52

10.1K 582 114
                                    


Manuela

Com dificuldade abro meus olhos estranhando a quantidade de luz.

Só então percebo que estou no hospital.

Meu pescoço e meu rosto doem muito.

Avalio com cuidado cada canto do local onde estou, só para ter certeza de que não estou sonhando.

Até parar meus olhos na porta e ver o pai do meu filho me encarando com um semblante de quem chorou muito.

Manu: Oi.

Falo com um pouco de dificuldade devido a dor que sinto fisicamente.

Grego: Oi... Posso?

Faz sinal para chegar mais perto de mim.

Apenas aceno com a cabeça confirmando.

Grego se aproxima de mim com muito cuidado, como se não quisesse me assustar com a sua proximidade.

Manu: Cadê o Leonardo?

Grego: Está vindo pra cá, Larissa acabou de sair pra buscá-lo na casa da Rute.

Manu: Entendi... Como estão os meninos? Alguém se machucou?

Grego parece buscar as palavras para ne responder. Sinto meu peito doer pela possibilidade de alguém ter se machucado por minha culpa.

Grego: O médico disse que sua pressão arterial está muito alta, mesmo com a medicação. Então preciso que tu fique calma e não tenha nenhum ataque.

Manu: Fala logo o que aconteceu.

Grego: Tá, não vou enrolar vou direto ao ponto. - o moreno solta um suspiro pesado antes de voltar a falar.- Tz levou um tiro um pouco perto das costelas...

Manu: Ai meu Deus não me diz que o Caíque ...

Grego: Calma ele tá bem Manuela. Ele tá bem. A bala entrou e saiu sem fazer estrago nenhum, só vai ficar de molho um pouco mas tá bem.

Manu: Vocês mataram aquele monstro não mataram?

Grego: Ele está no morro na salinha de tortura. Ainda vivo, mas por pouco tempo. De lá ele só sai pra uma coca rasa.

Meu corpo se arrepia por saber que Vitor ainda está vivo. Que ele ainda pode fazer mal para mim.

Os momentos que passei com ele foram como um pesadelo terrível do qual eu nunca me imaginei antes.

Levo minhas mãos até meu pescoço e pego um espelho pequeno que tem ao lado da cama. Certamente Larissa passou por aqui e sabia que eu iria querer ver como está meu rosto.

No silêncio que se instalou no quarto levo o espelho até onde eu possa me olhar com cuidado e ver o estrago.

Estrago esse até que não tão ruim no meu rosto, só alguns cortes pequenos nos meus lábios, provavelmente dos tapas que eu levei.

Meu Destino Where stories live. Discover now