Capítulo 27: Isso são horas?

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Pov: Alex

Penso em segui-las so para saber se vai ficar tudo bem, quem sabe o que a Louise pode aprontar. E se elas resolvem brigar no meio da rua, ou sei lá!

Mas, não faço isso, vou até um restaurante com os rapazes para jantarmos. Sou o último a chegar ao local, Matthew díz:

_ Que milagre, Alex está sem a Lou do lado! O que aconteceu?

_ Ela saiu com as meninas. - suspiro cansado - Noite das meninas foi tudo o que dísseram e me proibiram de acompanhá-las.

_ Relaxa, daqui a pouco elas voltam. - Nick fala - Mas, tem algo de errado acontecendo? As meninas meio que se afastaram do grupo, aposto que foi alguma coisa que você fez, não é Alex? Num dia a Isabela estava toda feliz ao seu lado e de repente ela se afastou com a chegada da Lou. Sumiu das nossas reuniões, nem viajar no mesmo avião as duas viajam mais com a gente.

Não respondo ao comentário, pois, foi mais retórico do que uma pergunta em sí. Ao invés disso tomo um gole do meu copo, discutimos alguns detalhes do repertório e voltamos caminhando para o hotel. Então, pergunto em voz alta a dúvida que me consumia a noite toda:

_ Rapazes se vocês fossem meninas onde iriam numa noite de meninas?

Eles caem na gargalhada.

_ Bom, eu faria compras! - começo - É, isso mesmo, compras. Tem alguma loja de maquiagem aqui por perto? Podemos  passar em frente a ela, assim, só por curiosidade! Quem sabe elas não estão por lá?

_ Elas podem ter ido ao shoping, cinema, joalheria. - Jamie opina.

_ Ou podem ter ido dançar, restaurante, salão de beleza. Basicamente elas podem estar em qualquer lugar dessa cidade, Alex. Se você quer tanto saber é mais fácil mandar mensagem para a Lou e perguntar diretamente. - sugere Nick, com sua praticidade habitual.

_ Como eu não pensei nisso, Nick? Ela me proibiu de acompanha-la, esqueceu desse detalhe?

Chegamos ao hotel, vou para o meu quarto e só me resta esperar minha namorada chegar para perguntar. Cochilo algumas vezes e acordo ao menor barulho no corredor.

Passava das duas da manhã quando ouço risos no corredor, vou em direção a porta e espio para fora. Era Louise e Vê, saio para recebê-las.

_ Onde estavam garotas?

Percebo que ambas estão bebâdas e se apoiam com dificuldade.

_ É segredo bobo, o que acontece na noite das meninas fica na noite das meninas. - Vê díz com a voz alterada.

_ Meu Deus! É sério? Cadê a Isabela? Porque ela não está aqui? - pergunto olhando para o final do corredor na esperança dela chegar a qualquer momento.

Louise me responde:

_ Ela não vai vir agora! Está se divertindo com um moreno alto e bem musculoso. - ela sorri - Que garota de sorte, ela é!

Não quero acreditar no que acabei de ouvir.

_ Chega de brincadeira, Louise! Você já está bêbada. Vamos Vê, me díz onde sua amiga está? - pergunto sério, mas, é difícil manter uma conversa com uma pessoa alcóolizada.

_ A Lou já respondeu, Alex! A Isabela foi transar com um desconhecido gato, um striper lá da boate. - ela sorri, e faz uma cara de quem está se lembrando da imagem.

_ Mas, que merda! Me passa o endereço agora! - Peço irritado

_ Endereço? Não temos endereço! Qual é? Esqueceu do nosso combinado?

Louise pergunta antes de entrar para o quarto e se jogar na cama, ela está muito cansada para discutir.

Então, meu foco é voltado para a Vê, sei que a garota está bêbada, mas, o fato dela ter abandonado a amiga bêbada nos braços de um desconhecido me irritou profundamente.

_ Que tipo de amiga é você? - pergunto - Verônica, como pôde deixar a Isabela sair com outro cara? Um striper!

_ A culpa é sua, seu enjôado! - ela coloca o dedo na minha cara - Sua! Você partiu o coração da minha amiga e agora ela passa as noites bêbada e acorda na cama de um cara diferente toda manhã. Uma garota que nem bebia.

Ela boceja e vai em direção ao quarto dela. Agora eu descobri o motivo da Isabela ter chegado de manhã ontem, vivendo uma vida promíscua se entregando para qualquer idiota, ela vai me ouvir quando chegar.

Aproveito que Louise vai acordar provavelmente só a tarde para conversar com a desmiolada pelo qual eu me apaixonei. Fico esperando ela, enquanto, fumo alguns cigarros para me relaxar, mas, está difícil, pois, estou ansioso.

São 6:45 h da manhã quando ela surge. Passa por mim e me ignora, mas, eu a seguro pelo braço e digo:

_ Que lindo da sua parte! Dormindo com qualquer um, está valendo a pena viver essa vida promíscua? - não consigo controlar a minha raiva.

Ela por sua vez, está mais sóbria que suas companheiras que chegaram antes, leva a mão para me dar um tapa. Eu intercepto-o e digo:

_ Nem meus pais me bateram no rosto!

_ Vai ver foi isso que faltou na sua educação, Alex! - ela díz, enquanto, solta o braço da minha mão. - Eu não lhe dou a liberdade de falar assim comigo, me ofender. Como se você nunca tivesse feito o mesmo! Saído para beber e depois ido parar numa cama qualquer.

_ Você não é assim, Isabela! Eu sei que não é, e, essa é a diferença. Mas, por acaso você não está iludida achando que eles são todos solteiros? Está? Pois, saiba que a maioria dos homens que ficam nesses lugares põe a aliança no bolso enquanto, transam com a primeira mulher que aceita ir para a cama deles. Você quer isso para você?

_ E se eu quiser? - ela me desafia - Ao menos eu sei o que eles realmente querem e não preciso ficar advinhando o que passa na cabeça deles.

_ Eu te amo Isabela! E a ideia de ter outro homem tirando suas roupas e tocando em você me irrita mais do que me deixa triste. Para de ficar se matando de beber e de ficar pulando de cama em cama.

_ Que engraçado! A sua adorada namorada me dísse que eu não sou a única que você beijou enquanto, namora com ela. Para de ser hipócrita, de me confundir! Eu não acredito em nada que venha de você.

Repito o que dísse para ver se entra na cabeça dela:

_ Eu te amo Isabela! Por favor para de agir como se não sentísse nada.

_ Termina com ela! Vamos-lá, Alex! Termina com a Louise e eu largo essa nova Isabela que estou me tornando.

_ Eu não posso, não ainda! Acredita em mim, quando for o momento certo eu vou resolver isso e prometo que ficaremos juntos.

Lágrimas começam a rolar dos olhos dela, e isso corta o meu coração.

_ Chega! Eu estou cansada e desisto dessa palhaçada. - Isabela díz enquanto, vira as costas para mim.

Eu a beijo. Mas, dessa vez coloco minhas mãos em seu peito para sentir se seus batimentos irão se alterar. Ela poderia mentir com suas palavras, no entanto, não conseguiria disfarçar suas reações.

E, então, os batimentos cardíacos se aceleram conforme ela corresponde ao meu beijo.

Professor TurnerWhere stories live. Discover now