Capítulo 17.

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Elizabeth on !
🪐🔭📚🎋🎀

Depois de tudo que acabou acontecendo no dia envolvendo meu uniforme ficar manchado para todo sempre até toques embaraçosos que dão frio na barriga. Bernardo quase que me obriga a aceitar que ele me levasse até a porta do meu condomínio, ele acabou pagando um uber para não andarmos tanto assim já o dia está muito calor e o sol de rachar e com certeza ficaríamos com marquinha de sol.

E sendo sincera aquele silêncio no Uber dizia muita coisa, eu ainda estava surtada em relação ao que tinha acontecido na saída de emergência, bem, digamos que eu quase nunca tive esses momento embaraçosos com garotos, então, esse tipo de coisa é algo muito fora do meu mundo.

Quando o uber foi embora ficamos mais alguns minutos na calçada na frente do condomínio e até o porteiro estava estranhando eu ficar ali, nem de casa eu saia direito, quem dirá conversar com amigos na calçada.

-Já são quase quatro da tarde! Passamos o maior tempo longe de casa. - Bernardo disse.

-Sim, até que hoje foi legal. - falo para ele. - mas ainda tenho que arrumar a bagunça que fizemos na escola, e arranjar um jeito de tirarem aquela observação.

-Ah sim... foi mal por aquilo, vou tentar recompensar isso de alguma forma ainda. - Bernardo diz, parecia estar realmente arrependido.
- e comprar uma camiseta do uniforme para você.

-Fica tranquilo, eu também fiz coisa errada. - tento acalma-lo - já recompensou comprando essa blusa para eu não vir com o uniforme manchado.

Ele não fala nada, apenas da um sorriso fechado e desvia seu olhar para a rua. Eu acabo pensando no que tinha acontecido na saída de emergência do shopping e minha barriga gela.

-Bem, acho melhor eu entrar. - falo sem jeito. - você vai para casa andando?

-Vou de Uber. - ele diz voltando a atenção a mim. - ainda que seja no mesmo bairro é meio longe, não quero ir andando.

-Entendo. - falo já sem muito assunto para falar com ele.

Vejo que a corrente que ele está usando está meio desajeitada, então chego mais perto dela e a arrumo, e enquanto faço isso eu não sinto minhas pernas. E ele fez questão de não desviar o olhar em nenhum segundo, eu estava nervosa ali.

Oque esse dia está sendo? Socorro!

-Chama o Uber, vou esperar você ir embora para entrar. - digo quase morrendo de vergonha e me afasto.

-Beleza.

Ele liga o seu celular e pede um Uber, em pouco tempo chega a sua carona e acabamos nos despedindo.

-Tchau Lizzie. - ele me diz acenando.

-Tchau! - digo já me virando.

-Quando você estava arrumando minha corrente, suas pernas estavam tremendo que nem vara verde! Eu sei que você me ama. - ele diz rindo e fecha a porta do carro.

-Eu te odeio loirinha burra! - o xingo, é isso faz ele rir mais ainda.

Se aquele carro fosse dele eu seria capaz de tacar um tijolo para acerta-lo bem em sua cabeça, Bernardo De Gandt é o garoto mais insuportável que existe.

Entro em meu condomínio e subi as escadas correndo, meus pais estão em casa e devem estar preocupados por eu não ter chegado ainda.

Minha mãe estava mexendo em seu celular apoiada no balcão da cozinha, seu rosto não tinha tanto sono quanto os outros dias. Agora está bem descansada para o próximo plantão, as vezes ele me preocupa com suas loucuras mas tudo, ela ainda está bem.

-Onde você estava mocinha? - ela pergunta com uma cara de brava.

-Bem, por Incrível que pareça eu estava no shopping com... - fico receosa para falar que estava apenas com o Bernardo. - amigos.

-E não pretendia me avisar? - ela cruza seus braços.

-Não achei que fosse demorar tanto mãe, me perdoe. - falo olhando para os meus pés, minha vontade é de rir.

-Tudo bem, mas não faça mais isso. Pergunte também se pode ir. - ela me diz.

Quando me viro para ir ao meu quarto descansar minha mãe volta a falar comigo.

-Amanhã estou de folga. - ela diz a mim enquanto acompanha meus passos até ela.

-Que legal mãe. Algo em mente? - puxo assunto com ela, para ver se o nosso dia rende.

-Então, amanhã vamos ter que comprar um vestido mais chique a você. - ela diz desligando o celular e olhando para minha cara com um sorriso.

-Não tem problema, amo vestidos, mas para que?

-Rosa nos convidou para um jantar, com algumas outras famílias bem da classe dela... - minha mãe estava gesticulando suas mãos enquanto falava isso. - classe insuportável.

-E porque ela nos chamou? - digo meio confusa. - a gente não tem tanto haver com a vida que ela leva.

-Eu também não entendi porém sua avó está muito animada para isso, ou seja nós iremos. - ela disse que maneira simples enquanto da de ombros.

-E para que vestido chique? As vezes que jantamos lá eu fui com vestidos de sair normais! - tento explicar para minha mãe.

Sim, sou impertinente as vezes.

-Elizabeth, sem mais perguntas mocinha! Vamos comprar e pronto. - ela diz a mim e sai da cozinha largando o celular por lá mesmo e me deixando plantada sozinha.

-Ah, e me deixa plantada aqui! - digo. - é isso aí...

Olho em volta e vejo oque irei fazer, minha mãe acabou nem notando que minha camiseta não era da escola, é acho que ela não está tão bem ainda.

[...]

Estou no meu quarto enquanto conversava com a Gabi em call, ela acabou pedindo um tempo depois que avisei que tinha chegado em casa.

Esses dias ela está bem próxima de mim, não sei se é porque não sou de amizades mas eu confesso que estranhei muito ela ficar querendo falando contigo toda hora.

"Elizabeth você vai sair amanhã?", ela me pergunta, sua voz sai meio robotizada no celular.

-Amanhã sim e Domingo também. - bufo. - vou ter que ir a um jantar de gente com muito dinheiro.

A Gabi também era "dessa gente", mas não ligamos para esse fato, aliás, excluímos ele!

"Qual é vai ser legal!", Ela diz para mim, "Vai ter alguém que você conheça?"

Quando vou responder meu pai entra no quarto e no susto acabo fechando meu notebook com muita força. Ele olha com uma cara de desconfiado mas logo abre um sorriso para mim.

-Como vai pequena? - ele me abraça e me dá um beijo na testa.

-Acabou de chegar da academia? - pergunto olhando para suas roupas de academia que ele vestia.

-É... só vim falar com você primeiro antes de tomar banho. - ele suspira e fica me olhando esperando algum tipo de resposta.

-O senhor parece cansado. - falo.

Ele me olha como não fosse algo óbvio, ele tinha acabado de chegar da academia.

-Não desse jeito! - me corrijo.

-O pai está suado demais apenas. - ele se levanta e vai até o batente da porta. - mas estou ótimo.

-tá bom pai.

-ah! Sobre o acampamento a escola me mandou o informativo. Vai querer ir?

-Se estiver no orçamento. - brinco. - claro que vou.

-ah... tudo bem então. - ele diz se espreguiçando. - segunda iremos à escola e já pagamos isso.

Ele diz saindo do meu quarto junto da sua bolsa que ele sempre leva da academia.

𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐚𝐫 𝐀𝐫𝐞 𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐁𝐨𝐫𝐬𝐨𝐢Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα