Mundos Colidem

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Olá! Vamos para o capítulo do mês? Favoritem e comentem para me deixar feliz. Espero que gostem. Boa leitura.

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Era lindo. O sol ainda nascia, mas aquelas águas estavam brilhando em um azul fluorescente. Camila subiu na grande pedra que tinha ali, no meio do mar, cabendo as duas. A pirata de cauda preta descansou a cabeça no colo da rainha dos mares, que acariciou os cabelos lisos e grossos. O clima era de puro romance. Mesmo com questões, se permitiram ao momento de assistir o nascer do sol naquela praia pedregosa e de águas que apresentavam um fenômeno raro da natureza.

A tranquilidade fazia bem para ambas, é claro. Lauren sentia alívio em sua mente por só conseguir pensar em sua amada com a cabeça deitada em seu colo, praticamente ronronando com o carinho. E Camila não pensava sobre o que aconteceu na taverna de Yanté. O momento era delas, só delas e de mais ninguém.

— Eu vejo o motivo de gostar desse lugar. É tão lindo e calmo. Não tem humanos nessa ilha, tem?

Lauren sorriu para Camila e depositou um beijo gentil em sua testa quando os lábios carnudos roçaram em seu ventre e depositou um beijo calmo e lento no lugar começando a ficar inchado. O fato de não encontrar mais a barriga lisa, era o lembrete perfeito de que ela estava carregando seu filhote.

— Ainda não! Em alguns anos, navegadores devem descobrir essa ilha, e então destruí-la como a tudo o que tocam. Por enquanto, é meu ponto de paz.

Lauren não odiava humanos, mas era visível que tinha uma bela contrariedade quanto aos humanos para a destruição. Nada restava quando era verde e limpo na natureza. Eles só se importavam com disputas de terra, dinheiro e matavam uns aos outros por motivos fúteis. Nem mesmo Roy a julgava por pensar assim agora.

— Por que não os impede, se gosta tanto desse lugar? É a rainha dos mares. Você pode. Esse lugar deveria ser seu. — Argumentou Camila, levantando a cabeça de seu colo.

— Eden também é meu, Camila. Tudo o que a água toca, eu governo. Não posso impedir os humanos de evoluírem, nem de explorarem cantos inexplorados do mundo, por mais que eu deseje.

Lauren começaria a mostrar para Camila como ela deveria lidar com seus próprios desejos, sendo poderosa como é. Ela não podia abusar de seus benefícios para ter o que quer, e isso não valia apenas para a magia, valia para tudo que ela fosse tocar. Limites. Roy teria que aprender sobre os limites, de um reino, de uma civilização e dela mesma para que isso desse certo. Não se sentia apta a ensinar sobre magia, e iria focar em ensinar o decoro com um governo.

Governar nunca foi uma das coisas favoritas da rainha. Era pesado, a sobrecarga era imensa e ela tinha que lidar com decisões difíceis o tempo inteiro. Perder a paciência algumas vezes também estava sendo inevitável com toda a sua trajetória de vida. Ela tinha toda a sua fama de ser temperamental, mas jamais iria admitir a si mesma que uma dose segura de medo também ajudava a manter todos eles controlados. Lauren tinha o respeito de seu próprio povo, não apenas medo do poder que tinha.

Não era uma valentona enquanto governava. Amava e se preocupava honestamente com todos eles. Precisava cuidar de seu reino. Não era como as Rainhas das Trevas, nem de perto. Lauren não era odiada e nem uma carrasca para seu próprio povo.

— Eu ia perguntar qual era a diferença entre impedir que os humanos explorem as águas do mundo real e ultrapassar o véu que cobre a existência dos seres sobrenaturais, mas percebi que é desigual e a comparação é idiota. — Roy mordeu a língua. A rainha sorriu gentilmente e depositou um beijo em seus lábios.

— Essa é a sua primeira lição para governar comigo, minha pirata, meu amor. — Lauren sussurrou, fazendo o peito de Camila esquentar quando ouviu o tratamento.

Sea of Fury (Camren)Where stories live. Discover now