33 • Sinal vermelho

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"O ódio, como o amor, também requer alguma consciência de sua causa. Não basta brochar. É preciso saber por quê. Supor quem foi o responsável."

Clóvis de Barros Filho

Clóvis de Barros Filho

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Brochei.

Nada de o meu pau funcionar. A número seis — já nem lembrava mais os nomes, tamanhos foram os exageros em quantidade e o número de tentativas — movimentava a cabeça com afinco, quase deslocando a mandíbula, em uma mamada frenética.

Após as outras terem tentado até a exaustão (e eu ter falhado miseravelmente todas as vezes), diante do fracasso sucessivo, me frustrei ainda mais.

Suava em bicas, nervoso para além de qualquer nervosismo que já havia sentido. Isso nunca havia acontecido. Nunca, nunca. Nem era história de pescador.

Então o que havia me acontecido?

O único ocorrido de peso do qual conseguia me lembrar foi Amanda me negando fogo pela primeira vez em uma eternidade. Aliás, pensando bem, também ocorrera uma segunda negativa. Um terceiro "não" até. Depois disso, mais nenhum. Não era do meu feitio mendigar atenção, muito menos boceta. Se ela não estava interessada, azar o dela.

Se ela queria nos negar (me negar) as melhores sessões de prazer, o problema era dela. A perda era dela. Era ela quem, cheia de nove horas, não transaria com mais ninguém por séculos. Azar todinho dela, certo?

Porra nenhuma.

Quem eu queria enganar?

Aquilo estava me corroendo por dentro.

Aquilo estava me corroendo por dentro

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No início, o show continuou. A vida seguiu adiante a despeito do repentino decreto de independência (vulgo desinteresse) por parte de Amanda.

Continuei com minhas experiências grupais, cada vez mais ousadas, para compensar o déficit de fodas. Mantive a rotina sem maiores transtornos. Até aí, tudo bem.

Com o passar dos dias, uma espécie de saudade de sua sentada passou a me perseguir.

As lembranças dela voltaram a me perseguir, para piorar, de um jeito agressivo. Trazia uma comparação absurda para a balança. Era o peso de sua completude robusta contra a leveza do sexo casual envolvendo mulheres com quem eu não trocava nem meia palavra.

Destino MotoCiclistaWhere stories live. Discover now