LVIII

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ATENÇÃO: Cenas que você não deve ler no transporte público, perto de familiares ou em horário de trabalho.
Eu avisei...

Megan

" Q-quem era aquele homem?" Pergunto assim que as portas do elevador se fecham.

Assisti calada o homem arrastar Violet, como se ela não pesasse nada. Ele era tão intimidador... a forma como ele a olhou como um pedaço de carne me lembrou muito dos meus momentos na resistência.

" Eu acredito que tenha apresentado vocês alguns momentos atrás." Ace fala muito tranquilo para alguém que deixou um homem daquele tamanho arrastar uma mulher com aquela violência.

" Eu não quero que ela se machuque..." Não acredito quando as palavras saem pela minha boca. " Eu só... não quero que ela se machuque."

A minha voz vai sumindo conforme processo o que acabei de dizer. Eu estou puta em vê-la perto do meu companheiro? Sim. Engulo as coisas que ela diz? Não.

Mas e se for verdade? E se ela fez tudo o que disse que fez e me livrou daquele cativeiro? Eu estou a jogando aos leões...

Neutralizadores. O que é pior.

É horrível se sentir impotente. Uma coisa é você perder uma briga por ser mais fraca, outra é por ser privada dos seus poderes.

É injusto.

Ao olhar para Ace, não vejo a mesma preocupação em seu rosto. Sua frieza ao tratar a situação me deixa um pouco... apreensiva.

" O que você está fazendo aqui?" Sua pergunta não carrega o tom que ele usou anteriormente para falar com aquele homem.

Seu olhar se suaviza conforme ele aguarda uma resposta.

Eu ensaiei cada palavra que iria dizer antes de chegar aqui. Em minha cabeça o discurso parecia muito bom, mas toda essa situação acabou me atrapalhando.

" Eu ia te pedir desculpas." Falo de uma vez.

" Ia? No passado?" Seus olhos de gelo acabam me deixando nervosa.

Céus! Cadê a garota que queria queimá-lo vivo? Sinceramente, Megan.

Se ele percebe meu nervosismo, não demonstra.

" Ia... até ver você sozinho aqui com Violet." Decido dizer a verdade, já que estou cobrando a mesma coisa deles.

Posso parecer uma adolescente ciumenta, mas não estou em estado de me importar com o que ele pensa sobre mim. Se vamos trabalhar com a verdade, que seja uma via de mão dupla.

Não há sinal nenhum do seu sarcasmo usual. Era o que eu esperava, o deboche e sua forma de me diminuir, como fazia antes. Mas não é o que recebo. Nenhum comentário ácido... algo tão raro quando se trata de Ace.

" Na verdade, nem sei porque pensei que isso seria uma boa ideia." Me viro em direção a porta, mas seus dedos ágeis me prendem no lugar. Meus olhos descem até seu aperto e depois sobem, até que eu possa encará-lo. " Você tentou matar Shade." Eu o acuso.

RED: uma história de harém reversoWhere stories live. Discover now