𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐚𝐫 𝐀𝐫𝐞 𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐁𝐨𝐫𝐬𝐨𝐢

Capítulo 2.

Elizabeth on !
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Hoje é terça de manhã, tive que vir correndo para o apartamento da Dona Rose junto da minha avó, meus pais estão trabalhando e preferiam me deixar junto da minha avó. Assim eu faço companhia a ela em seu trabalho.

Rose também mora em um condomínio, porém muito mais luxuoso que o meu, seu apartamento chega a ser tão grande que tem segundo andar, parecendo mais uma mansão.

Ela me deixa ficar na sala assistindo tevê e comendo alguns chocolates importados que ela sempre traz quando volta de viagem, enquanto isso minha vó cozinha, podem até dizer que sou preguiçosa e que eu não a ajudo, porém ela mesma se recusa a aceitar quando ofereço.

Rose se senta na poltrona ao meu lado com um face de quem quer papear, seus olhos parecem duas Jaboticabas e seu cabelo é loiro indo para o grisalho, e sempre está com um óculos escuros na cabeça usando como acessórios para cabelos.

Ajeito minha postura para ela não me achar tão desinteressada para conversar.

-Como vão as coisas na escola querida? - Ela pergunta com um sorriso estampado no rosto.

-Vão bem, minhas notas estão altas, e fiz uma amiga esse ano. A Iara. - falo a ela.

-Muito bem! - ela da uma risada. - já está nos anos finais.

O engraçado é que sua risada tem a entonação de dinheiro, não sei explicar, apenas tem.

-Sim, vou sentir saudades da escola Rose, sou muito grata a essa oportunidade que você me proporcionou.

-Você é espetacular Elizabeth. Não podemos desperdiçar uma garota como você. - ela diz. - E se eu estiver viva, pagarei sua faculdade também!

Eu fico sem reação, será que pessoas ricas são tão sem oque fazer que gastam dinheiro assim? Incrível. Rose tem um coração muito bom.

-Entrou um garoto novo na minha sala também, Bernardo Gandt. - falo a ela e ela arregala os olhos. Como se não esperasse.

Eu não a julgo, eu tento ao máximo manter um assunto com coisa aleatórias que acontecem do meu dia. Mas acho que ela não ficou tão contente por isso.

-Ah Bernardo! Conheço a família dele. Bom saber que eles voltaram para São Paulo! - Ela da mais um sorriso mas que para mim soava mais como preocupação. - se me der licença querida. Vou pedir para que Jair a leve para escola.

-Tudo Bem, obrigada.

Rose sai da sala em direção aos quartos que ficam no andar de cima, e em alguns minutos, Jair, o motorista particular daqui me chama para me levar a escola.

Ele é todo caladão, porém legal, me dá carona dês de que eu era criança então eu confia muito nele.

Vou dar um beijo em minha avó antes de ir, porque não sei se vou voltar com ela ou voltar sozinha para casa. As vezes minha vida é uma caixinha de surpresas!!

[...]

O trânsito estava horrível, e eu simplesmente não faço ideia de como deve estar a primeira aula que por ironia do destino é de história.

Sim. Na qual eu estava morrendo de ansiedade para saber qual era minha dupla.

Quando finalmente chego na escola me despeço de Jair e o agradeço mais uma vez por ter me levado até a escola. Sai correndo até a sala de aula que é uma das últimas,aparentemente todo mundo tinha suas duplas quando eu entrei.

O professor José me olha rígido com meu atraso, porém ele não pode reclamar, nunca chego atrasada na aula dele.

-Perdão. Trânsito. - Digo recuperando o ar com as mãos no joelho.