Lari: Tá bom eu te libero um pouco. Mas não demora muito.

Não espero nem Larissa terminar de falar e praticamente corro até a porta.

Assim que sinto o ar gelado da rua penso em voltar para pegar uma camiseta de manga comprida mas tenho medo da Larissa me prender novamente dentro de casa.

Não achem que eu sou uma ingrata nem nada disso.

Eu amo a Lari e sou muito grata por tudo o que ela e os meninos estão fazendo por mim e pelo meu bebê.

Mas eu preciso do meu espaço se não eu vou enlouquecer.

Vou pensando na minha vida até chegar em frente ao mercado do seu Luiz mas antes de atravessar a rua eu escuto um miado muito engraçado.

Olho para trás onde tem um beco mais fechado e vejo um gatinho preto com os olhos azuis. Uma fofura de bichinho.

Me aproximo com cuidado até ele.

O bichano vem até mim e começa a se esfregar nas minhas pernas.

Me abaixo e levo minhas mãos até a cabeça dele onde começo a fazer um leve carinho.

Manu: O que você está fazendo aqui na rua uma hora dessas fofinho?

O gato me olha como se fosse uma doida esperando por uma resposta dele.

Ótimo até os animais me julgam.

Em um piscar de olhos o malandro mete os dentes no meu pulso e consegue arrancar minha pulseira e sai correndo.

Merda!

Manu: Volta aqui gatinho , essa é minha pulseira favorita.

Começo a seguir o pequeno ladrãozinho que corre de mim entrando em outros becos e vielas.

Passo mais de 20 minutos correndo atrás dele.

Minha sorte é que não tem ninguém nas ruas. Caso contrário as pessoas iriam me achar uma completa doida varrida.

Quando ele finalmente solta minha pulseira me abaixo para pegá-la, mas me assunto com o som alto de um trovão. Quando me levanto percebo que não sei onde eu estou.

Não prestei atenção no caminho que percorri até chegar aqui.

Tento achar o caminho de volta mas acabo de me perder ainda mais.

Algumas gotas de chuva começam a cair sobre minha cabeça.

Droga, mil vezes droga!

Já não basta me perder vou ter que ficar na rua durante uma tempestade daquelas.

Tento achar algum estabelecimento que esteja aberto mas não encontro nenhum.

A chuva começa a cair ainda mais pesada sobre mim. Quase não consigo ver por onde estou andando.

Sem achar alguma solução pro meu caso tenho a ideia de bater na porta da primeira casa que eu vejo em minha frente.

Uma casa aparentemente muito bonita.

Toco o interfone três vezes e ninguém atende.

Numa última tentativa alguém do outro lado finalmente atende o bendito interfone e eu logo começo a falar.

Manu: Oi, é desculpa o incomodo mas teria como alguém me ajudar? Estou perdida e não encontro o caminho de volta principalmente por conta dessa chuva tod...

Não termino de falar e o interfone é desligado na minha cara.

É, pelo visto minha tentativa de buscar ajuda aqui não colou.

Meu Destino On viuen les histories. Descobreix ara