Árvore Genealógica

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Boa noite! É atualização dupla, então no mesmos moldes de sempre, eu volto com o próximo assim que ver que a maioria viu que teve atualização através de favoritos e comentários. Boa leitura!

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O fundo do mar é visto pelos humanos como sendo algo próximo a de um breu tão profundo e perigoso quanto a pressão que era exercida em determinado ponto de mergulho. Antes, Camila nunca sonhou em estar no mais profundo mar, pois sabia tão bem que seu corpo mortal não aguentaria o que as águas iriam fazer.

Quando era criança, sua mãe recomendava fortemente: você ama o mar, ama as águas dos rios, mas os respeita como um ser inferior. A vastidão que nos aguarda, é mais complexa do que sua mente pode entender, então não se aventure por mares desconhecidos. Você nunca sabe o que pode encontrar e isso pode ser fatal. Camila Roy levou esse conselho a sério por muito tempo, até que ele deixou de fazer sentido.

Como pirata, explorou os setes mares com seu navio, dentro de seus limites. E ela pensou que parecia muito óbvio que a terra não era plana como diziam e que ela não poderia chegar numa borda para cair, quando explorou todos os cantos da terra e não houve uma superfície plana para cair. Ela não mergulhou nenhuma vez naquela profundidade porque não era tola; seu corpo não aguentava.

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Ela mergulha nessa profundidade agora porque seu corpo não é mais humano. Ela possui guelras para que respirasse debaixo d'água, sua cauda preta era como a de um mamífero, uma baleia ou um golfinho (não um peixe, ela não tem escamas). Seus dentes afiados raspavam contra seus lábios e suas orbes marrons eram lotadas de mistério em pupilas verticais. Roy era neta do mar antes porque sua mãe era filha deste, e agora, mais do que nunca, ela era neta do mar.

Ela era, literalmente, neta do mar.

Poseidon estava sentado no trono que pertencia à Lauren, e ao seu lado, estava Tritão. Ambos eram homens muito parecidos. Brancos, barbudos e cabelos longos. Na cabeça de Poseidon, uma coroa majestosa, e louros para Tritão. Eram belos, e não é questionável.

O pai dos machos metade homem e metade criatura marinha, Tritão, estava olhando intrigado e até com um pouco de fascinação para Roy. Os olhares eram incômodos. Entendia o motivo, e Poseidon tinha seus olhos terrivelmente verdes para a rainha dos mares.

— Aproxime-se, filha. — A voz de Poseidon retumbou na mente de Lauren e Camila, mas ele se dirigia apenas à Lauren. — Está mais bela do que minha velha memória consegue recordar. Era uma menina quando a designei para ser Rainha do meu reino. Evoluiu em seu poder como eu acreditava que iria evoluir?

Lauren soltou a mão de Camila Roy e nadou até Poseidon, sentando-se aos seus pés, no degrau de pedra. A Rainha-Sereia não temia Poseidon mais do que a qualquer outro deus. Respeitava-o pelo poder que exercia.

— Sim, senhor! Dediquei-me cada segundo de minha longa eternidade para construir um reino próspero e assegurar que toda criatura marinha encontrasse uma vida de paz longe das garras humanas por muito tempo. — Então Lauren parou, silenciosamente e considerou. — Ainda que alguns atos extremos tenham sido tomados no meio do caminho. Os humanos também evoluem muito rápido.

— Não há caminho fácil. Não pode governar e manter suas mãos limpas de sangue. Observo seu trabalho e faz muito bem por todos esses séculos. — Poseidon parecia aprovar o governo de Lauren, e isso aliviava a mente de Camila. Pelo menos, não seria tão ruim com ela. Estava sendo complacente. — Os deuses escutam seus lamentos também. Não há nada a se preocupar.

— Eu agradeço, senhor! — Lauren tinha um tom delicado que raramente era visto. Geralmente, ela parecia mais gentil e sedutora do que alguém mansa e submissa. — Tenho dado o melhor de mim.

Sea of Fury (Camren)Where stories live. Discover now