Sea of Fury (Camren)

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CHEGUEI CHEGANDO! E cá estou eu com mais um capítulo. Espero que gostem. Favoritem e comentem para me deixar feliz que eu venho mais cedo. Boa leitura.

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Ela estava pensando que estava furiosa com a bela e terrível criatura que desejava sua carne com afinco. Camila Roy pensava naquela jovem que tirou a virgindade e isso foi sua ruína. Deixou seu cheiro e tornou Victoire um alvo por vaidade. Estava arrependida, mas seu arrependimento não valia de nada com a garota morta, e a irmã nem um corpo para enterrar tinha. As coisas nessa ilha são insanas assim. É igualmente insano pensar que qualquer pessoa que não fosse aquela irmã iria saber do assassinato e então viver suas vidas como se nada tivesse acontecido.

Roy deveria ser inteligente. O que as sereias faziam não era da sua conta. As coisas deveriam funcionar assim em Mysterium por centenas de anos, e não seria agora que mudaria.

Seu inconformismo a fez alcançar o punhal escondido em suas botas, tirando do local adentrou ainda mais na floresta úmida, entrando ao sul. Poderia chamar Lauren naquela caverna e confrontá-la, mas lhe ocorreu que a caverna não era onde ela mais gostava de ficar, por isso só a encontrou ali uma única vez.

Os pés procuraram por algo, ela só não sabia o que. Pegadas humanas que não eram suas? Serviria e ela iria seguir a trilha. Sereias não ficavam com fome e saíam dos mares simplesmente, e pensava que elas tinham um covil.

A capitã Camila Roy estava praticamente implorando para morrer. Confrontar a rainha dos mares por causa da morte de uma garota que mal conhecia? Deveria saber muito melhor que não é uma ideia genial ser levada pela emoção. Muito menos procurando um covil. Se aquela sereia só se sentia atraída pelo cheiro de sua carne e não tinha nada pessoal além de fome, então agora teria motivos para lhe odiar.

As pegadas no chão de areia a levou para um lugar onde os sons das águas eram furiosos, uma cachoeira caindo e ondas furiosas se quebrando. Era absurdamente irreal e lindo. O arco-íris pintava os céus, as rochas eram grandes e bonitas. As águas eram muito claras, mesmo sendo profundas. Roy se escondeu atrás de uma pedra para bisbilhotar o lugar.

Sereias por toda parte. Em cima das pedras, dentro do mar, com caudas de todas as cores possíveis, todas de etnias diferentes e todas lindíssimas. Nunca viu tanta criatura bonita reunida. Elas davam risadinhas e mostravam bugigangas humanas uma para as outras, inclusive uma com espelho.

Chamou atenção que uma garota de cabelos cacheados e castanhos estava com pernas e sentava no chão com as pernas na água, confortavelmente. Ela tinha pernas. Ou era uma sereia e a mesma magia que Lauren usou, ela também poderia usar ou era o jantar.

Camila guardou o punhal na cintura, e ela decidiu sair do esconderijo corajosamente. Seus passos assustaram as criaturas ali presentes. Todas foram muito rápidas em pular para o mar novamente assim que viram-na. Eram rápidas demais para seguir o ritmo, mas a garota que estava com pernas, se levantou e olhou para ela. Os olhos castanhos se arregalaram.

— O que você

— Afaste-se dela! – A voz rígida e furiosa entrou pelos ouvidos da capitã.

A garota, lembrava-se bem o nome, Lilly, tentou escapar e entrar no mar, mas Camila foi mais rápida e mais forte segurando-a pelo pescoço e apontando o punhal para a garganta dela. A capitã pirata virou-se furiosamente para a voz, e ali estava.

Lauren estava dentro do mar, apenas seu busto nu aparecendo em toda sua magnitude. Camila apertou a ponta no pescoço da garota quando viu os monstruosos olhos verdes com pupilas verticais se estreitando com o ato de Camila. A Rainha dos Mares lhe mostrou os dentes pontiagudos e amedrontadores, como os de um tubarão.