Capítulo 11 - Medo, insegurança e paixão

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Narrado por Sakusa Kiyoomi

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Macio, quente e aconchegante. Eu estava abraçado com um travesseiro? Não... apesar de macio é mais duro que um travesseiro.

Acordei com o choro da minha bebê, mas não queria levantar. Estava tão friozinho e confortável que meu corpo se recusava a sair da cama, e um carinho gostoso em meu cabelo impedia mais ainda que o sono fosse embora. Sabia bem quem era, só não queria confirmar que ele estava na minha cama e que aquilo da noite passada foi real.

Infelizmente Sayuri começou a chorar mais alto me obrigando a abrir meus olhos.

—Bom dia, Omi. Acho que nossa princesa já acordou.

Atsumu. Então era isso que eu estava agarrando com tanta força. Fazer o que se seu corpo é tão macio e gostoso (no bom sentido).

—Hm.

—Não sabia que é tão preguiçoso pela manhã, Omi-kun.

—Não sou preguiçoso.

—Aham, claro. - Ele fez menção em levantar me fazendo o agarrar mais forte. - Meu amor, eu preciso ver ela. Daqui a pouco eu volto, tudo bem?

Ele saiu da cama deixando aquela estranha sensação de frio mesmo eu estando debaixo da coberta. Estranho e assustador. Esse sentimento é completamente estranho e assustador, já estou me tornando dependente dele, e isso é horrível. Não tão horrível, mas ao mesmo tempo não tão bom. Não é possível que eu, Sakusa Kiyoomi esteja apaixonado por Miya Atsumu.

Apaixonado...

Não, não, não, não, não e não! Não pode ser verdade uma desgraça dessa. Isso é uma catástrofe, um desastre, uma tragédia. Não faz sentido sendo que eu o odiei a vida toda e agora só por causa de um beijo bobo eu comece a gostar dele. IMPOSSÍVEL. Não estou apaixonado por ele, nem por aquele rostinho adorável, nem por seus lábios exageradamente deliciosos e que ainda não tive o prazer de atacá-los com toda minha vontade.

Talvez eu me senti atraído ou foi o momento. É, o momento. Foi isso que aconteceu, o momento...

Levantei depois de minutos esperando o vagabundo voltar e ele não aparecer, tomei um banho, fiz minhas higienes matinais e me dirigi até o quarto da pequena. Só não esperava me deparar com uma cena que iria mexer bastante comigo.

—Sabe, princesa, você deu um baita susto na gente. Ainda bem que agora está conseguindo respirar bem. - Ele falava de forma tão suave e calma, andando em círculos pelo quarto. O rostinho da pequena ia relaxando cada vez mais se rendendo ao sono. Aconchegante. - Eu não ajudei tanto o seu papai, meio que desmaiei sem querer. Claro que foi sem querer, ninguém desmaia porque quer, né? Enfim, pelo menos estamos bem agora, certo? Seu papai é um ótimo pai, não acha? Ele cuida tão bem de você, mesmo tendo todos aqueles defeitos ele faz o possível para te ver bem. Ele também é uma ótima pessoa e até cuida de mim as vezes, ou melhor, várias vezes. Eu venho dado bastante trabalho para ele, né?

—Eu não acho. Gosto de cuidar das pessoas importantes para mim.

Talvez eu tenha ido longe demais ao abraçar sua cintura e proclamar tais palavras. Mas fazer o quê? Aquele cena me trouxe borboletas no estômago. A coisa mais patética do mundo, por acaso eu sou uma adolescente apaixonada para essas malditas borboletas aparecerem toda vez que estou com ele?

Pai(s) de primeira viagem - Sakuatsu Where stories live. Discover now