CAPÍTULO 31 - VISITA INDESEJADA

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Point Of View Lalisa Manobal.
Fazenda, 09:12 AM.

Quente! Estava muito quente! Meu cérebro me alertava enquanto meus olhos ainda permaneciam fechados, uma fagulha ponderava meu braço direito dando indícios de formigamento, eu nem conseguia abrir as pálpebras que mais pareciam estar coladas.

Ousei me remexer confortavelmente soltando meu braço de seja lá o que estiver prendendo ele nessa posição tão desconfortável, gradativamente consegui firmar a vista encarando o teto do quarto preguiçosamente, um bocejo escapou em seguida de uma espreguiçada então quando rolei um pouco para o lado direito me dei conta de que eu não estava sozinha naquela cama e que provavelmente jamais estaria.

Como eu poderia por apenas alguns segundos me esquecer de que logo ao meu lado há uma linda mulher adormecida e que o motivo pelo qual não sentia a circulação de sangue no restante do meu braço se dava ao fato de que dormimos abraçadas a noite inteira? Além disso, é realmente um pecado cometer o erro de me esquecer da noite fervoza que tivemos, bebemos além da conta na noite passada mas o que fizemos vai muito além de um efeito álcool, embora que eu estivesse meio embriagada ainda assim os meus atos foram conscientes por isso espero que para Jennie também tenham sido.

Tudo foi incrivelmente perfeito ontem! Óbvio que não fizemos sexo com penetração, mas ainda assim foi revitalizador para mim, Jennie supera quaisquer limites e pode me fazer perder a linha só com toques e um sexo oral então posso imaginar que ela não precisará de muito esforço para me fazer perder o foco quando tudo acontecer.

Enxerguei a alça de seu sutiã preto descoberto pela manta quente, ultrapassamos aqueles dias em que ela se sentia tímida perto de mim já que optou por dormir seminua ao meu lado. Analisei seu rosto tranquila procurando gravar em minha memória seu semblante angelical e morno, Jennie é linda e eu talvez deva dizer que pertence a mim.

Acomodei a cabeça na minha mão apoiando o cotovelo no travesseiro me permitindo admira-la por alguns minutos antes que ela acordasse, estudei suas bochechas gorduchas esmagadas no travesseiro, seus lábios pequenos e ao mesmo tempo chamativos, seu nariz fofo e franzino, seus olhos tão perfeitamente desenhados e repuxados acompanhados de uma camada fina de cílios discretos. Ousei tirar uma mecha fina de cabelo que cobria a lateral de seu rosto, mas quando fiz isso a coreana abriu seus olhos me observando fitá-la despreocupadamente.

Num impulso engraçado Jennie decidiu que seria conveniente cobrir o rosto com o cobertor, achei engraçado e me limitei a assistir a cena.

- A quanto tempo você está acordada? - questionou com sua voz rouca e sonolenta.

- Alguns minutos - respondi simples.

- A quanto tempo está me olhando dormir? - indagou deitando-se de peito para cima.

- Alguns minutos, por que está cobrindo o seu rosto? - eu disse tentando vê-la.

- Eu estou bagunçada, você não pode acordar e ficar espionando os outros dormir - ela me repreendeu e eu sorrir, o que eu havia dito sobre ela não ser mais tímida na minha frente?

- Isso é o seu bagunçada? Porque para mim você está linda, Jennie - respondi desistindo de ter alguma visão dela.

- Você pode ir para o banheiro primeiro? - perguntou trocando de assunto.

Sério? Tudo bem, acho que o álcool na noite passada atingiu limites do seu cérebro dos quais a fizeram perder a vergonha e ser totalmente descarada no quesito íntimo.

- É isso o que você realmente quer? - questionei.

- Por favor - ela disse.

Me remexi o suficiente para me afastar dela e levantei da cama andando sem muita pressa para o banheiro então pensei que se eu abrisse a porta e depois a fechasse -lhe daria a impressão de que eu realmente estaria no banheiro então assim fiz. Jennie só não contava que eu estaria de pé ao lado da cama esperando a oportunidade perfeita de atacá-la.

APOCALIPSE, A EXTINÇÃO - JENLISA, G!PWhere stories live. Discover now