Capítulo 12

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Maite Brown

Duas semanas se passaram desde que as aulas começaram, as brigas de Charlotte e DJ só aumentaram, o clima na casa piora quando as duas estão juntas. Assistir as discussões entre elas, é como ver um acidente prestes acontecer, me preparando para observar como duas motos se colidiram em alta velocidade.

— Gente, não tem como mais viver desse jeito. – começo a reunião sigilosa que propus no dia anterior. — Precisamos arranjar alguma solução para aquelas duas conversarem, senão, daqui a pouco ninguém vai querer morar aqui por causa delas.

Chegou ao nível que ninguém vai suportar mais ficar perto delas, por isso, andei conversando com as meninas para a gente consertar essa situação. Amo minha amiga, mas não estou conseguindo aguentar essa picuinha.

— Alguma ideia? – questiono para as meninas sentadas no sofá. — Nenhuma?

— Tenho uma. – Grace, uma das calouras se pronuncia. — Que tal prender elas em um lugar fechado, assim, deixamos elas se resolverem.

— Você não acha que isso é suicídio? – outra caloura começa se pronuncia. —  Colocar aquelas duas juntas trancadas, em algum lugar, elas são como óleo e água, e sabemos que não podemos misturar esses dois líquidos. Além disso, é capaz que um homicídio acontecer ou o lugar pode ter perda total.

— É um risco que teremos que correr. – argumento me juntando à elas. — Podemos fazer isso logo após o jogo do Blue Volleyball, arrumamos uma desculpa e prendemos elas. Vamos deixar um bilhete dizendo que iremos liberá-las, somente quando elas deram um jeito de conviver pacificamente.

O plano não é perfeito, com certeza é cheio de falhas, mas era isso que tínhamos que trabalhar. Ao decorrer da tarde, aprimoraria os detalhes, para evitar erros, com todas de acordo, nos preparamos para por nosso plano em ação; o jogo aconteceria em breve, em poucos dias, em função disso, temos que agilizar os preparativos, para tudo sair do jeito correto.

Me ergo do sofá em direção à escada, quando uma batida na porta, faz com que pare no meio do caminho.

— Deixa que eu atendo. – grito, retrocedendo meu caminho.

Sem ânimo, caminho lentamente até a porta, passando pelas outras meninas até que estejam sentadas no sofá conversando.

— Draco? – indagou surpresa. Mas que merda que ele está fazendo aqui? Será que ele não percebeu que estou evitando ele. — Mas .. O quê?? Está doido, se Charlotte te encontrar aqui, vai haver um homicídio, seu idiota prepotente. – sussurro nervosa.

Fecho a porta atrás de mim, para ninguém saber quem é  o indivíduo que está parado na porta pedindo para morrer. Caminhando puxou sua mão, para sair o mais rápido possível da entrada. Irritada, essa é a palavra que me define agora, porra, tinha que parecer aqui desse jeito.

Percebi que ele estava atrás de mim. Depois do que ocorreu no início das aulas, Draco, corria atrás de mim, igual ele parecia um chocólatra, que não pode ver um chocolate que já vai atrás, para comer, e neste caso o chocolate sou eu.

Para onde eu olhe, sinto sua presença, me observando, abordando-me para falar comigo, e sempre eu fujo, não estou com cabeça para lidar com ele no momento. Na realidade, nem deveria ter aceitado aquela maldita aposta, beijar Draco naquela noite foi bom, na realidade foi ótimo, só que agora não consigo parar de pensar no beijo, essa foi a consequência do meu ato.

Considerei que toda aquele sentimento que sinto por ele tinha acabado, na verdade, achei que tinha superado ele, meu primeiro amor, o cara com quem tive a ilusão que iria se casar, uma bobagem eu sei, mais na minha mente apaixonada, isso iria acontecer, ele iria voltar, acordaria um dia e descobriria que gostava de mim da mesma intensidade que gostava dele, mas isso nunca passou de uma doce ilusão.

Quando Você ChegouWhere stories live. Discover now