Capítulo 4 - Miya sabe como cuidar de bebês?

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Narrado por Miya Atsumu

დ ⸻ ɞ.

Eu não estava bem. Depois do treino eu não parei de pensar em Sakusa e porque ele estava tão estranho. Certo, talvez o estranho seja eu que não parava de pensar nele. Queria saber porque errou quase tudo, sua mente parecia estar em outro lugar e sua cara estava 10 vezes pior que já é.

Não que eu esteja preocupado, longe disso, é só que Sakusa nunca erra nada. Nada. E hoje errou tudo. Ele não estava bem.

E eu também não.

Desde o fim do treino eu comecei a sentir aquelas sensações estranhas: coração acelerado, mãos tremendo, uma quase falta de ar. Era sempre assim no fim da práticas e eu não sabia o porquê, era como se eu não quisesse voltar para minha própria casa. O pior é que quando eu estava treinando isso não acontecia.

Cheguei em casa, tomei banho, comi normalmente e mesmo assim a sensação não melhorava. Meu peito estava apertado, quase como uma sensação ruim. Eu precisava falar com alguém, o problema é: quem? Não iria incomodar Bokuto e o marido dele, Shouyou deve estar dormindo e 'Samu morava longe (e estava cansado), ou seja, estava sozinho.

Cogitei ir para a casa do Omi-Omi, mas é a mesma coisa que pedir 'pra morrer.

E eu já estive perto da morte 4 vezes nessa vida (Vamos deixar esse assunto 'pra depois).

Peguei as chaves e do jeito que eu estava partir em direção ao bairro ao lado. Talvez seja uma ideia boba e idiota, mas eu precisava falar ou ver alguém.

Depois de estacionar o carro e subir até o 4° andar pela escada (detesto elevadores) estava minha pessoa na frente do apartamento de um possível assassino, criando coragem para apertar a campainha. Depois de respirar bem fundo umas 15 vezes, eu apertei.

E me arrependi.

—MIYA!?

Me arrependi no momento que a porta foi aberta e tive a extraordinária visão de Sakusa Kiyoomi apenas de calça moletom. Eu sei que talvez não seja grande coisa mas, era Sakusa Kiyoomi, se ele já era uma divindade de uniforme agora imagine sem roupa.

NÃO QUE EU IMAGINE ELE SEM ROUPA. Longe disso. Ele só era bonito demais, isso eu não podia negar.

—Omi-Omi, bom dia. - Dei o meu melhor sorriso (forçado).

—Que porra você está fazendo tocando a campainha da minha casa às 23:00? Como conseguiu subir?

—Quis vir te ver, e o porteiro já me conhece então... Não vai me convidar pra entrar?

—Não.

—Qual é, Sakusa. Vai me deixar na rua mesmo? Me abandonar? Me deixar sozinho nesse frio?

Talvez eu tenha exagerado um pouco, nem estava frio! Mas um pouco de drama não faz mal né?

E realmente não fez, ele abriu a porta.

A casa de dele é exatamente como eu imaginava. Decoração minimalista tudo na cor preta, um ambiente com um ar sombrio, tudo limpinho. Limpo mesmo. Se não fosse a escuridão de todos os móveis e algumas paredes eu pensaria que estava em um hospital. A casa, ou melhor, o apartamento cheira a álcool.

Pai(s) de primeira viagem - Sakuatsu Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum