Doze

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Larissa

O João desce do carro antes, abre a porta e entra. Acho estranho. Saio do carro percebendo que as luzes da casa estão apagadas.

Consigo ver um ponto de luz bem lá na frente. Fecho a porta e começo a caminhar. Uma música invade o ambiente, "me namora" do Gabriel Elias.

Minhas mãos estão gélidas. Respiração totalmente descompassada. Não preciso nem chegar lá para saber o que vai acontecer.

— Mesmo se não for, eu vou tentar, vou fazer você me notar, por isso eu vim aqui — cantarolo a música.

Assim que o refrão começa a tocar eu chego onde o João está. Tem um arco com flores em formato de coração e com a frase "me namora?" no centro. Algumas pétalas e velas no chão.

— Larissa, vida. Eu quero falar mais do que eu já falo que você é minha mulher. — solto uma risada — Talvez um pouco emocionado, mas se for por você e com você, eu não ligo — respira fundo — Lari, você tá me fazendo sentir coisas que há tempos não sentia. Quero continuar vivendo novas experiências ao seu lado. — diz pausado tentando não gaguejar — No momento que eu menos esperava, cê apareceu e f-foi a melhor coisa.

Me seguro para não chorar. Há muito tempo eu não imaginava isso acontecendo na minha vida. Já estava começando a achar que essa coisa de dividir a vida com alguém não era pra mim.

Ele pega uma rosa no cantinho e me entrega. Os meus olhos já estão marejados, e algumas lágrimas insistem em cair.

— Eu tenho certeza que o destino tem algo reservado para nós. Então — se ajoelha na minha frente — me namora? — abre uma caixinha e eu vejo as alianças.

— Namoro — ele abre um sorriso — meu Deus. Tô tremendo — digo enquanto ele coloca a minha aliança e depois eu coloco a dele — a Juli te falou que eu canto essa música direto depois que eu te conheci, né?

— Ela só tinha me falado que você gostava da música — solta uma risada — bom saber — coloca as mãos na minha cintura.

— Eu mesma me expus — faço "tsc" com a boca — mas não tem problema, né? Agora cê é meu namorado — apoio as mãos nos ombros dele.

Silêncio. A tensão é quase palpável. Minha respiração fica pesada e o meu olhar fixa nos lábios dele. Ele junta os nossos lábios.

O beijo é lento. As mãos dele se afundam na minha cintura e uma das minhas pousam na nuca. Vontade de nunca mais sair dali.

— Vai indo pro quarto que eu já vou — beija minha testa.

— Eu ajudo.

Caminho para o lado onde tem algumas velas, então as apago. O João apaga as outras e desliga o letreiro.

Entro no quarto. Acendo somente a luminária de piso. Coloco a rosa na mesa de cabeceira da cama, depois solto o meu cabelo e tiro meu tênis. O jogador se senta na beirada da cama.

— Vida, desamarra aqui — jogo o cabelo para o lado. Ele desata o laço e eu seguro a parte da frente para não cair.

Me viro. As mãos dele pousam sobre o meu quadril. Dou um selinho. Ele rouba outro. Com a mão que está livre passo as unhas na nuca dele. As mãos sobem apertando a minha cintura. A temperatura sobe. Me sento lentamente no colo dele.

Nossos lábios se juntam em um beijo intenso. As mãos dele se afundam cada vez mais em minha cintura. Arfo. O ar parece não chegar mais em meus pulmões.

Finalizo o beijo. Toco na barra da camisa do jogador e a tiro. Os dedos dele tocam a parte de cima do meu vestido. Há uma espera, talvez para ter certeza se eu quero isso mesmo. Começa a descer o tecido lentamente.

Os beijos. Os toques. Os chupões. Todos depositados na minha pele. Mesmo rodeados de tanta vontade e prazer, percebo cuidado.

Meu vestido retirado por completo do meu corpo. A calça dele no chão. Nem sei ao certo quando essa peça saiu do corpo dele.

As nossas intimidades roçam uma na outra. Não consigo mais me conter.

— Eu preciso disso — falo com dificuldade.

— Eu também — sussurra no meu ouvido. Um arrepio percorre a espinha.

E quando nossos corpos se encaixam, eu me entrego completamente. Somos só eu e ele. O jeito que me toca é único. Nenhuma foi igual.

Minhas pernas tremem. Chegamos no ápice juntos. Meu coração bate rápido. Ele tira o preservativo. Eu fecho os olhos tentando me acalmar e ele deita ao meu lado.

Me puxa pela cintura me fazendo ficar ainda mais próxima. Beija o topo da minha cabeça. Sinto que é o momento de falar um pouco.

— Tinha tempo que eu... — travo por conta da timidez.

— Quanto tempo? — pergunta calmamente fazendo um carinho no meu braço.

— Uns anos — me olha um pouco surpreso — é... ficava só nos beijos mesmo. Trauma e insegurança. Aquele dia era pra ser só um beijo também. — olho nos olhos dele — Mas era você. Não consegui fugir.

— Sorte minha — rouba um selinho — quer me falar? — percebo que é referente ao que falei sobre o trauma, então nego com a cabeça — tudo bem — me abraça mais forte — eu amo você.

Minha ficha cai. Meu olhar desvia para a minha mão direita pousada no peito dele. Tem mesmo uma aliança ali. Eu estou namorando.

Estou na casa dele, na cama dele. Um "eu amo você" saiu da boca dele depois do sexo. Não durante. Repentinamente fico apreensiva. E se um dia acordar em uma situação parecida com a última?

— Tá tudo bem? — Merda. Fiquei pensando e não falei nada.

— Tá, tá sim — sento me cobrindo como lençol. — só preciso de um banho — amo você — falo um pouco fora de órbita.

— Posso ir junto? — sorri de lado.

— Eu pensava que você não era assim. Achava que cê era todo certinho — me levanto.

— Eu sou certinho — pisca, e quando passo da porta do banheiro, ele coloca as mãos no meu quadril — mas tem pecado que vale a pena.

— Tem é? — pergunto com um tom malicioso. Fico de frente para ele.

— Hurum... e nesse eu vou cair mais vezes — sorri de lado. Quase perco as forças. Que homem gostoso.

— Sem querer querendo, eu tô te levando pro mal caminho.

Entro no box e abro o chuveiro. Sinto alívio quando a água bate no meu corpo. Tomamos banho. Visto uma roupa dele. Me aconchego em seu peito e ali adormeço.

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Oi gente, tudo bem?

Esse capítulo estava roteirizado, mas quando peguei pra escrever... demorou pra sair.

Oficialmente namorados! 💗🙏🏻

#emocionadissimos
mas eu gosto assim

Por hoje é isso, até o próximo capítulo, beijos! 💋

Destino - João GomesKde žijí příběhy. Začni objevovat