4.9 | A gente nem ficou!

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Emma Myers

— Sou suficiente para você? — perguntou rápido, trazendo o medo na voz.

Sorri, vendo seu rosto repleto de tensão e sua mão suar frio.

— Com toda certeza, você é. E o sorriso mais encantador que eu já vi em toda a minha vida surgiu naqueles lábios tentadores que tanto me chamava atenção.

Ela sorriu de orelha a orelha e eu duvidei que aquilo era só porque tinha dito aquela pequena frase.

"Ela tinha ficado tão feliz assim?" me perguntei.

Ela passou os braços pela minha cintura e me puxou até ela, fazendo nossas bocas ficarem por milímetros de distancia.

O seu hálito refrescante inundou a minha mente e minhas pernas pareciam que iam falhar a qualquer momento.

Eu queria beijá-la.

Queria muito beijá-la.

Queria sentir seus lábios quentes no meu e sua mão na minha nuca.

Queria muito que ela me beijasse até eu ficar sem ar.

Eu ansiava muito por isso.

Só Deus sabe o tamanho da vontade que eu estava de agarrá-la e beijá-la.

Sentir a mão dela que estava em minha cintura subir pela lateral do meu corpo me fazia arrepiar.

Eu já estava toda molhada e ela não tinha feito porra nenhuma ainda.

Ela chegou perto dos meus lábios e quando vi que ela iria me beijar, a merda do celular toca e estraga todo aquele momento.

Acho que nunca tive tanta vontade de jogar um celular no chão e pisar nele até deixá-lo totalmente destruído.

Nos afastamos rapidamente e totalmente envergonhada, procurei alguma coisa para fazer com as mãos enquanto ela procurava o celular.

Assim que encontrou, olhou para mim com as bochechas vermelhas e disse:

— Desculpa. — fiz um sinal de que não tinha problema algum e observei ela me atender o celular.

Seja quem for a pessoa que esteja na outra linha, eu só quero que ela se foda e tome muito chifre nessa vida.

Suspirei frustrada e me rescostei no batente da porta, ouvindo a Jenna responder a pessoa que havia ligado.

— Já estamos indo, obrigada. — depois de algumas palavras, ela desligou e olhou para mim.

— Então.... vamos?

Ajeitei minha postura e limpei meu vestido, assentindo e entrelaçando meu braço no dela— que havia oferecido.

Caminhamos em silêncio até o carro que estava estacionado do outro lado da rua e, assim que chegamos, esperei a porta abri e entrei logo veículo.

Esse carro é um sonho, sinceramente.

— Só espere que não tenha outro assalto, não quero ter que andar a pé até esse lugar misterioso que você quer me levar. — quebrei o climão, e do jeito que queria, uma risada dela também. 

— Eu também espero que não, porque se não teríamos que andar muito mais de 2km.

[...]

Quando percebi para onde estávamos indo, meu coração ficou até mais feliz.

Já disse que amo ir para Arraial d'ajuda, e não sei como ela sabe disso, mas estou amando que ela está me levando para lá.

Fizemos o mesmo trajeto que fiz com a Isabel semanas atrás e, em minutos, estávamos do outro lado do rio, indo sei lá para onde.

Casamento arranjado - Jemma Where stories live. Discover now