Trabalhar. Isso é tudo que eu faço.
Depois que o meu melhor amigo me passou a perna, isso é tudo que posso fazer. Estou tentando fechar um contrato enorme. Um que colocará a minha empresa à frente das demais.
Mas, claro, ele é um tradicionalista.
O...
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— Ah, eu não entrei nesta parte do labirinto antes.
— Provavelmente seja uma coisa boa. Você teria se perdido — disse William.
— Não teria. Sou boa em manter o controlo de onde vou. Os quebra-cabeças sempre me fascinaram.
— Por que isso não me surpreende?
— Porque nada surpreende um homem sem emoção na sua vida.
— Tenho emoção.
— Sério? Então cite uma coisa que deixou você animado nas últimas duas semanas.
Deslizei para longe do corpo de William e virei para olhar para ele. Os seus olhos endureceram nos meus enquanto aquele rubor familiar subia por seu pescoço. Ah, como eu adorava provocá-lo. Ele era um alvo tão fácil. A entrada do labirinto estava atrás de mim e dei um passo para dentro, parcialmente me envolvendo com as sombras que pairavam sobre o caminho.
— Você vai se perder — disse ele.
— Se não voltarmos até meia-noite, tenho certeza de que Pascal mandará cães de caça e lacaios para nos encontrar.
William riu e balançou a cabeça, um som e uma ação que me encheu de desejo de conhecê-lo mais. Fiquei feliz por aproveitar a oportunidade de estar no jardim com ele, porque sabia o que Pascal tentava armar. Embora William tivesse a impressão de que Pascal se juntaria a nós, eu sabia que ele tinha toda a intenção de não fazer tal coisa.
Homens como Pascal se consideravam casamenteiros. Ele precisava estabelecer como o chefe de tudo ao seu redor, incluindo o nosso "amor" romântico um pelo outro. Ele queria poder deixar a sua pequena marca em tudo no nosso mundo, convidando-nos para ir à igreja. Consequentemente nos convidando para sua propriedade. Consequentemente nos colocou em cenários românticos que o fizeram sentir como se estivesse auxiliando a nossa jornada romântica um com o outro.
Pascal queria se sentir investido em todas as partes do nosso mundo antes de fazer qualquer acordo com William, e William simplesmente não entendia isso.
Ou isso, ou ele se recusou a ver. Ou não poderia. Eu realmente não sabia qual era.
— Vamos. Não iremos longe — eu disse.
Estendi a minha mão e oscilei os dedos, sorrindo quando William pegou a minha mão.
— Se você insiste.
— Você está gostando de Viena até agora? — perguntei quando ele começou a andar.
— É agradável. Aventurosa.
— Algo mais?
— Não tenho certeza do que mais uma cidade pode ser.
— Pode ser divertida. Ou reveladora. Ou romântica. Ou emocionante.
