Revelations Part 2

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Notas do Autor


BOM GENTE EIS QUE ELA CONTA A VERDADE PARA OS MENINOS..
E O SEGREDO DE RAYANE FOI REVELADO E AGORA??
SERÁ QUE O JIN VAI PEDIR PERDÃO?




Passado o fim deste frio inverno

Até que a primavera venha de novoAté que as flores floresçam de novoFique aí um pouco maisFique aí
Spring Day--BTS



Imediatamente todos os outros garotos olharam para nós dois com caras de indignação e alguns de malicia. A cara do Jin era hilária, mas por um motivo excepcional o que me preocupou mesmo foi a reação do Jungkook.

Já a do Taehyung nem se fala, eu iria rir se fosse o momento certo, mas eu precisava falar algo que não comprometesse nós dois e desfazer qualquer mal-entendido:

—Não gente! Pelo amor de Deus! Não desse jeito que vocês estão pensando. —eu suspiro tomando um gole do meu café antes de continuar. —Ontem à noite eu fui acometida por uma crise de pânico e o chamei para me ajudar.

—Uma crise causada por um pesadelo bastante infeliz. —Tae me interrompe já mais seguro de sua fala. —Não precisa economizar, Raya!

—Eu tive um pesadelo e estava desesperada, e como eu e o Tae conversamos mais e eu o tenho como um dos meus melhores amigos, eu liguei para ele. –concluí a explicação.

—Quer conversar sobre isso? –Yoongi perguntou com aquele tom de voz que mais parece um avô do que um garoto de seus vinte e poucos anos.

—É uma longa história... –eu tento desconversar. —Vocês não entenderiam.

—Tente. –ele segurou minha mão ainda com aquele olhar enigmático.

—Conta para eles. —Tae falou serenamente. —Você está entre amigos.

Seria este o momento onde eu me abriria e contaria àqueles garotos que a minha vida não era exatamente um conto de fadas? Eu sempre me preocupei com o que eles pensariam de mim caso um dia descobrissem sobre o meu passado, sobre a minha família e sobre as minhas mazelas e agora eles estavam ali ao redor da mesa me olhando com aquele olhar postulante e cheio de pontinhos de interrogação. Eu me levantei e caminhei em direção à pia que, naquele momento era o lugar mais afastado dos rapazes, mas que ficava de frente para todos. Foi lá que eu me apoiei avaliando qual seria a melhor decisão a ser tomada.

Eu respirei fundo antes de começar a falar. Se não fosse agora, talvez não houvesse mais outra hora.

—A minha vida não tem sido um baú cheio de boas escolhas. –eu comecei meio sem jeito. —Mas até aí acho que a de ninguém é. Nem todo mundo nasce sabendo diferenciar o certo do errado, muito menos com o poder de adivinhar o futuro. Eu... não sou quem vocês pensam que sou.

Eles não disseram nada e, para falar a verdade, nem eu sabia direito por onde começar a ponto de não deixá-los com muitas sequelas. Aish, Rayane! Isso lá é hora para brincadeiras? Eles estão olhando!

—Eu nunca fui o tipo de filha bem-vinda em casa e acho que passei boa parte da minha vida tentando ser a filha perfeita e encontrar o meu lugar na minha família, mas isso nunca aconteceu, ao contrário, só serviu para me deixar ainda mais fragilizada e insegura sobre tudo. Muitas vezes eu acabei encontrando refúgio longe de casa com pessoas que não eram sequer da minha família e pareciam me aceitar e me entender com muito mais facilidade do que até os meus pais. Foi nesse período que eu conheci o pai do Marquinhos. Eu acho que na época eu precisava tanto me sentir amada que caí nos braços do primeiro que me deu atenção. Eu tinha dezessete anos quando resolvi casar com ele, mas não demorou muito para que ele mostrasse a sua verdadeira natureza. Não sei quantas vezes ele me insultou, agrediu, traiu e pisoteou o meu ego só para ter certeza de que eu não tinha outra saída a não ser continuar com ele. Eu estava tão apaixonada que não conseguia me libertar dele, não importava quantas vezes ele me machucasse. Daí o Marquinhos nasceu, as coisas melhoraram e eu achei que finalmente a sorte estava sorrindo para mim. Aquele monstro mal esperou o neném completar um aninho e já o agredia fisicamente. O pobrezinho nem sabe que está no mundo e já tem que passar por algo tão horrível... O meu filho é o centro do meu mundo e eu não sou capaz de perdoar quem o machucar. Foi a gota d'água para mim, então eu me separei dele e voltei a morar com os meus pais.

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