O mais importante - Ferlane

chapter ~1

Então saímos de casa e fomos em direção ao carro. Meus amigos ficaram nos bancos da frente, e eu obviamente, fiquei no banco de trás.
Da minha casa até o hospital, é uma caminho até que comprida. E para evitar qualquer tipo de conversa, que os dois poderiam querer ter comigo, coloco os meus fones de ouvido, que considero meus melhores e únicos amigos. Encosto minha cabeça na janela fechada do carro, e fico apenas observando as ruas, passando em grande sintonia com a música que eu estáva escutando.

Eu estáva quase dormindo, quando o carro da um pequeno tranco. Isso me faz acordar de qualquer cochilo mental que eu estivesse tendo, e logo percebo, que matheus já havia estacionado o carro em frente ao hospital.
Saímos todos de dentro do carro, e fomos andando em direção a porta do hospital. Antes de entrarmos, minha amiga me para, segurando meu braço.

- Por favor, tente interagir. -ela diz, e então adentramos o hospital.

Eu sabia que iría ser tudo igual, como sempre, eles fazem as pessoas felizes, e eu só ficou olhando, e desejando voltar pra casa o mais rápido possível.

- Nanda, as pessoas do grupo já estão todas aqui. -diz Isabelle. -Hoje vamos visitar apenas crianças. -ela afirma.

Concordo com a cabeça, e sigo o pequeno grupo, até onde estáva o primeiro paciente.
Nós entramos em uma sala, onde havia um garotinho com leucemia.
De braços cruzados, me encosto na parede, e fico vendo, meus amigos e os outros, fazendo um pequeno teatro, para o menino.
Isabelle estáva participando do teatro, até que a personagem que ela estáva interpretando, saiu de cena.
Então ela percebe que eu não estou ajudando em literalmente nada, e vem até mim.

- Venha participar do teatro! -ela cochicha.

-Não quero.

- Por favor Fernanda! Olha como ele está feliz! -ela diz se referindo ao garotinho.

- Isabelle, eu vou beber água ok? -digo breve. E antes que ela pudesse responder,saio do quarto.

Eu vou andando até um bebedouro que estáva do outro lado do corredor. Eu precisava beber uma água gelada, para dar uma acalmada.

- Droga! Era só o que me faltava! -digo pra mim mesma.

Havia uma mulher, que estáva limpando o corredor de onde eu estáva. Mas eu me recusava a ir falar com ela que eu precisava de um copo, afinal, não gosto de interagir com as pessoas.

Então resolvo voltar para onde meus amigos estavam.
Eu estáva próximo a porta, preste a girar a maçaneta.

-Precisa de copo não é? -uma voz feminina ecoa atrás de mim.

Então me viro, e vejo uma garota de cabelos longos e castanhos. Ela estáva encostada na porta de um dos quartos daquele corredor.

-É. - digo.

- Eu sei onde arrumar. Pode esperar aqui? -ela pergunta.

Apenas acinto com a cabeça.
Então a garota, vai andando até o fim do corredor, e vira a direita.

Dentro de poucos minutos, ela retorna com alguns copos descartáveis nas mãos, e vem andando de encontro a mim.

- Aqui, vou colocar os outros lá no bebedouro. -ela diz me entregando o copo, e logo se vira, indo em direção ao bebedouro.

Eu fui andando atrás dela.
Ela estáva colocando os copos, em um tubo que ficava ao lado do bebedouro, enquanto eu pegava minha água.