Sete

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25/04

Larissa

Falei pro João que iria falar com o meu chefe, mas agora a frente da porta eu já não sei. Na verdade, eu quero, quero ir pelo jogo e pelo João, só tenho um pouco de receio das pessoas que estarão lá.

Ah, que se dane o que os outros pensam. Bato na porta, escuto falar que posso entrar e abro a porta.

— Oi Gustavo, posso falar com você? — digo com um sorriso no rosto.

— Pode sim — tira os olhos do computador e olha para mim — Quer se sentar?

— Obrigada, mas creio que será rápido. Então... eu preciso fazer uma viagem e queria saber se você pode me liberar, eu adiantaria tudo antes ou trabalhar home-office — por fora eu consegui manter a calma, mas aqui dentro eu estou para surtar.

— É uma viagem realmente necessária? — esfrega as duas mãos.

— É... é necessária. Só por isso eu estou aqui te pedindo — Pelo menos para mim é.

— Seria quando? E quantos dias?

— Dia 27, 2 dias e meio, no dia 27 eu viria pela manhã. Sei que está perto, mas foi de última hora — uno as minhas mãos em forma de petição — por favor chefinho, é uma viagem importante.

— Olha Larissa, como a viagem não foi informada antes... eu poderia não deixar, porém, sei que você é uma ótima funcionaria e que se não fosse uma viagem importante e de última hora, você me avisaria antes. Então eu permito, vai ter que adiantar alguns trabalhos e se não consegui é home-office.

— Isso é tranquilo, obrigada chefinho — abro um sorriso e saio da sala dele.

Antes de avisar o João, eu vou contar para a Ju. Entro praticamente correndo na sala dela.

— Que isso?! Invadindo minha sala assim? O que aconteceu?

— Vou viajar! — Falo animada parecendo uma criança.

— Como assim mulher? Pra onde? O Gustavo deixou?

— Chile, e sim o Gustavo deixou — sento na cadeira ao lado — eu não tinha te falado nada, mas agora eu vou falar e não é pra você contar pra ninguém.

— Como se eu fosse falar com alguém. Vai, conta longo — diz impaciente.

— O João me chamou pra ir pro jogo, Flamengo x Universidad Católica, não te falei porque não tinha certeza.

— Falou a verdade pra ele? — levanta uma das sobrancelhas.

— Não, falei que era uma viagem importante e não é mentira — dou com os ombros.

— Cuidado pra ninguém descobrir! Mas fico feliz, parece que cês tão dando certo mesmo.

— A gente tá se curtindo. Eu tô gostando dele pra valer.

— Fico feliz por vocês! — sorri meigo.

— Agora eu vou indo, porque tenho que adiantar uns trabalhos. Vou com você tá bom? Passo lá em casa e vou pra sua.

— Tá bom.

— Ah, o João vai nos buscar — pisco e saio da sala.

Consegui adiantar um projeto, esse era o menor, acho que vou viajar trabalhando, mas por mim tudo bem. Vim pra casa da Ju, nos arrumamos e agora estamos esperando o João chegar.

O barulho da buzina surge então nos saímos da casa. A Juliana fica fechando a porta e eu entro no carro no banco de carona.

— Oi vida — me rouba um selinho.

— Oi — desvio o olhar.

— Que foi? — coloca mão na minha perna.

— É que você só tinha me chamado de vida por mensagem — volto a encará-lo e ele sorri.

— Oi João, finalmente te conheci! — a Ju diz ao entrar no carro.

— Oi Juliana, digo o mesmo.

— Vou ficar de vela, cara — faz drama e eu reviro os olhos.

— Daqui a pouco você tá com o seu.

— Não pode reclamar — diz dando partida no carro.

A festa tá linda, assim que nós chegamos fomos direto nos drinks. E o Gabriel passou aqui levando a Juliana pra longe.

Nós já estávamos curtindo a festa, mas quando "pretexto" do imaginasamba começa a tocar e o João me abraça por trás sinto que o mundo para. Os braços dele dão a volta na minha cintura, apoio a cabeça em seu ombro e ele cantarola a música. Parece existir milhares de borboletas na minha barriga. Nessa hora a música faz total sentindo.

— Tô exagerando muito? — nego com a cabeça — ei, quer ir em um lugar?

— Qual? — me viro — agora?

— Agora.

— Tá, mas sair daqui assim?

— É só avisar — pega na minha mão — vem! — ele praticamente me arrasta.

Nos despedimos da Juliana e do Gabriel e seguimos para o carro dele. No caminho não trocamos uma palavra e o silêncio entre nos não é nenhum pouco desconfortável, pra mim, isso parece o paraíso, depois de tudo que me aconteceu.

Ele estaciona o carro, e nos descemos. Adentramos a Casa França-Brasil. Ele mostra os dois ingressos ao segurança que nos deixa entrar.

— Cara, eu não acredito — falo boquiaberta.

— O que? — age como se não fosse nada demais.

— Você realmente me trouxe para a exposição de Van Gogh, eu nem sabia que estava aqui no Rio — seguro a mão dele — como é que você sabia que eu gostava?

— Vi os quadros na sua casa. Aí comprei os ingressos pra hoje.

— Planejou tudo, né? — Ele confirma com a cabeça. Andamos até chegar aos girassóis — tira uma foto minha aqui?

— Claro — ele pega o próprio celular e tira as minhas fotos — Agora vamos tirar as nossas — pega o celular e apoia ele em uma pilastra colocando pra gravar

— Vai ficar em um ângulo péssimo.

— Não vai, relaxa — pisca um dos olhos. Ele segura minha mão e me gira como em uma dança e quando termina segura na minha cintura e une nossos lábios em um selinho — agora faz uma pose e depois uma careta — obedeço.

Após isso ele pega o celular e continuamos a andar pela exposição. Talvez com outra pessoa famosa eu ficaria com medo de sair em público, mas com ele não, parece que os medos não existem, que talvez esteja sendo até um pouco inconsequente, o único medo que permanece comigo é acordar e ver que isso aqui não é real, que foi um sonho, um devaneio.

— Eai, gostou? — pergunta após vermos toda a exposição.

— Eu amei, sério. Obrigada — abro um sorriso.

— Agora vamos pra onde? Pra minha casa ou pra sua casa?

— Você já conhece bem a minha casa, acho que agora eu tenho que conhecer a sua.

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Oi gente!
Agora sim, capítulo novo.

Tive problemas nos capítulos anteriores a esse e precisei respostar. Wattpad pq vc faz essas coisas comigo?

Aqui é só amor, sem sofrimentos! 💗
A Lari vai pra casa do Joãozinho hein... 👀

É isso, até o próximo capítulo, beijos! 💋

Destino - João GomesWhere stories live. Discover now