12 - Cuidados

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Pov's Fernanda

Abri o olho no momento em que fui mudar de posição, e não avistei Alane na cama. Estranho, porque dormimos agarradas a 2 dias ou mais. Peguei meu celular para ver o horário. 3:37 da manhã, aonde Alane está? Olhei para o colchão, mas nem no chão ele estava.

-Alane?- não obtive respostas, então no mesmo momento eu me levantei. Abri as cortinas para ver se ela estava na sacada, mas nenhum sinal de Dias.

Fui até o banheiro, e percebi a porta trancada.

-Alane? Está aí?- novamente, Alane não me respondeu. Escutei um barulho vindo de dentro do banheiro e segundos depois a porta foi destrancada. Quando vi Alane com um semblante cansado e triste, meu corpo gelou.

-O que aconteceu bonequinha?- Alane foi até a cama, em passos lentos e um pouco curvada. Ela começou a chorar.

-Eu tô com dor Nanda.

-Dor aonde?

-Eu estou com cólicas, muitas cólicas.- Alane colocou a mão no pé da barriga.

-Sinto meu corpo todo doer, na verdade.

-Eu vou pegar remédio para você, espera.- Fui até o banheiro e peguei a caixa com algumas coisas de urgência. Procurei o remédio de dor e abri um.

-Toma esse remédio e já já melhora.- Alane pegou o remédio da minha mão e tomou com água. Sorriu para mim depois disso, como forma de agradecimento.

-Por que não me chamou antes? Se você sentisse algo pior lá no banheiro?- me sentei do lado dela.

-Eu não queria te acordar.

-Eu não ligo para isso Alane, o sono eu recupero depois. Vai voltar a dormir?- Dias olha para o chão, e logo faz uma cara não muito agradável.

-Não sei se consigo.

-Podemos ficar lá fora na sacada se quiser. Pode ser melhor do que ficar aqui dentro.- Alane assentiu, então seguimos para fora.

Me sentei do lado de Alane e a envolvi com meus braços e com um cobertor.

-Por que está fazendo isso Nanda?

-Isso o que?

-Ficando aqui comigo.- Alane se virou para mim.

-Por que me importo com você. E odeio ver você com essa carinha triste.

-Aí- Alane se contorceu ao meu lado, como sinal de dor.

-Calma Lane. Quer uma compressa de água morna? Acho que ajuda.

-Quero.

-Vou lá buscar, fica quieta aí.- me levantei e fui pegar a compressa. Quando voltei, percebi que Alane observava a lua.

-A lua é muito bonita, assim como você.- percebi Alane sorrir fraco e com timidez.

-Aqui sua compressa.- estendi para Alane.

-Põe pra mim?- de novo Alane está fazendo o biquinho. Como ela descobriu que não consigo negar nada quando ela faz ele?

-Folgada você, né? Deita aqui no meu colo e eu ponho na sua barriga.- Assim Alane fez.

Ficamos ali até a compressa esfriar.

-Estou com sono, podemos voltar?- Alane tentou se levantar mas sentiu dor.

-Claro, venha, eu te ajudo.- estendi as mãos para Alane depois de me levantar.

Voltamos para o quarto. Deitei primeiro e logo em seguida Dias fez o mesmo. Puxei o cobertor sobre nós duas e cheguei mais perto da morena, mas sem tocá-la muito para não causar dor. Alane puxou minha mão e colocou sobre sua barriga, e assim, adormecemos.

My cousin - "eyes don't lie" - FerlaneWhere stories live. Discover now