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Pisquei para conter as lágrimas enquanto subia de elevador até o escritório de Jolene

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Pisquei para conter as lágrimas enquanto subia de elevador até o escritório de Jolene. Eu não queria que o motorista de William me levasse até lá. Não queria manchar nada que fosse dele — nada que me lembrasse dele — com algo tão barato. Doeu subir naquele elevador. Doeu saber que seria tão facilmente jogada em outro cliente. E eu sabia exatamente o que estava prestes a acontecer. Ela me dava o resumo que sempre acontecia depois que um trabalho era concluído e, em seguida, especificava um determinado tempo para descansar e "me recuperar" antes de ser chamada para outro trabalho.

Outro homem.

Outro "bom momento".

Entrei no seu escritório e fui atingida por uma enorme nuvem de fumaça. Gatos corriam por toda a parte e o fedor de urina era horrível. Odiei isso. Eu já odiava estar de volta à minha realidade. Eu não queria estar lá. Queria estar de volta a Viena. Queria estar de volta na presença de William. Eu queria estar debaixo do seu corpo. Até aceitaria ser ignorada por ele ao invés disto, ao invés de Jolene e a sua fumaça de cigarro e o seu escritório desarrumado e os seus triliões de gatos.

Mas que outra escolha eu tinha?

— Vejo que Viena foi boa para você — disse ela.

Os seus olhos me examinaram de cima a baixo enquanto me sentava no canto da cadeira em frente à sua mesa.

— Foi uma tarefa melhor do que a maioria — eu disse.

— Ótimo. Em primeiro lugar, há algum bónus pelo qual precisamos cobrar mais?

— Não.

— Tem certeza?

Os seus pequenos olhos castanhos encontraram os meus e eu balancei a cabeça. "Bónus" significava sexo, já que ele não especificou nenhum apetite particular por isso na sua papelada. E eu não iria cobrar dele pelo sexo. Não quando foi minha escolha e por insistência minha. Não quando eu havia definido o clima e não o contrário.

Não quando fiz isso para meu prazer pessoal, em vez do dele.

Adicionar dinheiro a essa equação fez com que parecesse barato. Me fez sentir uma prostituta em vez da sua contraparte da semana. E ele já tinha me dado dinheiro suficiente. Entre o envelope que ele me entregou antes de entrar no carro e o dinheiro no assento do carro, eu tinha mais de trezentos mil dólares no meu apartamento.

Eu precisava colocá-lo no banco.

— Tudo bem, sem bónus. Ele bateu em você? — Jolene perguntou.

— Não — eu disse.

— Ele mordeu-te?

— Não.

— Ele deixou você com alguma cicatriz?

— Ele não deixou.

— E quanto a comida e bebida?

Para o Prazer do BilionárioWhere stories live. Discover now