chapter 11~

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           Sou acordada por alguns brilhantes feixes de luz que passam pela janela do quarto e acertam bem na minha cara. Meus olhos ainda estão pesados, mas assim que me viro para o lado vejo Alane, eu dormi no hospital, me viro para o outro lado e pego meu celular que estáva em cima de um criado mudo, checo as horas, são exatamente 9am, preciso acordar Alane para que ela possa se preparar para a cirurgia.
                    
- Alane... São nove da manhã, hoje é o grande dia, você tem que se preparar! -digo sacudindo seu braço levemente. -Alane! Para de se fazer de difícil! Acorda logo! -digo rindo enquanto tento acorda-la.
Alane não da resposta alguma.
- Alane? É sério, você tem que acordar! - digo e não obtenho resposta.
Logo me levanto da cama desesperadamente e vou direto a procura de ajuda.

                     

- SELIA! SELIA! POR FAVOR! ALGUÉM AJUDA!

                     

- Fernanda! Meu Deus! O que houve? -diz Selia tentando me acalmar.
                   

- É a Alane. Ela não acorda. -digo.
Então Selia toma a frente e vai correndo para o quarto de Alane.
A porta é mantida aberta, vejo Selia indo até a garota e sacudindo a
mesma, enquanto grita seu nome.

               
             ...                   
      
          

É incrível como as coisas acontecem tão rápido, tão derrepente. Hoje me encontro parada com os braços cruzados, vestindo um vestido preto, com os olhos marejados, olhando para o chão, sem dizer uma palavra, ou me mover. Me encontro presente no enterro dela, no enterro da pessoa mais importante pra mim. As palavras que são ditas na cerimônia, são ouvidas abafadas.
Logo, várias pessoas deixam flores, e vão saindo aos poucos, eu continuo alí parada, até que todas as pessoa que haviam comparecido fossem embora, então eu me aproximo do túmulo, e me agacho, e assim coloco minha mão em minha bolsa, e da mesma retiro a florzinha, a florzinha branca, que agora já estáva bem ruim, mas ainda sim, era a flor que eu dei para Alane, e a mesma eu coloco sobre o túmulo, afastada de todas as outras grandes quantidades de flores.
                   

- Fernanda? -ouço a voz de Selia. - Tenho uma coisa pra você... Pode passar no hospital mais tarde? -diz Selia, e eu apenas digo que sim com a cabeça, e então Selia logo também vai embora.

[...]
                     

Andando pelas ruas, usando todas as forças que eu tenho para não cair em lágrimas, enquanto caminho pela calçada.
Então, dentro de poucos minutos, chego ao hospital, e eu logo adentro.

                     
- Oi Fernanda. Entre. -diz Selia, e assim faço. - Eu te chamei aqui pra... Te entregar isso... -ela diz me entregando um álbum.
                  

- Obrigado... -digo.
                 

- De nada.
                  

- O que... O que vão fazer com o pulmão? -pergunto.

                     

- Vamos dá-lo para a Beatriz, assim como Alane havia pedido.
                   

- Entendi... -digo e vou logo para o corredor.
                     

- Adeus Fernanda! E obrigada por ter feito a minha menina feliz. -diz Selia.
                  

- Tchau Selia. -digo e vou caminhando para as escadas, e passo pela porta de número sete, que se encontrava fechada, mas a persiana da janela se encontrava aberta e pude ver Beatriz e uma pessoa conversando e rindo, isso fez me sentir bem.
Então saio enfim do hospital, e caminho para outra direção, direção contrária de minha casa. Vou até o morro, onde fiz um piquenique para Alane, e subo o mesmo, sozinha, ainda com o álbum em minhas mãos.
Então chego lá em cima, coloco o álbum sobre a grama e me sento ao lado do mesmo, e observo o céu, o céu escuro, com várias estrelas, e uma bela lua.
Então pego o álbum novamente, e assim que o abro, um envelope de cor branca, cai em meu colo, e eu pego o mesmo e o abro bem devagar e com as mãos trêmulas.

<<>•<>>
                     
Oi Fernanda!  Escrevi essa carta pois eu já sabia do que estáva destinada...
Eu queria te dizer... Na verdade, te agradecer, por ter me feito a pessoa mais feliz do mundo, quando antes eu apenas fingia ser feliz, você me trouxe a verdadeira felicidade! Quero te agradecer por ultrapassar os limites só para me ver feliz, só para me deixar bem.  Lembro de quando me levou para ver o por do sol enquanto tinhamos um piquenique, e depois fomos em um lugar incrível com vagalumes, tomamos banho de chuva, que foi o meu primeiro e único. Também lembro de quando te levei para conhecer minha "galeria de artes", e te dei  uma de minhas pinturas. Lembro que quando foi no meu quarto pela primeira vez, você acabou afundando no meu puffie amarelo.
Também me lembro de quando nos conhecemos, você precisava de um copo para beber água e eu me ofereci para arranjar algum pra você, e daí começou uma conversa.
Eu sei que você está triste, sei que o que aconteceu foi doído, mas eu quero dizer, aproveite sua vida, aproveita os momentos, sorria mais (porque eu sei que você tem um sorriso lindo), faça amigos e pare de brigar com a Pitel, curta seus momentos em família, momentos com amigos, faça o bem, espalhe amor... E mais uma vez obrigada por tudo.
Eu te amo Fernanda Bande!

Sua Lane.

                     
Termino de ler a carta completamente em prantos, e então tomo coragem para ver o álbum, e lá haviam, fotos de dela... De nós... Pensar que eu a perdi, para sempre, definitivamente, e eu não posso fazer nada para mudar isso.

Continuo sentada, no topo do morro, com a luz do luar em minha pele, vento refrescante batendo contra mim, e o chão rodeado de flores em cor branca... Um sussurro vem a meu ouvido e ouço sua doce voz... Tudo está bem.





Fim.


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UAU!
quero agradecer por terem lido esta pequena história feita com um grande carinho.
Espero de coração que tenham gostado, mesmo não sendo como o esperado.

Quero informar enquanto tenho a oportunidade de falar aqui, que estou escrevendo mais uma de minhas obras aqui (de Ferlane, óbvio), é só entrar no perfil e lá vai estar outra fanfic para você ler!

Então é isso. Tchau 👋🏻



                    


                                 

O mais importante - FerlaneTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang