Caminho entre os corpos caídos, com medo de encontrar alguns rosto familiar no percurso.

Quando estava com a resistência, era comum cenas como está. Muitas vezes, causadas por mim, mas no meu caso, com muito menos sangue e bagunça. Ah não ser aqueles que se matavam, antes das sombras os tomarem, com medo de deixar suas almas em minhas mãos.

Meus poderes se alimentavam daquelas almas, quanto mais eu tomava vidas, mas forte ficava. O contrário de muitos seres dotados, que na maioria das vezes, acabam esgotando seus poderes por conta dos seus esforços.

Reconheço algumas características desse acampamento. Havia um lugar para suprimentos ainda cheio, o que significa que eles haviam tomado alguma aldeia de civis. Não demoro para localizar as grades, como jaulas, onde costumavam prender suas vítimas.

As vítimas geralmente eram mulheres e crianças, que serviam como objetos aos membros de facções criminosas. Esses se intitulavam como "guardiões da liberdade."

O que não passava de uma grande mentira.

Não havia liberdade. Mulheres eram abusadas fisicamente todos os dias, seus filhos eram testados para servir como soldados. Os considerados fracos, se tornavam escravos ou simplesmente eram aliminados a sangue frio.

Muitos foram testados sendo controlados por neuros poderosos, que os obrigava a cometer crimes horripilantes.

As crianças que eles conseguiam controlar, viravam soldados leais, cegos pela mentira de que estavam tornando o mundo um lugar melhor.

Primeiro, eles nos contavam como o Conselho era sujo e corrupto. As histórias de como controlavam a sociedade dotada, os tornando seres fracos e dependentes, para continuar enchendo seus próprios bolsos de dinheiro e eternizando suas famílias no poder, era contadas de maneira sensacionalista.

Eles faziam adolescentes acreditarem que precisavam matar qualquer pessoa em nome da resistência, até mesmo suas próprias famílias.

Barracas como essas eram usadas para abusar de inocentes. Shade está dentro de uma delas, cuidando das vítimas, as libertando e dizendo palavras de conforto.

" Vai ficar tudo bem. Fomos enviados pelo governo e vamos levá-los para um lugar seguro." Seu tom não é nada sério como de costume, e sim suave, atencioso, como se ele quisesse que as pessoas se sentissem acolhidas e protegidas.

Meu coração hesita por segundos quando ele se curva para pegar uma menininha no colo. Provavelmente, mais uma órfã feita por esses desgraçados.

Sons de motores se aproximam, como carros e helicópteros. Uma comoção começa quando os soldados ajudam as vítimas a subirem em vans blindadas. Todos parecem acostumados com situações como essa, seguem o protocolo de resgate com agilidade.

RED: uma história de harém reversoWhere stories live. Discover now