Meu Destino

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Grego

Vejo a garota engolir em seco.

Quando ela abre a boca pra falar um carro preto com os vidros todos fechados para perto de onde estamos e dele descem quatro caras encapuzados segurando um fuzil cada.

A única coisa que dá tempo de eu fazer é me jogar sobre a Manuela.

Sinto tiros atingirem minha perna e meu braço.

Logo ouço meus homens começarem a disparar contra eles.

Logo mais escuto o carro cantar pneu e eles vão embora. Me levanto com dificuldade e dou a mão pra Manuela se levantar.

Manu: Ai meu Deus tu tá bem? Te acertaram.

Grego: Vou ficar bem, algum tiro atingiu você?

Manu: Não eu acho que não. A gente precisa ir pro hospital você tá perdendo sangue.

Logo um dos meus homens aparece com o carro e eu entro no banco de trás com a Manuela junto comigo.

Não demora muito e chegamos no hospital Manuela me ajuda a sair do carro e a andar.

Um médico vem até nós com uma cadeira de rodas e eu me sento nela.

X: A senhora também foi atingida?

Pergunta uma enfermeira pra mãe do meu filho.

Manu: Não.

X: Desculpa mas e esse sangue?

Olho pra onde a moça aponta e vejo que a camiseta da Manuela está com muito sangue, tanto sangue que o líquido vermelho escorre pelas pernas dela até o chão onde já começa a se formar uma poça de sangue.

Grego: Merda.

Manu: Grego?

Olho nos olhos da garota que obviamente está em desespero assim como eu.

Me levanto mesmo com muita dor e corro até ela antes dela cair nos meus braços.

Grego: ALGUÉM AJUDA AQUI CARALHOOO.

Me levanto com ela nos meu colo e um enfermeiro corre com uma maca em nossa direção.

Coloco ela sobre a maca e ergo sua camiseta, três tiros acertaram a barriga dela.

Manu: Gre...

Manuela desmaia antes de conseguir dizer a primeira palavra.

Grego: NÃO, NÃO NÃO! Manuela fica comigo, não me deixa. FICA COMIGO!

Chacoalho o corpo dela que está desfalecido e ela não reage. Abraço ela com toda a força que eu tenho.

Grego: Não me deixa, eu preciso de tu, tu foi feita pra mim e eu fui feito pra você, ser teu é o meu destino. Não faz isso comigo não me deixa.

Alguns médicos me seguram e soltam ela dos meus braços. Vejo eles correrem pra dentro do hospital enquanto eu caio de joelhos no chão e começo a chorar feito uma criança.