Diário de uma Virgem - Livro 1

Capítulo 05

Levanto as mãos em forma de rendição.

_Vai me ajudar ou não, esquentadinha. -E sorrio.

Ela semicerra os olhos, e suspira cansada. Quanto mais ela resiste mais tenho vontade de tê-la em baixo de mim gemendo, gozando e gritando meu nome. Não tem como segurar o riso.

_Vamos logo!

E partimos em direção a cozinha.

_O que vai cozinhar? -Pergunto.

_Eu não, nós iremos. Você vai me ajudar a fazer a nossa comida. -Diz apontando para mim.

_Mais não sei cozinhar nada! - Digo.

_Vai cortar as verduras e legumes. E é pra cortar direito. -Vejo que estou cercado por mulheres mandonas.

Quase cortei meu dedo contando essas coisas aff, e ela se divertia com meus atrapalho. No final deu tudo certo, sai ileso e tive um bom almoço.

_Estava uma delícia, aprendeu a cozinhar com quem? -Tenho que fazer com que ela converse comigo.

_Obrigada, com minha mãe! -Diz dando de ombros.

_Me fale mais sobre sua família? - Afinal já tem duas semanas que estão aqui e só sei o que já ouvi a Vick e Diogo falaram, mais ela não falou nada de mais pra mim. Claro como falaria se foge de mim que nem o diabo foge da Cruz.

_O que quer saber? -Olha de soslaio.

_O que quiser me contar, aliás quero conhecer melhor você! - Afirmo sem desviar o olhar.

_Por que? -Indaga inquieta

_Porque quero saber se você é confiável e também se será uma boa amiga a minha irmã. -Digo sério.

Estamos de frente um para o outro na varanda da casa.
E ela ficar me observando calada e e pela primeira vez não desvia os olhos e sim me encara.

_Já que vou falar de mim nada mais justo que fale de você também, hum? -Afirmo com a cabeça.

_Bom então vamos lá! -Percebo que fica um pouco desconfortável mais decide prosseguir.

_Não quero que se sinta pressionada por mim. -E ela dá de ombros.

_Você já deve ter ouvido sobre o nosso relacionamento com Lucinda e Otávio. -E eu confirmo, e ela prossegue.

_Então, não há mais o que dizer. -Oh tenho que fazer que ela fale para que eu ganhe tempo e consiga chegar onde quero.

_Fale de você, quero saber de você! -A encaro tão profundamente que acho que até consigo me ver em seus olhos.

_Não gosto de falar sobre mim! - Afirma.

_Por que? -Indago.

_Prefiro que as pessoas vejam, descubram meu jeito de ser. -Opa essa minha hora.

_É difícil chegar em você, você ergue uma muralha em sua volta me impedindo de passar. -Falo sem deixar de encara-la .

E vejo surpresa, confusão, ou um misto de sentimentos em seu rosto.

_Por que você quer tanto ultrapassar essa muralha? -Essa pergunta me pegou de surpresa.
Respiro fundo e solto o queria desde o começo.

_Não é óbvio? -Questiono.

_Não para mim! -Responde e ergue uma sobrancelha.
Dou- lhe o meu melhor sorriso e ela fica inquieta na cadeira.

_Vamos ser sinceros! Desde a primeira vez que nos vimos é perceptível a atração que sentimos e o desejo também. -Digo sem rodeios.