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Setembro, 2020

"Se eu pudesse mudar o mundo durante a noite não haveriam coisas comno o adeus, você ficaria bem onde você estava e nós teríamos a chance que nós merecemos."

Como uma garota de quinze anos Any chegou em seu quarto e se jogou na cama, encarando o teto e pensando em sua vida dificil. Ela não queria chorar, claro que não, não precisava. Ela queria era resolver a situação. E só do carro até seu quarto ela já tinha um monte de ideias, então quando sexta chegou e as aulas terminaram, ela já tinha um plano.

Primeiro de tudo: Josh era seu alfa.
Segundo de tudo: ela não seria o tipo de garota que ficaria em casa chorando, ela encararia de frente, resolveria e colocaria as cartas na mesa.

Então, antes mesmo de chegar em casa, a garota ligou para o pai. Eles ainda não estavam em sua melhor fase, mas ela entendia agora como Silvio parecia não perceber que havia a magoado, e então ela deixava ele seguir o caminho do trilho até ela e ia aonde dava.

- Oi, filhota - seu pai atendeu no primeiro toque, parecendo animado.

Eles iriam a fazendo dos bisos naquele fim de semana, uma pré comemoração do aniversário de Any porque seu pai não poderia estar ali no dia certo, e seus bisos também não.

- Oi, papai - ela falou em tom manhoso, tossindo no final. - Eu acho que não vai dar para eu ir - murmurou baixinho, tossindo mais, - Eu acho que peguei uma virose esquisita, não é bom ficar assim perto dos bisos, eles são frágeis, né?

Do outro lado Silvio suspirou em muxoxo.

- Eita, princesinha, parece mal mesmo - ele falou do outro lado.

Any sentiu uma pontadinha de culpa no coração, mas havia muito mais de outro sentimento para ela ligar naquele momento.

- É. Desculpe, pai, não vai dar mesmo. Eu até me esforcei aqui, mas parece que só piorou indo para a escola- falou. - Podemos ir quando o senhor voltar, na outra semana - sugeriu.

- Sim, sim, claro. Eles querem ver você, então remarcamos, amor.

- Otimo. Eu também quero vê-los. E também preciso pegar meus presentes que eles com certeza compraram - ela comentou.

Silvio riu do outro lado.

- Voce não muda mesmo, não é, baixinha?

Fazer o que se Any amava ganhar presentes?

Ela não se demorou mais na ligação com o pai, na entrando em casa logo em seguida e dando de cara com sua mãe, que arrumava uma bolsa grande.

- Ah, oi, minha lindinha - Priscila cumprimento Any franziu o cenho ao ver a mãe vestindo um vestido azul claro e sandálias douradas, o cabelo solto e bonito, e ela estava até usando maquiagem. Any sorriu em automático, parecia com a sua mãe de antes, e ela parecia feliz e ela amava aquilo.

- Está tão bonita - Any comentou, se recostando no sofá, até se esquecendo de seus planos ao ver sua mãe daquela forma.

Priscila fez um gesto com a mão de que não era nada demais.

- Você vai ficar com seu pai esse fim de semana e uma amiga me convenceu a passarmos esses dias numa pousadinha no interior, tem piscina e tudo, acabei aceitando - ela contou.

Any sorriu em automático, seu plano fazendo reviravoltas em sua mente agora.

- Legal - falou. - Eu vou ficar com Josh esse fim de semana.

- Mas ia ficar com seu pai? Vocês vão ver seus bisavós, menina.

- Eu cancelei.

Priscila a encarou seria.

50 tons de imprinting Where stories live. Discover now