26 - Alarde

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Pov's Fernanda

Já faz 1 mês que Alane retornou para casa depois do acidente. Ela vai 2 vezes na semana ao hospital para checar se está tudo bem com a saúde e ver se precisa ficar lá internada novamente. Para nossa sorte, isso nunca aconteceu, pois todos os exames deram da forma como deveriam dar, sem nenhuma alteração.

O mês foi tranquilo, sem muitos acontecimentos novos. Eu ajudo Alane com os medicamentos dela e também com alguns cuidados. Óbvio que como namorada eu amo mimar ela!

*

Despertei lentamente e percebi que Alane não estava ao meu lado na cama. Olhei ao redor a procura dela mas não a encontrei. Me levantei e fui em direção a sacada. Abri as cortinas e me deparei com Alane chorando do lado de fora, com Liz em seu colo.

Abri a porta da sacada rapidamente e me sentei atrás dela, abrindo as pernas e me encaixando em seu corpo.

-O que aconteceu, amor?

-A Liz não está bem..

-O que ela tem?- desviei meu olhar para a cachorrinha.

-Não sei. Ela não come direito, só quer ficar deitada e percebi que tinha um vômito do lado da caminha dela quando acordei.- Alane estava bem abatida, e eu odeio vê-la assim.

-Por que não me chamou antes? Vou me arrumar para levá-la no veterinário. Você vai?

-Sim!- Alane carregou Liz no colo e a colocou em cima da cama.

Tomamos banhos rápidos e pegamos a coleira e a casinha dela. Pedi um uber para ser mais rápido e não incomodar Pitel, a coitada já me ajudou muito nos últimos tempos.

Chegamos no veterinário e Liz vomitou mais uma vez. Na recepção, percebi que Alane ainda estava muito triste e abatida.

-Lane, vai ficar tudo bem, não se preocupe. Eles vão examiná-la, dizer o que ela tem e passar remédios. Nós vamos comprá-los assim que sairmos daqui. Eu vou fazer de tudo para que a sua Liz fique bem.- Alane olhou para mim. Me doeu ver o quão abalada ela estava.

-Nossa Liz.

-Isso, a nossa Liz vai ficar bem. Nós vamos enchê-la de amor!- deixei um beijo na bochecha de Alane, que sorriu fraco.

Mesmo tentando consolar Alane, a preocupação também tomou conta de mim. Querendo ou não, Liz também passou a fazer parte da família. Da nossa família. Eu, Alane e ela. No início eu briguei com Alane só pelo simples fato de que Liz estava na minha cama. Hoje, ela vive no meu quarto e não me importo de ela estar no móvel. Parece até ironia, né?

Felizmente, Liz não demorou a ser atendida. Os médicos examinaram o caso dela e disseram que não é nada grave, e que pode ter sido algo que ela comeu por obséquio. Ela só vai precisar tomar alguns remédios, e logo ficará bem.

Eles também passaram alguns remédios e, como eu havia dito, saímos do veterinário direto para a farmácia. O indicado é que não deixemos Liz o dia todo dentro de casa, para que ela possa se exercitar mais e conviver com outros cachorrinhos. Além, óbvio, do uso dos remédios.

Depois de comprarmos tudo que precisávamos na rua, voltamos para casa. Por incrível que parece, Liz já estava se sentindo melhor. Ela chegou em casa correndo e subindo no sofá. Nos sentamos ao lado dela e no mesmo momento a cachorrinha pulou no colo de Alane, começando a lambe-la.

-Ei Liz, não lambe muito não, tá? Já conversamos sobre dividir a sua mãe!- Alane riu.

-Ah, então você já conversou com ela sobre me dividir, dona Fernanda?

My cousin - "eyes don't lie" - FerlaneTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang