3 - Pausa

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Pov's Alane

A minha noite de sono foi horrível. O nervosismo não me permitiu dormir 30 minutos consecutivos sequer. A todo momento eu me virava, olhava o horário no celular, tirava a coberta, colocava a coberta. Bem capaz de eu dormir no meio da prova, porque a última coisa que fiz durante a noite foi isso.

Depois de horas de tortura psicológica na madrugada, o meu alarme tocou as 6:20. Eu morro de medo de perder provas como essa, por isso acordo cedo e costumo sair antes de casa.

Diante desse fato, fui logo fazer tudo o que precisava: tomar banho, comer, arrumar a mochila com tudo que eu vou precisar...

Após concluir tudo da minha lista obrigatória, fui até meu pai, que estava em seu quarto.

-Licença pai, bom dia. - Digo, batendo na porta. Meu pai estava lendo um livro, aparentemente sobre economia.

-Ah, oi filha, bom dia. Já podemos ir?- me perguntou, deixando o livro de lado e colocando o sapato.

-Já sim pai, pode ir para o carro, só vou me despedir de Liz e de mamãe. - afirmei e ele concordou com a cabeça.

Como havia dito, fui procurar minha fiel escudeira: Liz. *Pensou que eu estivesse falando da minha mãe? ela está longe de alcançar esse posto!*

-Oi filha, eu tenho que ir, está bem? volto antes das 18:00!- Liz correu para os meus braços. Parece que ela entendeu a informação que acabei de dizer, e se despediu com lambidas em meu rosto.

Saí do meu quarto direto para cozinha, aonde minha mãe estava.

-Oi mãe, bom dia, já estou indo, tá?- avisei, observando o que ela fazia.

-Oi Alane, tá bom. Boa prova. - ela foi curta e séria, além do mesmo comportamento estranho.

Dei de ombros e apenas saí para a garagem. Minha mãe não vai me contagiar com essa energia negativa, não hoje. Eu tenho que estar tranquila para fazer a prova.

Entrei no carro em silêncio e conferi o horário; eram 7:25. Enquanto abria a minha mochila para pegar as revisões, o meu pai perguntou.

-Nervosa Lane?- ele não parecia tão atencioso assim, parece que ensaiou um monólogo.

-Não muito, eu estudei o máximo que pude.- Ok, talvez eu tenha mentido. Não na parte de ter estudado, até porque eu realmente estudei. E sim na parte do nervosismo; eu estava enlouquecendo.

O meu pai fez o favor de não ficar puxando assunto no caminho, o que me ajudou pois estava tentando revisar todos os assuntos. Ao ver o local aonde eu faria a prova, uma onda de choque percorreu em meu corpo. Eu tenho que passar!

-Pronto Lane, chegamos!- o meu pai disse, desligando o carro.

Respirei fundo e, antes de sair do carro, me despedi.

-Tchau pai, obrigada pela carona.

-Tchau filha, boa sorte.- é, o meu pai está melhorando comigo. Em compensação, minha mãe está piorando. Que maluquice!

Passei pelo portão do prédio e fui direto para a minha sala: 322.

Ao adentrar a porta, percebi que a sala não estava tão cheia. Ou iriam chegar mais pessoas antes das 8:00, ou a minha sala ficaria quase vazia. Eu sinceramente prefiro a segunda opção.

8:00 em ponto, chegou o momento da prova. O supervisor da sala começou a distribuir as provas. Eu fiz a técnica de respiração que geralmente uso nas minhas crises de ansiedade para me acalmar.

Peguei a caneta e comecei a prova.

A sala não era tão fechada, mas possuía apenas uma janela pequena. Me deixei levar pelas questões da prova e quando fui ver, já não estava tão nublado como antes. As luzes solares estavam bem fortes.

My cousin - "eyes don't lie" - FerlaneWhere stories live. Discover now