➵ 37: Who is Lykaios?

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Pois no instante em que seus olhos encontraram-o, seu corpo congelou e sua respiração se tornou ainda mais pesada. Como se estivesse vendo uma assombração diante seus olhos. Seu rosto ficou branco, os olhos comprimiram e os lábios se tornaram trêmulos.

— Por que... Por que você ainda está aqui? — Seus joelhos cederam e imediatamente ele foi ao chão. — Por favor... Me perdoe, por favor.

— Perdoar? Por que? — A voz de Trevor soou tão calma, mesmo que suas mãos estivessem cerradas ao ponto de se tornarem brancas com a falta de circulação de sangue. — Você já me deu tudo que eu queria, Grecov. Não tenho mais nada a desejar da sua vida moribunda.

Um ponto de interrogação estava quase se formando em minha testa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a gargalhada de Eros ecoou pela igreja. Tão alta que parecia sair do mais profundo da sua alma, como se esse lugar fosse um parque de diversões e ele estivesse no melhor brinquedo de todos.

— É por isso que o tirou da casa de repouso? Para que o papai pudesse vê-lo? — O olhar entre os dois era intenso, como se estivessem batalhando internamente em algo muito mais profundo. — Bem que eu estranhei quando o Baker me aconselhou que era um ótimo momento para o meu pai aparecer.

— O que está acontecendo? — Sussurrei uma pergunta para os outros dois rapazes ao meu lado, mas ambos apenas encaravam Eros com fúria evidente nos seus olhares.

— Porra, você não aprendeu absolutamente nada nos últimos 6 anos, não é? — Trevor arrastou o olhar entediado até ele e as minhas sobrancelhas se estreitaram. Os últimos 6 anos... — Você é engraçado. Isso é um plano seu? Foi você que fez o assalto, não é?

— Eu? Por que eu faria uma coisa tão idiota? — A voz carregada em deboche, como se quisesse deixar claro que realmente era um plano. — Deixe claro para ele policial. Quais são as provas?

— Encontramos DNA no carro deixado para trás, juntamente com vídeos e roupas íntimas da senhorita Maldovas. — Os dentes de Eros cerraram e sua mandíbula travou enquanto ele era arrastado pelo corredor.

— O que você quer, Trevor? Não foi o bastante para você esse tempo todo? Quer mesmo que eu jogue-o dentro daquele maldito manicômio mais uma vez? — Meus olhos se arregalaram no mesmo instante, mas isso apenas tirou uma risada bufada do homem que se posicionou ao meu lado. — Foi a Calina, não é? Ela te ajudou a assaltar a porra do banco.

— Você acha mesmo que eu faria isso, Eros? Que eu permitiria à minha mulher segurar um fuzil e disparar contra a polícia? — Mordi meu lábio, logo em seguida cobrindo minha boca, disfarçando o sorriso. — Oh, claro que eu permitiria. Você que deveria ter se cuidado e tomado conta da pobre garota que colocou no carro. Não me culpe pela sua falta de inteligência.

Uma veia saltou para fora do pescoço de Eros, seus pés cravaram no chão e sua testa enrugou. A fúria era emanada por cada canto de sua pele, era evidente cada um dos seus nervos se contraindo sob a camisa social. E dentro de segundos, ele se soltou do policial, correndo na direção de Bugsy que permaneceu parado exatamente no mesmo lugar. As mãos de Eros agarraram o terno e quando eu achei que sua garganta iria berrar o mais extremo possível, a única coisa que aconteceu foi o silêncio. E após alguns segundos com a respiração pesada, um sorriso nasceu em seus lábios, mas tão forçado ao ponto de não chegar aos seus olhos.

— Acha que é diferente de mim, Trevor? O que te faz ser melhor? — Suas palavras saiam como sussurros tentando atingir o mais profundo do homem que o encarava completamente indiferente. — Você acha mesmo que isso acabou? Contou a ela ou me colocou como o grande vilão da sua histórinha?

Eu não tinha ideia de que merda estava acontecendo, mas aquilo parecia uma guerra, onde Eros parecia a cada segundo perder o controle, mas com a sua máscara, enganava a todos fingindo estar pleno. E Trevor, porra, como ele se mantinha imparcial mesmo com as palavras profundas carregadas de ódio? E como se eu já estivesse adivinhando tudo que estava acontecendo, as peças se encaixavam mais uma vez.

TOQUE-ME SE FOR CAPAZWhere stories live. Discover now