Capítulo XLIII: a rebeldia de Tristan

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Tristan

Sangue. Ler. Sentir a chuva.

Estou no controle.

Continuo minha corrida na esteira, talvez o cheiro de queimado seja um sinal que eu devo parar.

Meus músculos queimando.

Sangue. Ler. Sentir a chuva.

Estou no controle.

Meus pulmões ardem com o esforço. Sinto como se meu coração fosse sair pela boca.

A dor me faz sentir vivo.

Por muito tempo eu não consegui distinguir o que era real ou não. É isso o que acontece quando tratam seu cérebro como algo manipulável.

Desde criança meu pai sádico me tratou como uma arma, apenas isso. A diferença entre mim e seus capangas não era muito grande.

As primeiras mortes que presenciei foram as mais difíceis. Para mim, eram apenas pesadelos ruins, onde eu acordava no meio da madrugada vomitando todo o jantar, que eu nem lembrava de ter comido.

Nao eram pesadelos.

A resistência torturou e matou pessoas, em nome de uma causa que nunca concordei. Fui usado por anos, até descobrir como me proteger.

Neutralizador.

Algo tão precioso para eles.

Um demônio para a sociedade de dotados.

Como se não bastasse eu ser um filho da mãe herdeiro de um grupo terrorista, deselvolvi poderes de absorção, causando uma comoção muito maior perante aos líderes da resistência.

Aquele garotinho que chorava e vomitava toda noite, não existe mais.

Criei formas para sobreviver, e entendo o quanto sou um filho da puta insuportável. A verdade é que protejo as pessoas de mim.

Sou como uma maldição.

Eu trago a destruição. A morte me acompanha.

Sangue. Ler. Sentir a chuva.

Meus pés estão doendo, mesmo assim não perco o ritmo.

RED: uma história de harém reversoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora