RUÍNAS DO PASSADO ▪︎ Obi-Wan Kenobi

➤ sexta memória

Obi-Wan Kenobi recebe uma permissão rara do Conselho Jedi para voltar ao seu planeta natal, Stewjon, e potencialmente reencontrar sua família. Com lembranças vagas e muitas reservas, ele hesita em embarcar nessa viagem. Mas Elora insiste que ele vá e tenha ao menos um dia para criar lembranças.

(Obi-Wan: 24 anos // Elora: 23 anos).

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STEWJON é um planeta de contrastes harmoniosos, onde o pulsar da tecnologia moderna encontra a tranquilidade pastoral. Com céus que se misturam em tons vibrantes de azul e laranja ao cair da tarde, o planeta emana uma serenidade que acalma a alma e aquece o coração. O solo, um verde deslumbrante, é fértil e generoso, vastos campos de grãos dourados que ondulam como ondas em um oceano sob a brisa suave.

Lá a vida é ritmada pelo ciclo das colheitas. Agricultores, mestres na arte de cultivar a terra, manejam tanto enxadas quanto interfaces de alta tecnologia, uma fusão de tradição e inovação que caracteriza a cultura local. As pequenas cidades, embora pontuadas por avanços tecnológicos, ainda preservam um charme rústico, com mercados ao ar livre onde se vendem produtos frescos e artesanato local.

A fauna e a flora são tão únicas quanto suas paisagens. Criaturas peculiares vagam livremente, desde pequenos mamíferos com pelagens iridescentes até aves que cantam melodias quase humanas ao entardecer. As plantas não são apenas variadas em forma e cor, mas muitas possuem propriedades medicinais e nutritivas, integradas na medicina e na culinária local.

Elora parecia estar mais animada do que Obi-Wan, andava de um lado para o outro analisando com curiosidade as coisas que encontrava se diferente no caminho. Os dois passaram a manhã inteira dando um passeio. Obi-Wan queria aproveitar o dia sem pensar muito em como seria reencontrar sua família de novo.

Enquanto o sol dourado mergulhava em direção ao horizonte, faltando apenas 3 horas para se pôr, Elora e Obi-Wan encontravam-se deitados em um dos campos verdejantes. A grama macia cedia sob seus corpos relaxados, como se os envolvesse em um abraço suave da natureza. O padawan com um sorriso brilhante, estava deitado ao lado dela, rindo de alguma coisa boba que ela disse.

As mãos dele estavam cruzadas sobre o estômago, uma expressão de tranquilidade em seu rosto enquanto ele se entregava à conversa animada. O vento suave acariciava seus rostos e o ar estava impregnado com o perfume fresco das flores, uma fragrância que enchia os sentidos com sua doçura natural. O crepúsculo iminente pintava o céu com tons de âmbar e rosa. Cada respiração era uma pausa tranquila.

Ela estendeu a mão e passou os dedos por cima dos dedos dele, entrelaçando-os. Virou o rosto para olhar nos olhos dele. Ela viu que algo estava errado.

- Por que você parece estar evitando a procura dos seus pais desde que chegamos pela manhã? - Ela pergunta.

- Não é que eu não quero vê-los, eu só... estou pensando em como vou chegar neles. - Ele deu um leve aperto na mão dela antes de lentamente soltar e se sentar na grama com os braços apoiados nos joelhos. - Talvez eles nem sintam minha falta, já faz muito tempo. Se eu mesmo nem lembro direito deles então imagine eles. Não quero criar muitas expectativas.

- Não vamos saber se não tentarmos. - Ela se levantou e estendeu a mão para tirá-lo do chão. - Vamos, já é hora de ir.

Ele pegou a mão dela e se levantou, tirou os pequenos pedaços de grama grudados no seu manto e nas calças. Olhou ao redor antes de suspirar. - Sim... - Ele passou a mão pelo cabelo e ajustou sua expressão. - Vamos acabar logo com isso.