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Manuela

Meu corpo todo dói.

Quem disse que um sequestro é moleza não sabe o que diz.

Estou em uma sala toda escura.

Logo que cheguei aqui o tal Vitor mandou me baterem e filmar pra mandar pro Grego.

Estou sentada em um colchão velho com os pés acorrentados então não posso andar muito aqui.

Não sei quanto tempo passou desde que eu fui trancada aqui. Não me deram água nem comida até agora.

Minha garganta está seca e meu estômago doendo de fome.

Eu só consigo pensar no Leonardo, se ele está bem se está sentindo minha falta assim como eu estou sentindo a dele.

Eu sou muito burra na moral.

Como é que eu não percebi tudo antes. Estava tudo na minha frente e eu me fiz de cega.

Espero que alguém me tire daqui o quanto antes.

Já percebi que esse Vitor quer atingir o Grego e vai me usar pra isso.

Escuto a porta se abrir e por ela passa o maluco que me sequestrou com uma marmita e uma garrafa de água nas mãos.

Vitor: Acho que tu deve estar com fome e sede não é mesmo? Tenho que pedir desculpas sou um péssimo anfitrião.

Se aproxima de mim e coloca as coisas do meu lado.

Olho desconfiada para o que ele trouxe. Vitor percebe minha desconfiança e logo fala.

Vitor: Pode comer e beber a vontade. Não vou te matar ainda. Tenho muita coisa pendente pra acertar com o Grego antes disso.

Mesmo não querendo muito eu pego a garrafa de água e abro tomando um gole.

Nossa acho que é a melhor água que eu já tomei na minha vida.

Vitor: Sabe Manuela eu acho que a gente pode se ajudar.

Manu: Como é?

Vitor: É pô. Tu é gostosa sabe. Acho que estou na curiosidade pra saber como foi que tu conseguiu enfeitiçar dois traficantes como o Grego e o TH.

Sinto meu estômago se revirar com a fala desse nojento.

Vitor: Tu conseguiu fazer o Thiago ir contra tudo o que eu ensinei pra ele a vida toda. E o Grego? Bom ele nunca se importou com alguém além dele mesmo antes de tu aparecer. Bom teve a vadia da Heloísa mas aquilo foi planejado.

Planejado?

Como assim planejado?

Vitor leva uma das mãos dele até meu rosto e eu recuo assustada.

Ele solta um sorriso doente e volta a falar.

Vitor: Se tu for boa comigo posso ser bom contigo aqui. Posso facilitar tua vida aqui nesse cativeiro. Quem sabe até não te mato. Bom isso só vai depender do quanto eu gostar de comer você.

Juro por tudo que é mais sagrado que se eu tivesse algo no meu estômago agora eu vomitaria sem pensar duas vezes.

Manu: Isso não vai rolar. Prefiro morrer.

Meu Destino Where stories live. Discover now