Amor e destino, duas coisas as quais Astrid a muito tempo deixou de acreditar, desde que fora abonada. Após ver a família que lhe acolheu sendo assassinada, algo dentro dela havia despertado. Nascida em um mundo abandonado pelos deuses, imune ao fog...
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"Sangue?"
O rei caiu, em agonia, afogando-se em seu próprio sangue.
— Chamem o médico imperial agora! — bradou o segundo príncipe do andar superior do salão, abrindo espaço entre os convidados.
Os olhos dos nobres voltaram-se para mim e o homem estirado a minha frente ainda expelindo sangue pela boca.
"Onde eu estou?" Meu corpo move-se em direção ao homem. Ajoelhando-me, coloco o braço direito do rei sobre meus ombros, ajudando-o a ficar de pé.
Guardas imperiais invadem o salão de festas, logo encontro-me cercada por cinco soldados que além de suas capas azuis, ostentavam, dentro de um círculo no centro de suas armaduras, três espirais conectadas uma à outra.
Um deles retirou o rei de meus braços, que agora respirava com dificuldade, e assim que tento segui-lo sou impedida por Romero, que sentenciou:
— Você está presa por suspeita tentativa de assassinato de Sua Majestade o rei. — Decreta em tom de desprezo, mas sua expressão mostrava... decepção. Ele mira os soldados ao meu redor — Podem levá-la.
"Por quê me sinto magoada? Eu nem conheço esse homem."
— O que pensa que está fazendo? — pergunto a Romero. — Com quem pensa que está falando? — questiono duramente. mirando o guarda que prendeu minhas mãos para trás – O príncipe está no salão, pode provar que não coloquei nada na bebida. — afirmo calmamente, voltando minha atenção para Romero novamente — Ah, por favor! — digo revirando os olhos — Você viu. Já estava com ele quando veio me cumprimentar. Vá procurá-lo, ele com certeza confirmará minhas palavras. — insisto, olhando ao redor à sua procura, já sendo escoltada para fora do salão.
Observo os convidados. Seus rostos estão desfocados, mas pelas suas vestimentas, todos os nobres, ou pelo menos a maioria, estão presentes nessa festa e todos agora estão com sua atenção voltada, ao que é sussurrado, a assassina do rei. Ele não está em parte alguma.
Sinto uma raiva crescente dentro de mim. "Primeiro, que situação é esta? Quem são vocês?" Era o que eu queria ter dito. Mas minha mente e corpo não obedeciam aos meus comandos. Quando, mais uma vez, minha própria voz ecoou em minha mente. "Aquele maldito príncipe. Sua alteza, você acabou de conseguir minha atenção." Algo como diversão pairou sobre meus olhos, e eu me deixei levar para ver até onde aquela situação me levaria.
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