro e seguiu até o quarto que dividia com Dunk e Fox.

Abriu a porta com cuidado.

Lá dentro, a penumbra era suave. Dunk dormia encolhido do lado direito da cama, o ventre redondo protegido por um dos braços de Fox, que também dormia — ou quase.

Quando Joong se aninhou entre os dois, com um carinho contido como quem se desculpa por ter ido, Fox abriu os olhos, sonolento, e acariciou de leve o rosto do namorado.

— Onde você foi... com o seu pai?

Joong sorriu suavemente, pegando a mão de Fox e beijando o dorso com ternura, demorando-se um pouco mais que o habitual.

— Só fomos resolver umas pendências da empresa dele. Nada que valha tirar seu sono, amor. Eu tô aqui agora.

Fox acreditou. Sempre confiava.
Fechou os olhos outra vez e buscou Joong com o corpo, colando-se a ele como quem quer garantir que estava de volta.

Joong passou o braço ao redor de ambos, com cuidado, acomodando o ventre de Dunk com delicadeza e puxando Fox pela cintura.
Beijou o ombro de Dunk. Depois os cabelos de Fox.

E ali, no calor do toque e da respiração tranquila dos dois, o peito apertou.

A imagem de Fadel sentado no sofá, costurando os próprios ferimentos sem sequer tremer, invadiu sua mente como um raio.
Aquela frieza. Aquela entrega. Aquele sacrifício sem hesitação por amor.

E então a pergunta veio, amarga, inevitável.

Eu faria o mesmo...?

Joong olhou para Dunk, que respirava fundo, os cílios longos repousando sobre a pele calma.
Depois para Fox, cujos dedos ainda estavam entrelaçados aos seus como se jamais tivessem se soltado.

Sim. Ele faria o mesmo.

Faria igual ao irmão.
Por eles, Joong daria tudo. Até a própria vida.

E com esse pensamento, aninhado entre os dois amores da sua vida, ele fechou os olhos.

Deixou-se adormecer no silêncio morno de um quarto onde, por ora,
o amor ainda era abrigo.
Ainda era proteção.

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