Legado

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Olá! Sem me estender, serei breve. Agora que A Grega encerrou, posso dar um pouco de atenção a essa história. Se quiserem que eu volte rápido, favoritem e comentem. É isso. Boa leitura.

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Era uma carnificina, como avisaram que seria. Seu coração acelerou, e praticamente ignorou os olhos verdes profundos muito atentos em si. Soltou a mão da sereia para se apressar na direção dos corpos, franzindo a testa.

Não era só um massacre, era uma orgia imensa. Sereias trocavam beijos enquanto eram tocadas pelos parceiros ainda vivos porque só seriam mortos depois de se saciarem fisicamente. Às vezes, eram até mais pessoas participando do ato sexual.

Lauren se preocupou em ser odiada pela mulher que passou seu cio com ela. Passaram o cio uma da outra, juntas, e iria partir seu coração se Camila decidisse que aquilo era monstruoso demais para ela, depois de ter dito que estava apaixonada por si. Não queria estragar tudo. Estremeceu quando teve que tomar uma atitude.

— Sinto muito, porém não podes se aproximar, minha pirata. Você cheira bem, e pode atrair sereias. – Tinha um tom carregado. As sereias ensandecidas querendo alguém para procriar não iriam respeitar que Camila tinha uma parceira. Elas mal conseguiam pensar.

Roy parou de andar e virou-se repentinamente para Lauren. Seus olhos castanhos eram intensos para a Rainha-Sereia, e ela estava acostumada porque foi muito olhada assim na semana que se passou. Ela apontou para a trilha de corpos na praia e o sangue manchando os mares.

— Helena...

Lauren suspirou, aliviada. Camila estava só preocupada que Helena fosse uma das vítimas das sereias, ela não estava reagindo mal porque foi demais. Não estava se importando com os corpos esquartejados e abertos na areia, com mulheres extremamente bonitas acima deles, ainda comendo.

— Na casa de Natasha. – Uma sereia estava se aproximando delas enquanto dava a resposta. Lauren, puxou Camila e a escondeu atrás de seu corpo, mostrando os dentes de tubarão e as pupilas ficando verticais quando ameaçou a sereia. — Aproxime-se e perderá sua capacidade de se alimentar.

— É humana e cheira bem. – A criatura rosnou de volta, não entendo. A humana estava marcada, mas ainda tinha um bom cheiro.

— Sou sua rainha, e eu ordeno que se afaste. Ela é minha. – Isso foi o suficiente para a sereia recuar quatro passos.

Sereias não conseguiam resistir em cumprir ordens quando a Rainha delas dava uma. Era uma compulsão instantânea. Claro que todas conheciam sua governante, mas a sereia que estava ali, só queria se alimentar e não pensava racionalmente. Lauren a mataria se tentasse se aproximar de sua pirata, sem pensar duas vezes.

— Vem, vou te tirar daqui. – A rainha murmurou, puxando Camila pelos ombros. Tocou nela o quanto conseguiu, deixando rastros de seu feromônio, por ainda estar no cio.

A possessividade nos atos da Rainha era o de uma predadora selvagem quando mostrou os dentes e fez um som perigoso saindo do fundo de sua garganta quando uma nova sereia ameaçou a se aproximar. Seus braços foram para a cintura da pirata, a puxando contra si.

A situação era bastante ruim, se Lauren fosse ser honesta. Estava pensando em não procurar Olga porque tinha medo de se descuidar com Camila e acontecer algum acidente. Olga poderia até estar assustada, mas ficaria bem e entenderia a ausência da mãe. Camila poderia ser morta em um descuido seu por causa daquele cheiro hipnótico e atraente para qualquer sereia que se prezasse num bom gosto.

Odiou que ela fosse tão atraente a ponto de ter que ameaçar seu próprio povo para que ninguém encostasse em sua companheira.

Camila acompanhou Lauren e não se afastou porque percebeu que estaria mais segura se Lauren a marcasse ainda mais com seu cheiro, para espantar sereias que comeriam sua carne, literalmente. O vilarejo estava vazio, ao contrário da praia.

Sea of Fury (Camren)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora