Larissa
São Paulo (03/02)Escuto batidas na porta. O relógio marca 00h05. Só estou acordada por que estou conversando com o João. Será uma das meninas?
Levando indo em direção à porta. Olho pelo olho mágico e então abro.
— O que você tá fazendo aqui, João?
— Meia-noite, dia 3. Estou de folga e vim dormir com a minha namorada, posso?
— Claro, entre.
Ele entra e eu fecho a porta. O quarto que ele reservou é grande, e é duplo, ou seja, tem um mini quarto, que é onde a Céu está dormindo.
— Tá com a minha camisa — sorri.
— É mais confortável — me deito e ele deita ao meu lado — tô sem sono.
— Com o meu cafuné cê dorme rapidinho — ele fala e eu me viro para ele — a gente vai almoçar em um restaurante que me indicaram. Depois a gente vai em algum lugar pra a Céu brincar um pouco.
— Você pensa em tudo, né?
— Em tudo não, mas em vocês sim. Sabe o que eu pensei? — indaga. Levanto uma das sobrancelhas — Entrar com as meninas no próximo jogo do Maracanã.
— Sério? Tenho certeza que elas vão amar — me aninho em seu peito — João, eu te amo. Minha vida ainda estaria uma bagunça sem você.
— Eu te amo — beija o topo da minha cabeça — minha vida é muito melhor com você.
— Mamãe! — escuto a minha filha chamando.
— A Céu acordou. Vou lá ver.
Caminho até a porta destrancado-a. Ligo a luz vendo a Céu deitada. Não parece está chorando, provavelmente não foi pesadelo.
— Tô aqui. Aconteceu alguma coisa? — me abaixo ao lado da cama.
— Dói.
— Tá sentindo dor? Onde? Fala pra mamãe — coloca a mão na cabeça — deixa eu ver se você tá com… — coloco a mão na testa e no pescoço percebendo que ela está quente — João! Mamãe vai te dar um remédio, tá?
— Oi, a-aconteceu algo?
— Pega uma bolsa rosa que tá no guarda-roupa, por favor.
— Doí, mamãe — começa a se remexer na cama.
O João volta e eu pego o termômetro colocando de baixo do braço dela. O termômetro apita mostrando 38,2 graus, febre.
Dou remédio, com alguns minutos ela se acalma e o João continua encostado na porta, observando. Caminho até ele.
— Pode ir deitar. Vou ficar com ela até pegar no sono.
— Quer levar ela lá pra cama, não? Acho melhor. A cama é grande.
— Cê não vai se importar mesmo?
— Fui eu que falei, óbvio que eu não vou me importar.
— Vou pegar ela.
— Não, eu pego — caminha até a cama — Céu, que tal eu e você irmos dormir com a sua mamãe lá na outra cama? Quer? — ela concorda com a cabeça — deixa eu te levar.
Volto para a cama. Minha filha fica deitada entre nós dois, no meio para não arriscar cair.
— Boa noite, titio — o abraça.
— Boa noite, princesa.
Ela me deseja boa noite e me dá um beijo na bochecha. Nino até que ela caia no sono. Porém, eu não consigo dormir.
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Destino - João Gomes
FanfictionDestino é o substantivo masculino que indica um fim ou resultado de uma determinada ação. Em muitos casos descreve um evento que está predestinado, uma sucessão de acontecimentos inevitáveis. Quando o Destino traça, não tem como fugir. O empurrão do...