🔥 07. O Jogo de Aparências - Parte 1❄️

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— Acredite ou não, nós apenas estávamos no mesmo lugar e coincidentemente nos encontramos com Theodor.

— É tão descarada a ponto de tratá-lo pelo nome sem qualquer formalidade?

— Não fui repreendida quando conversei informalmente, então por que deveria tratá-lo de modo formal mesmo fora da sua presença? — pergunto franzindo o cenho e encruzo os braços, assim como ele. Embora não seja verdade, eu não perderia a chance de ver essa expressão confusa em seu rosto.

— Ainda não me respondeu qual o motivo de estar vestida assim e ter sido escoltada pessoalmente pelo general quando somente a realeza tem permissão para entrar na carruagem da princesa! — Perguntou exaltado, pondo as mãos no bolso. É interessante vê-lo perder a compostura. Vamos ver até onde vai seu autocontrole.

— Não vejo como qualquer trabalho que faça na minha vida seja de sua conta, vossa alteza. — divago lentamente, tombando a cabeça para o lado.

— Você, estando em nossos domínios, qualquer coisa a seu respeito, inclusive os trabalhos que executa, são da minha conta.

— Não nasci neste reino para dever qualquer coisa a você ou sua família, muito menos satisfação.

— Creio que a senhorita não seja não saiba muito sobre diplomacia e muito menos das leis que regem nosso reino, pois a partir do momento que adentrou nossas terras, tudo, inclusive seu trabalho, é de nosso total interesse.

— Eu não preciso ser uma princesa para saber dos direitos que tenho, ou uma diplomata para saber das leis de outros reinos, inclusive o seu, já que não ficarei muito tempo por aqui.

— Talvez você deva ser uma para poder saber como se portar na frente de um príncipe.

— Talvez você deva ser um cavalheiro para saber se portar frente a uma dama. — digo, me preparando para dar um passo à frente, mas me mantenho no lugar.

   A senhora, agora percebo, não entrou com o general; estava apenas observando o desenrolar da situação silenciosamente. Desde que saímos da carruagem, ela nos observa. Com uma postura rígida e uma expressão severa de olhos astutos, parece atravessar minha alma com seu olhar penetrante. Algo nela me alerta, um arrepio percorre minha espinha, como um presságio sombrio que paira no ar.

   Talvez seja apenas uma impressão, mas decidi manter-me vigilante em relação a ela. Aquele olhar deve ser temido, uma advertência silenciosa ecoa em minha mente.

   Repentinamente, uma dor aguda irrompe em minha cabeça, como se alguma força invisível estivesse agitando meu interior. Cada pulsação é como uma batida desesperada, um clamor por atenção, um pedido de ajuda

   Subitamente, um grito ecoa em minha mente, um lamento agudo que reverbera dolorosamente. São gritos de dor e desespero, acompanhados pelo som aterrador de carne sendo dilacerada. Ponho as mãos sobre os ouvidos para tentar abafar o som, mas nada acontece. A dor lançante persiste. Sinto-me envolta por aquela angústia, o medo pulsante, e, estranhamente, uma pontada de decepção. Fecho as mãos em punho e levo ao coração pelo aperto sentido.

   De repente, uma mão firme toca meu rosto, trazendo-me de volta à realidade. Ao abrir os olhos, encontro Ygor diante de mim, seu semblante marcado pela séria preocupação. Pisco algumas vezes, enquanto a dor vai se dissipando lentamente.

— O que aconteceu? — indaga, travando a mandíbula e franzindo o cenho.

— Não foi nada, só uma dor de cabeça um pouco forte — tento sorrir para acalmá-lo — deve ser resultado do cansaço; estamos acordados desde antes do amanhecer. — ele não parece convencido, pois não retribui e gesto. Respira fundo visivelmente irritado.

A Sombra da RealezaWhere stories live. Discover now