Pude te reconhecer assim que te vi
Como se estivéssemos chamando um ao outro
O DNA nas minhas veias me diz
Que você é quem eu venho procurando
DNA--BTS
Pdv Day
-Eu também preciso ir. -o Jonghyun falou após o último dos meninos ter passado pela porta.
Confesso que, por ter estado tão quieto, acabei esquecendo completamente dele.
-Só vim devolver o celular da Rayane. -ele continua estendendo-me o aparelho. -Na correria de ontem ele acabou esquecido dentro do meu carro. -Eu... vou indo... afinal você também já está de saída, né?
Eu assinto achando fofo o jeito desconcertado do rapaz, embora me incomode o fato de ele não parecer muito à vontade ainda que estejamos apenas nós dois aqui. Tudo bem que não conta a Marina que continua grudada com o Jungkook lá na sacada e a Elayne que prepara o desjejum do neném enquanto tagarela animadamente nem se dando conta de que estamos aqui.
-Quer ir comigo? -eu pergunto e vejo seu olhar se iluminar imediatamente. -Eu quero mesmo saber onde você se encaixa nessa história inteira. E eu sei que você não veio só pelo celular.
Não sei exatamente quando ele passou a ser o meu novo herói, mas é assim que o vejo. De onde menos se esperava, veio a ajuda: um completo desconhecido aparece não sei de onde no último instante e salva a nossa mocinha. Não qualquer desconhecido, mas alguém que só conhecíamos pela televisão e ainda assim, distante de nosso convívio. Pode não ser o momento mais adequado, mas eu quero que ele faça parte do nosso grupo de amigos -apesar de as coisas ainda estarem um pouco estranhas entre a Marina e eu, acho que ainda somos amigas-, algo me impele a querer que ele seja nosso amigo. Algo no Jonghyun me incita a tentar alguma aproximação e não tem nada a ver com o fato de ele ser ainda mais lindo pessoalmente. Esse sorriso tímido, esse jeito como mexe com os cabelos ou como coloca as mãos nos bolsos... eu sei que ele não é tímido, mas é algo que cai tão bem nele quanto essa camisa que usa e o deixa ainda mais charmoso.
No que eu estou pensando? Não é à toa que a Marina tem andado me chamando de fogo-no-rabo. Minha melhor amiga no hospital e eu secando um cara que acabei de conhecer!
-Eu adoraria ir com você...
-Dayana. -eu falo ciente de que ele não sabe o meu nome. -Mas pode me chamar de Day.
Ele acaba me dando uma silenciosa e constrangedora carona até o hospital onde, alguns minutos depois, obtemos a autorização para ir até o quarto da Ray. O médico me informou que ela havia acordado há poucas horas, seus curativos haviam sido trocados, ainda estava muito abalada, emotiva e não quis trocar nenhuma palavra com ninguém, mas que no momento, havia voltado a dormir por conta dos remédios.
-Ela teve uma noite difícil, por isso precisa descansar bastante. -o médico explicou dirigindo-se mais a mim que ao meu companheiro de viagem. -Se acordar nesse meio tempo, tentem não pressioná-la ou confrontá-la sobre o acontecido.
