Inês: As coisas mudam meu amor. O importante é que eu estou aqui com você minha menina.

Porque será que eu não estou engolindo esse papinho dela?

Inês tenta me abraçar mas eu desvio dos braços dela.

Manu: Porque tu tá aqui Inês?

Inês: Que jeito de falar com sua tia é esse Manuela? Tu sempre me tratou com respeito.

As palavras da Larissa ecoam pela minha cabeça.

Manu: Isso quando existia respeito entre nós duas. Antes de tu me humilhar e expulsar de casa quando descobriu que eu estava grávida.

Inês: Aquilo é passado minha querida, tu está bem agora não está? É isso que importa. Tu virou a patroa do morro do Vidigal. Tenho certeza de que o Grego te dá uma vida de rainha com tudo de bom e melhor, não é mesmo?

Arqueo minha sombrancelha quando escuto ela falar o vulgo do pai do meu filho.

Manu: Como sabe quem é o dono do morro?

Inês: Eu descobri algumas coisas sobre vocês nos últimos dias. Onde está o meu sobrinho neto? Estou louca pra conhecer o Leonardo. Me disseram que ele é muito bonito assim como a mãe.

Manu: Quem foi que te contou sobre isso? De onde tu tirou essas informações sobre minha família?

Inês: Família? Eu sou sua família Manuela, fui eu que terminei de te criar quando seus pais morreram. Eu que te acolhi na minha casa quando ninguém mais te queria. Se hoje tu está onde está é por minha causa. Deveria me agradecer.

Manu: Te agradecer? - Solto uma gargalhada cheia de deboche.- Agradecer pelo o que Inês? Por ter me expulsado de casa e não ter deixado eu tocar no dinheiro que meus pais me deixaram?

A mulher em minha frente me olha assustada.

Inês: Como...?

Manu: Como eu sei disso? Procurei um advogado para tentar pegar o dinheiro da minha herança, precisei de dinheiro para reerguer minha loja, mas acontece que o advogado disse que tu entrou com um processo contra mim. Por eu tentar pegar algo que MEUS PAIS DEIXARAM PARA MIM.

Falo a última frase já um pouco alterada.

Inês: Você não precisa daquele dinheiro. Seus pais te deixaram tudo e nada pra mim. Agora tu é a mulher de um traficante muito rico pode muito bem viver sem o dinheiro dos seus pais e deixa-lo pra mim.

Manu: É por isso que tu apareceu aqui? Por dinheiro?

Inês: Eu preciso da sua ajuda Manuela. Me meti com gente errada, estou devendo muito dinheiro pra pessoas perigosas. Eles estão ameaçando a minha vida.

Manu: No quê tu se meteu? Porque tá nesse estado?

Inês: Eu sou usuária de entorpecentes.

Manu: Desde quando? Quando eu estava com você nunca te vi tocar nem em uma taça de vinho. Como foi que tu virou usuária?

Inês: Isso não vem ao caso. O fato é que preciso de dinheiro.

Manu: Eu não vou te dar nenhum centavo Inês. Tu fez questão de deixar  claro que eu não passava de uma merda pra tu.

Inês: Tu me deve isso.

Manu: Eu não te devo nada.

Inês: Mas eles vão me matar se eu não pagar as drogas que peguei fiado deles.

Manu: Não é problema meu.

Inês: Sua filha da puta.

Nesse instante Inês vem pra cima de mim mas para quando a porta é aberta com um chute forte e um tiro acerta a parede ao lado dela.

Grego: Encosta em um fio de cabelo da minha mulher que faço questão de arrancar toda a pele do seu corpo com tu ainda viva.

Inês olha para o Grego com pavor e medo. Logo olha em minha direção.

Manu: Da o fora daqui Inês. Não te quero aqui nem hoje nem nunca.

Inês: É bom tu se preparar porque isso não vai ficar assim. Tu vai se arrepender muito disso Manuela eu juro.

Grego: Tô vendo que a vadia velha tá doida pra morrer na minha mão. Tá ameaçando minha mulher na minha frente caralho?

Grego vem para a frente de Inês e da uma encarada nela que até eu fico com medo.

Grego: Some daqui e nunca mais apareça na vida da Manuela. Ou tu vai me conhecer de verdade sua filha da puta do caralho.

Inês sai correndo da sala sem olhar pra trás.

Me sento em uma cadeira e passo minhas mãos sobre meu rosto suspirando.

Grego: Ei tu tá bem?

Fica em minha frente e se abaixa para me olhar nos olhos.

Manu: Tô sim.

Grego: Ela fez alguma coisa contigo? Encostou em você?

Manu: Não, não. Você chegou na hora que ela quis vir pra cima de mim. Aliás, como tu sabia onde eu tava?

Grego: E tu acha que eu não vigio cada passo que tu da?

Solto uma risada mas no fundo sei que isso é verdade.








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