Capítulo 5 - Miya Atsumu e sua paixão em infernizar a vida de Kiyoomi

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Narrado por Sakusa Kiyoomi


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Péssimo pai. É isso que eu sou. Fui ao médico e novamente ele disse que é uma coisa "normal". Talvez não tão normal assim. Sayuri estava com seus seis meses de vida e faltava apenas 2 semanas para fazer 7, não era totalmente normal bebês desse idade sentirem cólica - foi isso que o pediatra disse.

Então eu fiz uma rígida dieta rica em fibras para Sayuri, a alimentação dela precisava melhorar. Mas o que me preocupa de verdade é a amamentação dela, por sorte o hospital tem banco de leite humano, é pouco mais me ajuda bastante.

—Não precisa vir hoje, Hana. - Falava no telefone ao mesmo tempo que trocava a fralda do bebê. Não sabia que meninas poderiam ser tão nojentas assim.

Certeza, patrão? Isso vai descontar no meu salário!

—Não, não vai. - Ri de sua constatação - Fica tranquila, porém acho que amanhã vou precisar de você por mais tempo. Tudo bem?

Claro, claro. Pode contar comigo, lindo. - Lindo? - Agora tenho que ir, beijinhos para a pequena.

—Tchau, Hana.

Bom, depois de um longo trabalho limpando a podridão que Sayuri fez, meu trabalho estava cumprido com muito esforço. Com quantos anos as crianças se limpam sozinhas? Acho não vou aguentar fazer isso por muito tempo, exige mais do que eu posso suportar.

E eu nunca limpei atrocidades de outra pessoa. Bebês conseguem ser bem nojentos quando querem.

—Você é esperta, como reconheceu a voz dela? - Como estava no viva-voz Sayuri ouviu tudo, eu tinha certeza que ela sabia que era sua babá já que não parava de fazer barulhinhos fofinhos enquanto sorria. - Ela não está aqui, Sayuri, vai ter que se contentar comigo. E pode me esperar aqui por 50 minutos? Preciso de um banho.

Para minha sorte Sayuri é muito quieta então deixá-la no berço por 50 minutos foi bem tranquilo. Na verdade, a tarde inteira foi bem tranquila, tudo que nós fizemos foi comer e assistir desenhos. Nada produtivo porém bem agradável.

E depois de diversos desenhos bobos ela finalmente cansou já que começou a ficar inquieta e saiu arrastando pelo chão. Ela tem só 6 meses, não é muito nova para estar querendo andar? Bebês começam a andar com quantos anos? Ela precisa aprender a falar também... Será que está muito atrasada? Sayuri ainda não fala nada e nem parece querer falar. Não acredito que minha "missão" de cuidar dessa coisa já falhou, infelizmente não poderei continuar com ela...

Começava a anoitecer e meus pensamentos foram interrompidos com o som de algo caindo e sendo acompanhado por um choro.

SAYURI!

—Criança! O que aconteceu? Fala 'pra mim. Você bateu a cabeça? - Não sei quem estava mais desesperado, ela que não parava de chorar (e chorava bem alto. Muito alto) ou eu que não sabia o que fazer. - Está doendo? Quer alguma coisa? O que eu faço?

No meio desse leve caos a campainha tocou, e o desespero que antes era pelo choro estridente da bebê foi substituído pelo desespero de não saber quem estava por trás daquela porta. Antes de conferir quem seria a pessoa à quem eu iria mentir, rezei umas 10 vezes para ser Hana, o único ser que eu queria ver naquela hora.

Rezei 12 vezes (por precaução) e abri a porta tendo o maior desprazer da vida.

—O que você está fazendo aqui, porra?

—Que isso, Omi-kun? Isso é jeito de tratar as visitas?

Atsumu Miya. Com seus 1,87 de altura, seu cabelo loiro horrível e aquele seu sorriso irritante, estava parado na minha porta juntamente com duas sacolas enormes e vestia roupas casuais. Provavelmente tinha acabado de sair do treino.

Pai(s) de primeira viagem - Sakuatsu Where stories live. Discover now